Gestor público e processo motivacional – quem trabalha feliz, trabalha mais

por Pamela Piardi de Almeida

         Um gestor público, assim como os demais profissionais, tem grandes responsabilidades perante o mercado de trabalho, vale lembrar-se de que o papel de um gestor público é gerenciar organizações públicas, organizações não governamentais e também desenvolver projetos de empresas privadas realizados em parceria com o poder público. Podemos encontrar um gestor público em diversas áreas, como, por exemplo, educação, saúde, segurança etc.

     Durante o primeiro módulo do terceiro semestre do curso de Gestão Pública, na UNIFACVEST, estudei sobre comportamento organizacional, quando pude entender a complexidade de lidar com o ser humano, sejam eles colegas sejam eles chefes. No primeiro momento, lançaram a seguinte pergunta: “É possível motivar uma pessoa?”, faço com você uma reflexão sobre a tal questão. Primeiro, é necessário entender o que significa motivação para depois se questionar sobre. Motivação é “um termo geral que descreve o comportamento regulado por necessidade e instinto com respeito a objetivos” (DEESE, 1964, p. 404). Segundo Deese (1964, p. 404): “[e]ntendemos por motivo algo que incita o organismo à ação ou que sustenta ou dá direção à ação quando o organismo foi ativado”. A partir dessa reflexão pode-se entender que a motivação é algo que vem de dentro, aquilo que motiva uma ação, ou seja, os únicos que podem nos motivar somos nós mesmos, veja, segundo o livro Comportamento Organizacional escrito por Eunice Maria Nascimento, três aspectos importantes da motivação que precisam andar lado a lado na vida do ser humano.

  • Motivação pessoal: toma por referência as pessoas que convivem conosco no dia a dia, nossas relações afetivas, interpessoais com amigos e colegas de trabalho, nossas percepções, enfim, a dinâmica do cotidiano.
  • Motivação profissional: em que estão situadas as necessidades de trabalho, de reconhecimento, de crescimento e valorização das nossas habilidades voltadas à trajetória profissional.
  • Motivação espiritual: constituída pela crença, a fé, a consciência da existência de uma força superior, independentemente de como a denominamos, ou do credo de cada um.

      As pessoas precisam se apegar a algo que possa fazer sentido.

    Mas onde será que um gestor público se encaixa? será que ele pode influenciar algum funcionário de forma positiva ou estimulá-lo para obter sucesso na empresa? A resposta é sim, ele pode!!! Segundo o livro Gestão de Pessoas, de Burrhus F. Skinner, professor na Universidade de Harvard (EUA), cientista no campo da Psicologia, depois de muitas pesquisas na área comportamental, enunciou o conceito de reforço no comportamento: quando a pessoa tem um comportamento recompensado, ela tenderá a repetir o mesmo comportamento, isto é, quando o funcionário é bem-sucedido, depois de uma determinada atitude, ele tenderá a repetir a mesma atitude, esperando um novo sucesso. Seguindo o conceito, considerando que as pessoas têm necessidades e, ao satisfazê-las, tiverem sucesso, sempre que aparecerem as mesmas necessidades elas terão as mesmas atitudes, esperando obter o mesmo sucesso. Dessa maneira, o gestor que seguir esse modelo utilizará o reforço positivo quando o funcionário tiver atitudes e comportamentos por ele consideradas adequadas e, ao mesmo tempo, reprimirá o comportamento indesejado, deixando de recompensá-lo, quando o comportamento não lhe interessar.

      Pamela Piardi de Almeida é graduanda do curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia na UNIPAMPA Itaqui, e do curso Tecnólogo em Gestão Pública – Unifacvest. Contato: pamelaalmeida.aluno@unipampa.edu.br

 

Referências Bibliográficas:

NASCIMENTO, Eunice. Comportamento Organizacional. In: Nascimento, Eunice. O processo motivacional. IESDE. 2019, p. 36-47.

GUIMARÃES, André; CORDEIRO, Léia; FERREIRA, Oscar. Gestão de Pessoas. In: André Guimarães, Léia Cordeiro e Oscar Ferreira (orgs.), Motivação. IESDE, 2018, p. 47-59.

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