Arquivo da categoria: v. 1 n. 6 (2020)

Apresentação da 6ª edição

    A 6ª edição do CiênciAção: Observatório Interdisciplinar de Divulgação Científica está incrível! A seção Observatório de Divulgação Científica populariza as ações de extensão do GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação, projeto coordenado por Amanda Meincke Melo e Maria Cristina Graeff Wernz, e as ações do Grupo de Trabalho UNIPAMPA produz conteúdos sobre a COVID-19 no Instagram, que informa à população sobre os efeitos da pandemia nas regiões da Fronteira Oeste e Campanha.

    A seção Convite a Leituras traz o convite de Rafael Lima à leitura do artigo Observatório de inovação como ferramenta de subsídio à inteligência nas organizações, no qual se propõe que o Observatório é um mecanismo de inteligência. E, também, há o convite de Jaqueline Bohn Donada à leitura de The Last Man, em português O Último Homem, de Mary Shelley (1826), em que destaca a “coincidência” da história contata pela autora com nosso momento atual.

  Na seção Artigo de Opinião desta edição há os textos: O orçamento público como ferramenta de controle social, de Márcio Luciano dos Santos Campos e Eduardo Sanabria de Assunção. Na mesma seção, pode-se também ler É preciso valorizar a educação e a ciência sempre, de Nathalia Lopes da Silva. Os títulos dos textos dizem bem da defesa que cada texto faz.

    A seção Reportagem traz o texto de Pamela Piardi de Almeida, intitulado Gestor público e processo motivacional – quem trabalha feliz, trabalha mais. Para a seção Blog e Colunista, recebemos a contribuição de Eduardo Vieira da Silva com o texto A crise das instituições e o avanço do populismo.

  Na seção Professor Nota 10, temos a participação do professor do campus de Itaqui, eleito pelas e pelos discentes para esta edição, Augusto Freitas. A seção Meu trabalho Nota 10 conta com a contribuição da acadêmica do Curso de Nutrição, Alice da Cruz.

 Por fim, e para se falar da luta contra o racismo, a seção Arte e Cultura compartilha a poesia de Merlin Alves intitulada Canção de ninar para um negro.

   A equipe do CiênciAção deseja a todos e todas uma excelente leitura!

Por Cristina dos Santos LovatoWalker Douglas Pincerati.

Versão do texto de apresentação em *.pdf: clique aqui.

Versão completa da 6a. Edição em *.pdf: clique aqui.

Canção de ninar para um negro

Essa cor que herdei
não surgiu do acaso
vem de raízes fortes
que entrelaçaram uma história
de luta,
de dor,
de sofrimento,
quando apenas queriam viver.

Basta!

Eu quero viver!

Minha cor não vai pedir desculpas,
meu cabelo não vai se encolher,
meus traços marcantes não vão se esconder.

Meu ventre negro deixará sementes
que serão embaladas com um verso de ninar:

“Dorme filhinho, mamãe aqui está
Deita em meu seio e pode repousar
Eu sei que a maldade vai te procurar
Mas tuas feridas prometo aliviar.”

Merlen Alves, Ago/2020.

Sou Merlen Alves, tenho 34 anos, gaúcha, nascida no Alegrete. Curso Licenciatura em Letras Português EaD na UNIPAMPA. Amo os livros e a literatura. Os projetos de escrita e leitura que faço parte na minha cidade, me estimulam muito a escrever da forma que sei. Adoro as redes sociais e a tecnologia. Sei qual é o meu lugar no mundo e procuro ocupar esse espaço. Tenho riso fácil, sou leal, sou uma mulher negra, mãe jovem, latinoamericana e sem dinheiro no banco. Uso a escrita para exprimir as minhas dores, os meus anseios e para anestesiar a tristeza de ver que a desigualdade ainda permeia a sociedade. Escrevo e sonho com um país melhor para minha futura geração. Canção de ninar para um negro foi escrita pensando em Leonel, meu filho, e em todos os meninos e meninas negras que são vítimas de preconceito e de racismo. Minhas produções literárias podem ser conferidas no blogue em construção: www.guriadasletras.blogspot.com.

Revisão e edição de Walker Douglas Pincerati.

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.

É preciso valorizar a educação e a ciência sempre

por Nathalia Lopes da Silva

    Em tempos de pandemia, no qual nossas vidas caminham num ritmo diferente e muitas coisas já não são mais as mesmas, algumas reflexões precisam ser feitas. Obviamente, todos e todas preferíamos que não estivéssemos passando por este momento. Contudo, diante desta inevitabilidade, faz-se necessário analisar o contexto em que vivemos.

    Muitos setores e profissionais vêm sendo fundamentais no enfrentamento ao Covid-19 e devem ser reconhecidos, auxiliados e homenageados. Profissionais da saúde, educação, ciência e das diversas outras áreas vêm trabalhando incessantemente durante esta crise. No entanto, além de prestarmos nossas homenagens às e aos profissionais, precisamos lembrar do seu esforço e do quanto os serviços prestados por eles e elas terão sido essenciais após a pandemia acabar.

   Tem algum tempo que a educação superior pública em nosso país vem sofrendo com cortes nos orçamentos e ataques públicos. Note-se, porém, que neste momento complicado pelo qual passamos todas as Instituições Federais de Educação Superior, as Universidades e os Institutos Federais, têm realizado um trabalho importante no enfrentamento à pandemia. Na região do Pampa, a UNIPAMPA desenvolve diversas ações, como a produção de álcool gel, a realização de pesquisas sobre o coronavírus no Estado, em parceria com a UFPel, a doação de EPIs em São Gabriel e emprestou respiradores para o hospital de Uruguaiana. O IFF também está produzindo álcool gel e materiais de proteção.

    Os cortes na educação afetam todas as regiões do Brasil, mas em regiões como a Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, na qual as instituições federais de ensino têm um papel ainda mais essencial, essa situação dos cortes é grave. Isso porque por estaremos em tão distantes dos grandes centros urbanos, essas instituições ofertam vagas em cursos de graduação e de pós-graduação, promovem pesquisas científicas e desenvolvem projetos de extensão e de ensino a fim de desenvolver social e economicamente a regional. E numa época como esta, atípica, elas auxiliam com recursos e conhecimentos científicos, os quais, sem elas, seriam muito pouco acessíveis.

  Assim, quando tudo passar, é preciso que lembremos que na crise, a saúde pública e a ciência sempre estão prontas a auxiliar, bem como é preciso reconheçamos os e as profissionais que terão trabalhado na pandemia e valorizar as instituições públicas sempre.

Nathalia Lopes da Silva é jornalista, pós-graduada em Comunicação e Semiótica (Unesá), mestre em Comunicação e Indústria Criativa (UNIPAMPA) e, atualmente, acadêmica em Letras – Português EaD na UNIPAMPA. Contato: nathalials.cn@gmail.com.

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.

 

Professor Nota 10: Augusto Freitas

Prof. Augusto Freitas
Prof. Augusto Freitas

    O curso de Bacharel Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia – BICT foi a minha primeira experiência docente na Unipampa. Desde então nutro um carinho e apreço especiais por tudo e por todos desse curso. Quando recebi a informação de que havia sido escolhido como Professor Nota 10 pelos alunos e alunas do curso e, por isso, era convidado a escrever um breve relato de minha carreira, fui tomado por um imenso sentimento de gratidão e alegria por tamanha distinção. Pois bem, a seguir você encontrará uma síntese das principais etapas de minha vida e carreira.

     Sou natural de Cerro Largo, município da região das Missões, no Rio Grande do Sul. Filho de pai ferroviário e mãe agricultora, fui criado no meio rural. Meus primeiros anos de formação escolar, o ensino básico e fundamental, se deram na Escola Municipal Padre Réus e na Escola Estadual João Manoel de Lima e Silva no distrito de Serrinha do Rosário, interior do município de São Luiz Gonzaga, atualmente chamado de Rolador.

    Meu ensino médio foi cursado no Instituto Estadual de Educação Professor Osmar Poppe, em São Luiz Gonzaga, entre os anos de 1997 a 2000. Nesse período, tive a felicidade de contar com excelentes professoras de química, as quais me despertaram e desenvolveram o gosto pela ciência, sobretudo pela química. Ao final do ensino médio não me restava dúvida de qual curso queria fazer carreira. Nesse período, o país passava por uma crise econômica severa, e isso foi um dos principais fatores que me impossibilitaram de seguir estudando. Mas, em momento algum imaginei fazer outra coisa senão cursar uma Licenciatura em Química. Além do gosto pela Química, já estava convicto que gostaria de estar em sala de aula, interagindo com pessoas e construindo conhecimentos em conjunto.

    Alguns anos se passaram e em 2005 ingressei na Licenciatura em Química na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões/URI, campus Santo Ângelo. No período de graduação contei com brilhantes professores, os quais tiveram a felicidade e a competência de me proporcionar o que talvez seja um dos mais nobres ofícios de um docente: expandir o horizonte de seus alunos. Como fruto disso, em 2009 colei grau e já estava aprovado no Mestrado em Química Inorgânica na Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, o qual cursei 2010 a 2011.

    Durante o mestrado, um programa de excelência, cuja nota é 7 na CAPES, desenvolvi pesquisas em síntese, caracterização e atividade biológica de compostos com potencial antileucêmico e estudos físico-químicos de nanoencapsulamento dos princípios ativos. Na parte 1 da pesquisa, os compostos foram testados em amostras de medula de pacientes em diagnóstico no hospital universitário de Santa Maria. Na parte 2, os estudos focaram em alternativas para melhorar a solubilidade e reduzir prováveis efeitos colaterais causados pela administração dos princípios ativos.

    De 2012 a 2016 fiz meu doutoramento também no PPGQ da UFSM, na área de síntese e físico-química de materiais poliméricos. Foi no período do doutorado que tive o maior desenvolvimento como pesquisador, podendo interagir com colegas e grupos de diversas instituições e países. Entre 2015 e 2016, fui aprovado em vários concursos públicos para docente, em diferentes instituições, como FURG, UFSM e UNIPAMPA.

    Em março de 2017, tomei posse como Professor Adjunto de Química/Físico-Química na UNIPAMPA campus Itaqui, onde, desde então, tenho desenvolvido atividades de ensino, pesquisa e extensão. Na graduação atuo nos cursos de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CTA), Engenharia Cartográfica e de Agrimensura (ECA) e no Bacharelado Interdisciplinas em Ciência e Tecnologia (BICT). Também faço parte do corpo docente dos Programas de Pós-graduação em Ciência Exatas e Tecnologias e em Tecnologia de Alimentos.

Atividades de Pesquisa

    Minhas atividades de pesquisa se dividem em duas frentes: i) síntese e físico-química de polímeros e ii) ensino de ciências. Sou um dos líderes do grupo de pesquisa, registrado no CNPq: Laboratório de Polímeros e Nanomateriais – LPNano. As atividades do grupo estão relacionadas à linha de pesquisa “i”, que envolve a síntese (produção em escala laboratorial) de polímeros com diferentes arquiteturas e composições, a caracterização e o estudo das propriedades físico-químicas desses materiais. Também desenvolvemos nele estudos envolvendo polímeros naturais e materiais alternativos, sempre com vistas a aplicações nobres e processos ambientalmente convenientes. Já a linha de pesquisa em ensino de ciências é um desafio recente, mas que tem rendido bons resultados e possibilitado trabalhos em colaboração e interação com colegas da área do ensino de outros campi da UNIPAMPA e até mesmo de outras instituições. Todas essas atividades de pesquisa possuem sempre um espaço cativo para os alunos do BICT.

Atividades de Extensão

    Por entender e defender que a Universidade deve sempre buscar transpor seus limites físicos para permear os mais distintos segmentos da sociedade e dialogar com a comunidade, participei e participo de vários projetos de extensão. Atualmente co-coordeno dois, que são:

  1) Reaproveitamento de óleo de cozinha e outros resíduos no município de Itaqui: possibilidades de ecotransformação e educação socioambiental (suspenso devido a pandemia); e

    2) Produção de álcool 70%, sabão e sabonete líquido como forma de ajudar no combate a COVID-19. Este projeto está sendo desenvolvido na íntegra no período de pandemia. Para isso contamos com a participação de discentes dos cursos do BICT, CTA, ECA, Matemática e Nutrição.

    Este é, portanto, um breve relato de minha trajetória e minhas ações enquanto docente da UNIPAMPA. Espero com isso poder ser aos meus alunos um bom exemplo: aquele que expande seus horizontes, como foram para mim alguns docentes por onde passei.

    Encerro agradecendo ao CiênciAção por tamanha distinção e reitero que sou muito feliz trabalhando com o BICT, vendo meus alunos e alunas sendo agentes de transformação efetiva da sociedade. Sucesso e vida longa ao BICT!

Versão do texto em *pdf.: clique aqui.

 

GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação

por Amanda Meincke Melo e Maria Cristina Graeff Wernz

   Registrado inicialmente como projeto de ensino, no Campus Alegrete da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), o GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação iniciou suas atividades em 2010. Com o maior direcionamento de suas ações para a extensão universitária, na formação de professores e no apoio ao uso da informática em escolas de educação básica, em 2015, o grupo assumiu o caráter de programa de extensão (MELO; WERNZ, 2016; MELO; WERNZ, 2018a). Mais recentemente, em 2019, teve seu registro efetivado no Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (CNPQ, 2019).

   Neste ano, quando são comemorados seus dez anos de existência, portanto, dizemos que o GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação é programa de extensão e grupo de pesquisa. O desenvolvimento de suas ações está fortemente comprometido com as diretrizes para as ações da extensão universitária (FORPROEX, 2012): interação dialógica, interdisciplinaridade e interprofissionalidade, indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, impacto na formação do estudante, e impacto e transformação social.

   Sua equipe executora é constituída por docentes, discentes, técnicos-administrativos em educação e representantes da comunidade externa. A maioria dos discentes, matriculados nos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software, atua de forma voluntária no grupo, apoiando o uso de recursos da informática em escolas públicas de educação básica, no município de Alegrete/RS, incluindo escolas municipais e estaduais, urbanas e rurais. Alguns desses estudantes também optam contribuir com o grupo durante o desenvolvimento de seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Além disso, com a formalização do GEInfoEdu como grupo de pesquisa, com a participação de docente atuante no curso institucional de Letras Português/Licenciatura, na modalidade a distância, tem-se a perspectiva de envolvimento de estudantes desse curso nas ações do grupo.

   As experiências desenvolvidas no contexto do GEInfoEdu têm sido compartilhadas em vários espaços, como eventos técnico-científicos, eventos de formação de professores, reuniões do grupo e a própria sala de aula. As orientações de TCC no contexto GEInfoEdu se articulam com as ações do GEIHC – Grupo de Estudos em Interação Humano-computador, projeto de ensino em que se realiza o acompanhamento de estudantes da área da Computação interessados em aprofundar seus conhecimentos na área.

   As ações de extensão desenvolvidas no contexto do GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação, portanto, articulam-se, de forma indissociável, com atividades de pesquisa e com o ensino de graduação. Além disso, valoriza-se a interlocução com a comunidade escolar local (MELO; WERNZ, 2018b), através do diálogo e da avaliação sistemática de suas ações.

   Quanto ao impacto das ações desenvolvidas no contexto de atuação do grupo, este pode ser percebido tanto nas comunidades escolares envolvidas quanto na própria equipe executora. Enquanto essas comunidades escolares têm atendidas suas demandas de apoio ao uso de recursos da informática e de formação de professores, a equipe executora tem a oportunidade de conhecer em profundidade um domínio de aplicação das tecnologias computacionais. Além disso, os estudantes envolvidos têm experiências únicas para o seu desenvolvimento como cidadãos e de caráter técnico-científico.

Para saber mais…

UNIPAMPA. GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação. 2010-atual. Disponível em: https://sites.unipampa.edu.br/geinfoedu/. Acesso em 18 jul. 2020.

ROBOPEL. Dez Anos de GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação da Universidade Federal do Pampa. 2019. Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=hzP_utMKrVA&list=PLjlTzJqdc6DP6I-FCeJuhEc7YUfPtqzpC&index=4. Acesso em 18 jul. 2020.

Amanda Meincke Melo e Maria Cristina Graeff Wernz são as coordenadoras do GEInfoEdu.

Referências Bibliográficas
FORPROEX – FÓRUM DE PRÓ-REITORES DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível em: https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso em 19 jul. 2020.
MELO, A. M.; WERNZ, M. C. G. GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação: relação dialógica universidade e educação básica. In: TOLFO, C. (Org.). Extensão Universitária: vivências nas Engenharias e na Computação, 1. ed. Bagé: Ediurcamp, 2016. 11-26 p. Disponível em: https://sites.unipampa.edu.br/geinfoedu/files/2016/08/GEInfoEdu_Extens%C3%A3o_Universit%C3%A1ria.pdf. Acesso em 19 jul. 2020.
MELO, A. M.; WERNZ, M. C. G. Informática na Educação e práticas extensionistas: interação universidade-escola em perspectiva. In: VALENTE, J. A.; FREIRE, F. M. P; ARANTES, F. L. (Orgs.). Tecnologia e Educação: passado, presente e o que está por vir, 1. ed. Campinas: NIED/UNICAMP, 2018a. 65-98 p. Disponível em: . Acesso em: 19 jul. 2020. Disponível em: https://www.nied.unicamp.br/biblioteca/tecnologia-e-educacao-passado-presente-e-o-que-esta-por-vir/. Acesso em 19 jul. 2020.
MELO, A. M.; WERNZ, M. C. G. (Orgs.) Informática Educativa em uma Escola do Campo: resultados da colaboração entre a Escola Arthur Hormain e a UNIPAMPA. 1. ed. Alegrete: UNIPAMPA, 2018b. 114 p. Disponível em: https://sites.unipampa.edu.br/geinfoedu/files/2018/12/informatica_educativa_em_uma_escola_do_campo.pdf. Acesso em 19 jul. 2020.
CNPQ. GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação. 2019. Disponível em: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/488557. Acesso em 18 jul. 2020.

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.

Revisão e edição de Walker Douglas Pincerati.

O Orçamento Público como ferramenta de controle social

por Márcio Luciano dos Santos Campos e Eduardo Sanabria de Assunção

    Este artigo visa compreender a dinâmica do orçamento público, imaginando um cenário municipal como fonte principal de exercício do controle social, em uma dinâmica de avaliação por parte da sociedade local a qual abrange determinado munícipio que, por vezes, será denominado “Estado”.

      O dever em prover o bem comum pelo Estado toma forma através do orçamento público. Para tanto, dentro de limites pré-estabelecidos, o Estado precisa fornecer serviços que atendam a sociedade nas suas diversas áreas de atuação, como Saúde, Assistência Social, Segurança, Agricultura, entre outras.

   Ao tentar suprir tais carências, ele precisa de recursos financeiros, ou seja, de um planejamento econômico-financeiro e político que satisfaça suas necessidades. Esses planejamentos no Brasil, em todas as esferas de governo, são denominados como orçamentos públicos. Os orçamentos compreendem etapas que se denominam: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei de Orçamento Anual (LOA).

    Primeiramente, o orçamento público tem diversas definições e conceitos, mas todas convergem para o mesmo sentido e uma mesma significação. Segundo Santos (2010, p. 18) “orçamento público reúne, de forma sistemática e organizada, todas as receitas estimadas para um determinado ano e o detalhamento das despesas que o governo espera executar”. Portanto, de uma forma simples podemos dizer que orçamento é uma estimativa de receitas e uma fixação de despesas, na qual as receitas são necessárias para a execução, por parte do Estado, dos serviços necessários à sociedade.

     No que consta ao controle social de iniciativa da sociedade, este é um poder dado ao cidadão para executar a fiscalização dos atos de determinada gestão pública em seus níveis municipal, estadual e federal, para saber se foi cumprida e/ou atendida a finalidade pública. Conforme ENAP (2015, p.5):

Na Administração Pública, o ato de controlar possui significado similar, na medida em que pressupõe examinar se a atividade governamental atendeu à finalidade pública (em oposição às finalidades privadas), à legislação e aos princípios básicos aplicáveis ao setor público (legalidade, impessoalidade, publicidade, moralidade, transparência, etc.).

      No sentido do presente, o controle social de iniciativa da sociedade, exercido através dos cidadãos e entidades de representação sociais e sindicais, permite fiscalizar a gestão municipal, sejam elas de ordem das despesas ou receitas orçamentárias. Por exemplo, os portais de transparência e a Lei de Acesso à Informação podem dar ao cidadão as informações necessárias para medir se a gestão pública está agindo com eficácia e eficiência na utilização dos recursos públicos.

     Entende-se que em sociedades menos organizadas quanto ao conhecimento abrangente sobre o orçamento público os cidadãos tentam organizar-se através de outros mecanismos para realizar o controle social.

    Um modelo são as páginas públicas das redes sociais onde são denunciados fatos que julgam estar em desacordo com o bom senso comunitário. Exemplos são denúncias de ruas esburacadas, falta de remédio nos postos de saúde, entre outros.

    Possuindo importância impar por ser um canal direto na execução do controle social a imprensa se destaca, pois ela tem a finalidade de informar a comunidade sobre situações de aplicabilidade e monitoramento dos recursos oriundos do orçamento público e atos da administração pública.

   Observa-se que sobre o controle social de iniciativa da sociedade, em especial a que ocorre nas cidades que compõem a fronteira oeste do Rio Grande do Sul, a fiscalização do orçamento público municipal é quase uma situação nula. Muito embora, existam as solicitações de informações que a Lei de Acesso à Informação faculta e os portais de transparência, que trazem uma gama de informações e relatórios sobre a movimentação orçamentária, mas que ainda são de difícil leitura e interpretação pelos cidadãos, tais fatos dificultam muito o exercício de fiscalização.

   Uma melhor transparência também envolveria a capacitação da comunidade local em entender os mecanismos de aplicação do orçamento público. Chegamos neste ponto, para contextualizar que as informações da área pública, por utilizarem palavras e conjecturas técnicas, tanto contábil como jurídica, inviabilizam a compreensão por cidadãos não pertencentes a este campo de trabalho. Isto posto, toda forma de incentivar a participação da comunidade nos atos relacionados ao orçamento deve ser celebrado, pois exaltam a transparência condicionada na Carta Magna em seu art. 37.

  A pergunta que surge: Como o cidadão executaria o controle social se ele próprio desconhece muitos termos técnicos utilizados dentro da área pública? A exemplo temos: o resultado resumido da execução orçamentária, limite prudencial da despesa com pessoal, relatório da gestão fiscal, dívida flutuante e fundada, restos a pagar, despesa empenhada versus despesa liquidada, etc. Ou seja, todos esses termos técnicos, além de outros, reportam parte da comunidade, ou seja, a grupos de cidadãos que farão o controle social, uma falta de conhecimento expressiva, tanto jurídico, técnico, contábil e orçamentário.

   Dessa forma, surge uma dificuldade para o cidadão, que vai executar uma fiscalização da gestão pública municipal, na qual está contida o orçamento do município, pois ele próprio desconhece a formação de cada conceito que precisa ser verificado.

    Por isso, precisamos criar uma política pública de educação sobre a área orçamentária. Essa educação deverá fornecer um conhecimento mínimo sobre legislação, orçamento público, direito administrativo, licitação, área contábil e de pessoal. Infere-se que com essa formação o cidadão poderá cumprir com seu papel de controle social. Em suma, a arma do cidadão é o conhecimento.

Márcio Luciano dos Santos Campos é contabilista, servidor Técnico-Administrativo da UNIPAMPA Itaqui e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UNIPAMPA São Borja. Membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas/NEABI da UNIPAMPA Itaqui.

Eduardo Sanabria de Assunção é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UNIPAMPA São Borja.

Referências Bibliográficas

SILVA, Rodrigo B; KISCHLAT, Everton; CORTES, Rebecca (a). Controle social. Brasília: Enap, 2015. Módulo I: Introdução e conceitos básicos.
SANTOS, Rita de Cássia. Plano plurianual e orçamento público. Brasília, UAB, 2010. Módulo Específico.
LUIZ, Wander. LRF Fácil: Guia Contábil da Lei de Responsabilidade Fiscal. 5. ed. Brasília: CFC, 2003.
AGUIAR, Afonso Gomes. Direito Financeiro: a Lei nº 4.320 – comentada ao alcance de todos. 3. ed., 2ª tiragem. Belo Horizonte: Fórum, 2004.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 10 jul. 2020.

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.

Um convite à leitura de The Last Man (O Último Homem), de Mary Shelley (1826)

por Jaqueline Bohn Donada

      Estamos no século XXI: uma nova doença surge na Ásia e, paulatinamente, se espalha pela Europa. Atinge fortemente a Itália e, de lá, se alastra para o continente americano causando milhares de mortes por todo o mundo. A pandemia global expõe a fragilidade da democracia e da organização social vigente e traz à tona questões existenciais sobre a natureza e o futuro da humanidade.

        Esse parágrafo bem que poderia ser um relato da eclosão do novo coronavírus, mas é, na verdade, um brevíssimo resumo do romance O Último Homem / The Last Man (veja aqui), o terceiro romance escrito por Mary Shelley, publicado em 1826.

   O estrondoso sucesso de seu primeiro livro, Frankenstein, e seu processo de transformação em um ícone pop, ao mesmo tempo que despertaram o interesse generalizado pela literatura, também deixaram em segundo plano a jovem autora inglesa e espalharam por aí uma percepção de Mary Shelley como autora de uma obra só. A atual pandemia de COVID-19, apesar da devastação que tem causado, serviu (pelo menos isto!) de ocasião para que viesse à tona o equívoco por trás dessa percepção.

       Desde março, jornais de grande circulação na mídia internacional e pesquisadores de diversas universidades de renome têm destacado o caráter de atualidade do terceiro romance da autora, prestes a completar 200 anos de publicação. O jornal The New York Times afirmou, em março, que Shelley “previu as causas políticas e as soluções coletivas para a peste global”. Em maio, a Universidade de Sydney tratou do livro como “um profecia da vida em uma pandemia global” e a Universidade de Cambridge, por sua vez, apresentou uma leitura d’O Último Homem como “uma visão profética do futuro que questiona os poderes da civilização sobre a natureza e mostra aos leitores de 2020 semelhanças com a COVID-19”.

       Embora a ideia de profecia não seja necessariamente a mais adequada para se pensar sobre esse livro, é verdade que sua capacidade de falar diretamente ao mundo contemporâneo é notável, hoje ainda mais do que na época da primeira publicação. A história contada é a de Lionel Verney e de como ele veio a se tornar o último homem vivo. Aparentemente imune a uma doença letal e desconhecida, Verney narra, em primeira pessoa, a sua trajetória desde uma infância pobre, passando pela ascensão social, por seu envolvimento em um conflito, que lembra de perto a Guerra de Independência da Grécia, e culminando em sua completa solidão na face da terra. Verney testemunha não apenas a eclosão e disseminação de um vírus mortal em todo o mundo, mas também a morte gradual de todos os seus familiares e amigos.

      Trata-se de uma narrativa intensa que costura com sutileza aspectos históricos, políticos e psicológicos. Sem dúvida, serve de exercício imaginativo a uma sociedade egóica frente a um problema coletivo, como a atual pandemia que assume proporções cada vez mais apocalípticas. O ar de ficção científica incipiente e os contornos góticos e distópicos da narrativa dialogam abertamente com as obras da ficção contemporânea, e colocam em evidência o caráter gótico-distópico do mundo em que vivemos.

Você encontra um vídeo com uma leitura comentada do romance, clicando aqui.

Boa leitura!

Jaqueline Bohn Donada é professora de Literaturas de Língua Inglesa na Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.

 

A crise das instituição e o avanço do populismo

Por Eduardo Vieira da Silva

    Instituições como a ciência, a cultura e a imprensa fizeram ao longo da história a mediação responsável por afastar a civilização da barbárie. Elas nos legaram uma existência com mais qualidade de vida, sensibilidade e conhecimento. São uma barreira e um freio para aventuras e caprichos de populistas.

      A quem interessa o atual questionamento sistemático dessas instituições, quando não o ataque permanente? Claro que a um líder com inclinações totalitárias, que aproveita esse vazio de sentidos para impor a sua verdade e a sua agenda. Não, não estou defendendo que não se possa criticar essas criações humanas. São todas imperfeitas, como a vida também é. Devemos aprimorá-las de modo contínuo.

     Porém, a tentativa de deslegitimá-las como se todas as questões pudessem ser resolvidas apenas pelas preferências, gostos e maiorias de ocasião pavimenta o caminho para o avanço da ignorância, do negacionismo e do autoritarismo.

   O mau uso das redes sociais também colabora com a crise de mediação, através da propagação de campanhas antivacina, discursos de ódio e disseminação de informações falsas. No eterno plebiscito digital, ganha quem engaja mais. A análise embasada de um especialista é colocada em um mesmo nível de hierarquia de uma opinião qualquer sem propriedade.

   Com suas falhas e limitações, a ciência, a cultura e a imprensa servem como filtros e contribuem para fazer do mundo aquilo que o escritor uruguaio Eduardo Galeano dizia que ele deveria ser, mas nunca foi: uma casa de todos.

Jornalista na Rádio Liberdade FM de Itaqui
Jornalista na Rádio Liberdade FM de Itaqui

Eduardo Vieira da Silva é bacharel em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo pela UNIPAMPA São Borja, pós-graduando em Desenvolvimento Regional e Territorial pela UNIPAMPA Itaqui. É jornalista na Rádio Liberdade FM de Itaqui. Contato: eduardoitaqui@hotmail.com

 

 

 

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.

Grupo de trabalho da UNIPAMPA produz conteúdos sobre a Covid-19 no Instagram

por Larissa Burchard.

    Em momentos de crise, como o que estamos vivendo com a pandemia, atitudes que buscam informar a população são essenciais. Pensando nisso, a UNIPAMPA criou o “Grupo de Trabalho UNIPAMPA no Enfrentamento à COVID-19” que encontrou na rede social Instagram uma forma de informar sobre os efeitos da pandemia nas regiões da Fronteira Oeste e Campanha. O grupo é formado por professores, técnicos e estudantes de diversas cidades onde a Unipampa atua e os trabalhos começaram no final de março no início dos casos no estado.

Perfil do GT já tem mais de 100 publicações

 

   Além de informar, o perfil também divulga as ações da universidade para amenizar as consequências da disseminação do novo coronavírus, o SARS-CoV-2. Com fotos, vídeos e textos, os seguidores do perfil recebem informações sobre pesquisas, casos de Covid-19, projetos sociais e doações de alimentos nos dez campi da universidade. As ações divulgadas são diversas, desde produção de álcool 70% para pessoas em vulnerabilidade social até dicas de cuidados com a saúde mental durante o isolamento social.

O grupo também posta notícias sobre a covid-19 na região da Fronteira Oeste e da Campanha
O grupo também posta notícias sobre a covid-19 na região da Fronteira Oeste e da Campanha.

 

Para acompanhar os conteúdos basta seguir o perfil @unipampa_covid19 no Instagram. Se gostar, não esqueça de curtir, comentar e compartilhar para que a informação alcance mais pessoas.

Larissa Burchard é jornalista e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Indústria Criativa da UNIPAMPA. Para ver seu currículo, clique aqui.

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.

Revisão e edição de Walker Douglas Pincerati.

Gestor público e processo motivacional – quem trabalha feliz, trabalha mais

por Pamela Piardi de Almeida

         Um gestor público, assim como os demais profissionais, tem grandes responsabilidades perante o mercado de trabalho, vale lembrar-se de que o papel de um gestor público é gerenciar organizações públicas, organizações não governamentais e também desenvolver projetos de empresas privadas realizados em parceria com o poder público. Podemos encontrar um gestor público em diversas áreas, como, por exemplo, educação, saúde, segurança etc.

     Durante o primeiro módulo do terceiro semestre do curso de Gestão Pública, na UNIFACVEST, estudei sobre comportamento organizacional, quando pude entender a complexidade de lidar com o ser humano, sejam eles colegas sejam eles chefes. No primeiro momento, lançaram a seguinte pergunta: “É possível motivar uma pessoa?”, faço com você uma reflexão sobre a tal questão. Primeiro, é necessário entender o que significa motivação para depois se questionar sobre. Motivação é “um termo geral que descreve o comportamento regulado por necessidade e instinto com respeito a objetivos” (DEESE, 1964, p. 404). Segundo Deese (1964, p. 404): “[e]ntendemos por motivo algo que incita o organismo à ação ou que sustenta ou dá direção à ação quando o organismo foi ativado”. A partir dessa reflexão pode-se entender que a motivação é algo que vem de dentro, aquilo que motiva uma ação, ou seja, os únicos que podem nos motivar somos nós mesmos, veja, segundo o livro Comportamento Organizacional escrito por Eunice Maria Nascimento, três aspectos importantes da motivação que precisam andar lado a lado na vida do ser humano.

  • Motivação pessoal: toma por referência as pessoas que convivem conosco no dia a dia, nossas relações afetivas, interpessoais com amigos e colegas de trabalho, nossas percepções, enfim, a dinâmica do cotidiano.
  • Motivação profissional: em que estão situadas as necessidades de trabalho, de reconhecimento, de crescimento e valorização das nossas habilidades voltadas à trajetória profissional.
  • Motivação espiritual: constituída pela crença, a fé, a consciência da existência de uma força superior, independentemente de como a denominamos, ou do credo de cada um.

      As pessoas precisam se apegar a algo que possa fazer sentido.

    Mas onde será que um gestor público se encaixa? será que ele pode influenciar algum funcionário de forma positiva ou estimulá-lo para obter sucesso na empresa? A resposta é sim, ele pode!!! Segundo o livro Gestão de Pessoas, de Burrhus F. Skinner, professor na Universidade de Harvard (EUA), cientista no campo da Psicologia, depois de muitas pesquisas na área comportamental, enunciou o conceito de reforço no comportamento: quando a pessoa tem um comportamento recompensado, ela tenderá a repetir o mesmo comportamento, isto é, quando o funcionário é bem-sucedido, depois de uma determinada atitude, ele tenderá a repetir a mesma atitude, esperando um novo sucesso. Seguindo o conceito, considerando que as pessoas têm necessidades e, ao satisfazê-las, tiverem sucesso, sempre que aparecerem as mesmas necessidades elas terão as mesmas atitudes, esperando obter o mesmo sucesso. Dessa maneira, o gestor que seguir esse modelo utilizará o reforço positivo quando o funcionário tiver atitudes e comportamentos por ele consideradas adequadas e, ao mesmo tempo, reprimirá o comportamento indesejado, deixando de recompensá-lo, quando o comportamento não lhe interessar.

      Pamela Piardi de Almeida é graduanda do curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia na UNIPAMPA Itaqui, e do curso Tecnólogo em Gestão Pública – Unifacvest. Contato: pamelaalmeida.aluno@unipampa.edu.br

 

Referências Bibliográficas:

NASCIMENTO, Eunice. Comportamento Organizacional. In: Nascimento, Eunice. O processo motivacional. IESDE. 2019, p. 36-47.

GUIMARÃES, André; CORDEIRO, Léia; FERREIRA, Oscar. Gestão de Pessoas. In: André Guimarães, Léia Cordeiro e Oscar Ferreira (orgs.), Motivação. IESDE, 2018, p. 47-59.

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.