Este ano, por conta da pandemia, o 12º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE) foi realizado, nos dias 24, 25 e 26 de novembro, de forma completamente virtual. As mesas foram transmitidas via youtube, e os inscritos puderam apresentar suas pesquisas por meio de vídeos produzidos por eles. Segundo dados da comissão organizadora do evento deste ano, foram 2.574 inscritos, 1.145 trabalhos aprovados em três categorias, mais de 38 mil visualizações nas listas de vídeos e quase cinco mil visualizações nas palestras até o terceiro dia de evento.
Uma das palestras apresentadas teve como tem a “Covid-19 e a Medicina do Amanhã”, ministrada pelo professor da Universidade de São Paulo (USP), Helder Nakaya. Segundo Nakaya, a medicina está mudando rapidamente. Antes, ela era focada na doença e na busca por uma solução que funcione para todos. “A medicina do futuro foca na prevenção e usa a tecnologia para desenvolver fármacos, diagnósticos e tratamentos de forma individualizada”, explica o palestrante.
Relato de experiência – Nitielle Dias, discente do Curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, da Unipampa, campus Itaqui, já participou do SIEPE, de forma presencial, e, este ano, participou de maneira remota. Sobre essa questão, ela relata: “Novas adaptações foram necessárias no cenário acadêmico, tanto da parte dos discentes, quanto da instituição de ensino superior, Unipampa. O SIEPE, este ano, nos desafiou a usufruir, ainda mais, das novas tecnologias, que atualmente servem como mecanismos de transmissão de conhecimentos”.
A pesquisa de Nitielle Dias analisa a questão da violência doméstica no município de Itaqui-RS. Ela realizou um levantamento do número de registros dos casos de violência contra a mulher nos anos de 2019 e 2020, na Delegacia da Policia Civil da cidade. “Foi meu primeiro contato com a elaboração de um vídeo, precisei estudar um pouco as ferramentas de produção para aprender a editar e, também, controlar o tempo de fala para não extrapolar o tempo limite”, relata.
Sobre as diferenças entre as apresentações virtuais e presenciais, a estudante afirma que “as edições anteriores, de forma presencial, também foram um desafio. E também proporcionaram convivência e experiência com os demais alunos de diferentes cursos, cidades e estados. Uma experiência de troca de conhecimentos, diálogos e pluralidade cultural”. Ela ainda completa: “a elaboração da apresentação para o SIEPE, via vídeo, para mim, foi um dos desafios que o ensino a distância trouxe. Esta experiência proporcionou para mim mais um aprendizado na minha trajetória acadêmica”, conclui.
Tamires Peixoto é Jornalista, Mestra em Letras, Pós-graduanda na Especialização em Desenvolvimento Regional e Territorial, na Unipampa, e integrante do Projeto CiênciAção.