De maneira sagrada e em celebração: apontamentos sobre uma pequena participação no fim dos “cem anos de silêncio”

por Maria Cristina Graeff Wernz
Hay un río fluyendo muy rápido.
Esto es tan grandioso y repentino que hay muchos que tendrán miedo.
Tratarán de mantenerse agarrados de la orilla.
Sentirán que están siendo separados abruptamente y sufrirán enormemente.
Sepan que el río tiene su proprio destino.
Los ancianos dicen que debemos dejar la orilla e introducirnos en medio del río,
mantener nuestros ojos abiertos y nuestras cabezas por encima del agua.
Vean a quienes están con ustedes y celebren.
En este momento de la historia, no tomemos nada de manera personal.
Menos que a todo, a nosotros mismos.
El tiempo del lobo solitário terminó.
Todo lo que hagamos, debemos hacerlo de manera sagrada y en celebración.
Somos los que hemos estado esperando esto.

Los ancianos
Oraibi, Arizona, Nación Hopi, 2005

A convivência intercultural tem sido pauta nas universidades, a partir do ingresso de estudantes que representam a diversidade étnica do povo brasileiro. Neste contexto, a presença/ausência da trama entre culturas, em especial na perspectiva do ingresso e permanência de indígenas acadêmicos na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), foi sendo desvelada nas ações e reflexões que levaram, até o final da pesquisa que aqui apresentamos, a emergir quatro camadas não hierárquicas e, algumas vezes, concomitantes.

Conforme foi adensando a investigação e a convivência, em especial com o parceiro de pesquisa, o intelectual Kanhgág Onorio Isaías de Moura, foram surgindo e sendo recolocadas camadas matéria-espírito, no ritmo dos movimentos provocados pela sincronicidade e pela causalidade.

Em forma de espiral, na primeira camada, destacam-se os registros institucionais da UNIPAMPA sobre ingresso e permanência de indígenas acadêmicos. São informações públicas, que podem ser acessadas em espaços institucionais na web ou que podem ser buscadas, por consulta, no setor que responde pelas ações afirmativas, indicando como está constituída a presença/ausência do coletivo indígena acadêmico.

Na segunda camada, a partir da potência do encontro entre culturas, o jogo do ser-e-estar tangenciando o ambiente de objetividade acadêmica; o racional e o simbólico em movimento de avanços e tensionamentos. Nela, surge a emergência do “pesquisar com”, constituída no processo da convivência, testando os limites, por vezes até os ultrapassando, refletindo, reconsiderando conceitos e reformulando ações, algumas concretizadas na terceira camada, com o ingresso do parceiro pesquisador Kanhgág no Programa de Pós-Graduação em Educação (UNISC).

A quarta camada, que encerra com o tempo de pesquisa, emerge da presença e do protagonismo indígena na Universidade. Neste ponto, várias reflexões são possíveis, tais como o fato da presença indígena na academia pressupor o seu protagonismo no âmbito universitário, implicando participação em pesquisa, ensino e extensão, bem como quais seriam os limites e possibilidades de colaboração intercultural encontrados e viabilizados academicamente. Reflexo das produções de sentido na convivência, as camadas são atravessadas pelo mito de origem kanhgág e pela arte que dele reverbera.

A pesquisa apoia-se teoricamente em intelectuais indígenas, principalmente da etnia kanhgág, e não indígenas, dialogando com as suas metodologias, destacando-se Dorvalino Cardoso, Bruno Ferreira, Zaqueu Claudino, Ailton Krenak, Rodolfo Kusch, Carl Gustav Jung e Daniel Mato, entre outros. Deste diálogo, emerge a Metodologia Vãfy, que representa a relação e a colaboração intercultural em direta relação com as ações planejadas e executadas durante o tempo de pesquisa.

Metodologia Vãfy

Tudo tem seu lado par ou ímpar.
(CARDOSO, 2017)

Objetos-sujeitos: a arte kaingang como materialização das relações. Não por acaso, este é o título de uma publicação da FUNAI, datada de 2011, e que traz, entre seus autores, o intelectual kanhgág Zaqueu Claudino. A arte, na perspectiva abordada, carrega o princípio mitológico que traz a relação entre os opostos como pressuposto. É uma relação que postula as diferenças como aspectos imprescindíveis: é preciso que existam, que se relacionem e que se mantenham diferentes, pois é na alternância e na complementaridade do mito vivido que a cosmologia se sustenta e que se mantém. Claudino (2011), ao evocar a cultura material kanhgág, relembra que ela expressa os tempos primevos e que, na trama das cestarias, no formato e nas figuras geométricas estão imagens simbólicas imemoriais. As relações de oposição e complementaridade estão postas entre seres humanos, entre humanos e animais, entre humanos e a natureza. Se Kamë, vencedor da luta entre os dois sóis, tornou-se o guerreiro mais forte entre os kanhgág, expresso no väfy kuka (estrutura, armação da arte), os filhos são gerados dos casamentos entre metades opostas e complementares. Da mesma forma, nos informa o intelectual indígena, frutos e sementes somente germinam a partir da existência de agentes polinizadores (vento, pássaros, abelhas), ou seja, de complementos que possibilitam a reprodução da vida. Para haver os Kamë, são fundamentais seus Jamrés (cunhados), os Kajru.

Ao utilizarmos a trama da arte kaingang, tecida em fios mitológicos, com a carga simbólica necessária à reflexão sobre interculturalidade – como metáfora -, queremos indicar que é na relação de reciprocidade e de complementaridade que se organizam os movimentos metodológicos. Claudino (2011), conforme já anteriormente citado, informa que na arte de seu povo “…existem entrelaçados e grafismos que não terminam no artefato; sempre ficam em aberto, sugerindo continuidade além do suporte em que se realizou a arte. São infinitos e imaginados na composição dos cosmos” (p.35).

Em aproximação com a estética ameríndia, a Metodologia Vãfy convida, por meio da arte, a uma estruturação metodológica que aponta para uma relação entre culturas, baseada na reciprocidade, contida na base mitológica que sustenta a proposta. Colombres (2004) ressalta que, pela consciência simbólica, somos capazes de recompor pedaços dispersos da realidade, devolvendo a coesão ao mundo, ou gerando-a. Relembra que a arte é uma das vias para alcançar os mais altos níveis da referida consciência. Quando a lógica racional perde o rumo, “solo la referencia del símbolo puede devolverlo, en la medida en que permite aprehender lo inteligible por medio de lo sensible” (p. 8).

Eloisa Penna (2005), ao bordar o paradigma junguiano no escopo da metodologia qualitativa de pesquisa, lembra que “…o caminho pelo qual o conhecimento é alcançado e viabilizado é o processamento simbólico, que se dá a partir dos parâmetros da causalidade, da finalidade e da eventual sincronicidade, presentes nos eventos simbólicos” (p.90). A autora amplia, lembrando que, para a integração do desconhecido à consciência conhecedora, a compreensão do fenômeno – símbolo – opera por associações, comparações e analogias, buscando sentidos. O mito, um dos mais privilegiados símbolos, ancestral e universal, traduz ao imaginário aspectos profundos da consciência coletiva. (Colombres, 2013)

Ao permitir que aflore a mitologia kanhgág no movimento metodológico, queremos beber em águas profundas, que nos remetem a uma forma própria de aprender e ensinar recebida dos ancestrais da referida nação. O professor Zaqueu Claudino (2010) nos lembra que o método educativo kanhgág, com base nas formas tradicionais de aprendizagem, foi aperfeiçoado ao longo dos séculos e que é fundamentada na relação de reciprocidade e complementaridade (também referida Onorio, quando trata da complementaridade e da oposição).

A partir das experiências vividas, das reflexões feitas no cruzamento de mundos – indígena e não indígena – fomos levados a pensar que nossos movimentos estavam impregnados dos ensinamentos da nação kanhgág e por eles eram conduzidos. Para formalizá-los metodologicamente, usamos, como metáfora, o trançado da arte kanhgág. No desenho que tensiona duas linhas, pensamos que podemos olhar, em uma perspectiva inspiradora, duas culturas. Uma peça intercultural que seja compreendida de forma complexa, considerando suas cores, seus materiais e seu formato. E, ainda, o que está dentro e o que está fora, em um jogo de troca de mirada, trabalhada no imaginário profundo.

Estamos trabalhando com a imagem do mito de origem do povo kanhgág, por entender que há uma associação entre a carga mitológica e as relações humanas e não humanas: abordar o segredo de origem pode fortalecer, pode trazer uma carga de poder, arquetípica, resultando em segurança no caminhar. Nos diz como funcionam as relações humanas e não humanas, como se manifestam, como se pode encontrá-las e como recuperá-las.

A metáfora, com base mitológica, na qual foi gestada a Metodologia Vãfy, conduz a um convite: que possamos produzir a arte da convivência intercultural na conjunção, no cruzamento de mundos em espaços educativos, local da nossa utopia.

Cores: Quando falamos em cores, falamos em representações culturais. Onde se apresenta uma peça monocromática, sugerimos a policromia como padrão. Ou seja, a Metodologia Vãfy propõe a participação de representantes de cada cultura envolvida, indígenas, afro-brasileiros, não indígenas, atuando no planejamento e execução das ações propostas. Intelectuais, sábios de diferentes cores culturais, com suas marcas, representados na arte-trama metodológica.

Formas: as formas estão relacionadas aos locais-origem das informações sobre culturas próprias. Sugere-se, na trama metodológica, que a forma-fala referenciada seja a de representantes das culturas próprias, ainda que acompanhadas de abordagens de especialistas, estudiosos de culturas que não são as suas próprias. Ou seja a aldeia, o quilombo em entrelaçamento com a academia ou outros espaços educativos formais.

Materiais: Os materiais são representados pelos recursos específicos da cultura para implementação das ações: arte, cosmologia, mitos, palavras dos mais velhos e sábios representantes da cultura em pauta. Na trama da metodologia – arte, emerge a potência simbólica. É o material-resistência em tensionamento com o cerrar de portas à diversidade, provocado pelo espírito científico baseado na racionalidade.

Reconhecemos que a dinâmica proposta pela Metodologia Vãfy, em especial quando se trata de coletivos indígenas, já é utilizada em diversas ações de ensino, pesquisa e extensão nas universidades que, desta forma, reconhecem a importância da atuação daqueles que trazem, desde a ancestralidade, as referências culturais próprias. Ao reforçar estes propósitos, através de uma inspiração simbólico-metodológica, há a intenção de aprofundar este movimento. Se pudéssemos traduzi-lo em imagem, diríamos que poderia ser representado por uma espiral infinita de relações, de aproximações cada vez mais intensas, num desenho único, que traz a densidade do cosmo, do universo. Entretanto, compreendemos as dificuldades. Estamos vivendo e refletindo sobre elas. Por esta razão, nos ocorreu reforçar o propósito, dando-lhe um nome que justamente mescla palavras de duas línguas e que traz, na sua essência, o conceito dos opostos e da totalidade por eles representada: Metodologia Vãfy.

Vivemos a experiência que propomos. Em alguns casos, efetivamos propostas; em outros, tangenciamos ambientes mais resistentes e não conseguimos aderência. Os movimentos iniciais foram intensos e indicaram os caminhos pelos quais nos foi possível andar. Algumas portas se abriram; outras, ainda espiamos. Tais caminhos, de idas e vindas, deixam a mostra dificuldades e avanços, no que poderíamos entender como um “estar-sendo” acadêmico, preenchido por aqueles que estão “no meio do rio”, de maneira sagrada e em celebração.

La encrucijada de estar no más

Imagem da entrada da Aldeia Foxá – edição da autora

Encruzilhada é lugar onde se cruzam caminhos e, no sentido figurado, ponto crítico, em que uma decisão deve ser tomada. Também remete à dimensão apontada pelo professor Rodolfo Kusch que é estar em pé, em movimento, ativada pela inquietude. Caminhos vão sendo abertos e é preciso percorrê-los. Sendo assim, é preciso entender encruzilhada na potência da sua complexidade e, com o desejo de não aquietar, deixar que a vida provoque outros despertares e expanda as objetividades e subjetividades que nos constituem.

Estar sentada ou estar em pé; repouso e inquietude que se atravessam e se cruzam; o pensar racional, causal cada vez mais envolvido pelo pensamento seminal, onde os limites da definição estão diluídos nas incertezas, abrindo espaço para o sentir. Nesta vibração, uma pergunta: sobre quais espaços educativos falamos? Falamos em especial da Universidade, para onde os indígenas vão e voltam, navegando em barcos que transportam pessoas com uma educação universitária diferente de seus horizontes simbólicos (ALARCÓN, 2018). Neste ponto, o olhar volta-se para a aldeia. Universidade e aldeia como espaços educativos. A defesa da presença dos indígenas na universidade, a defesa de um habitar e existir distante da academia. Estar na encruzilhada seria o concretizada na (co)atuação, em especial em ações de extensão que ocorreram durante o tempo de pesquisa, etapa que se encerra em um ano emblemático. 2020, o ano que nos provoca a pensar sobre algo que não é visível e que nos faz refletir sobre as relações entre os seres de diferentes espécies – humanos e não humanos – e sobre a capacidade de afecção recíproca. Nesta perspectiva, muito a aprender com os povos originários, que nos provocam a buscar pelo quatérnio, a busca ideal, o encontro com o Si mesmo, com o “assombro original”, que remete aos tempos primeiros, à essência (KUSCH, 1994).

Assim como as quatro camadas – conjunção do visível com o invisível – as quatro principais pontas da cruz andina – modelo mandálico que organizou o pensamento e a escrita no tempo da pesquisa – foram sendo anunciadas: a colaboração intercultural; kanhgág, não indígena; kamé e kairú. As quatro pontas, em movimento espiral, pautado pela causalidade e pela sincronicidade, fizeram emergir a Metodologia Vãfy a partir do espaço acadêmico. Nela, o mito e a arte gerando aprendizagem simbólico-sensível, conduzida pelo poder dos afetos. Tais movimentos registram o que seria, inicialmente, uma tímida presença indígena na academia, um tensionamento entre culturas e compreensões de mundo e, na sequência, registram a potência da presença dos povos indígenas no ambiente acadêmico.

Profundamente ligados ao planeta, os povos indígenas estão colados ao corpo da Terra, consideram-se terminais nervosos dela. Paletó branco, rosto pintado de preto, Krenak marcou a defesa das mais de 300 etnias indígenas que vivem no Brasil, na Assembleia Constituinte de 1987. Defendeu o direito de existir como povo, como cultura, como território e modo de vida. Muito já foi dito depois deste episódio, entretanto continuamos a colocar em pauta as mesmas questões, inclusive para garantir direitos no âmbito acadêmico.

Para o momento, talvez seja preciso considerar o “acerto fundante” como momentos “del vivir mesmo que no hacen a la totalidad del vivir” (KUSCH, 2009b, p. 407). Na perspectiva de um jogo, que remete à alteridade, o jogo que busca o outro, jogo existencial, eficaz para viver a partir do outro lado, o retorno do ser ao estar. Talvez seja este o “acerto fundante”, eficaz para viver o jogo da existência, que tentamos exercitar no tempo de estudos.

A potência do bom encontro e da colaboração intercultural, que afetam instâncias profundas da condição humana, a partir do reencontro com nossas raízes ancestrais, tem resultado em aprendizagem simbólica-sensível para os pesquisadores e para o público-alvo das ações propostas. Entretanto, não há certezas, conclusões, respostas para todas as questões que reverberam da pesquisa… Entre leituras de teóricos indígenas e não indígenas, entre o dito e o não dito, com a escuta sensível ativada e com um olhar para o “quintal” acadêmico, cenário possível de atuação, com apoio em movimentos causais e sincrônicos, vamos caminhando…

Claudia Wallasen – Pixabay (Edição da autora)

Nosso caminho é uma teia de aranha. Há dificuldade em fazer recortes. (CARDOSO, 2017).

Versão do texto em pdf.

Referências:

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