No dia 04 de junho de 2024, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) recebeu do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a carta-patente para a invenção intitulada “Biofilmes antimicrobianos para a proteção de alimentos”. O invento teve o pontapé inicial através do TCC do graduado em Engenharia Química pela Unipampa, Rafael Carvalho Alves, com estudos desenvolvidos no Grupo de Pesquisa Engenharia de Processos em Sistemas Particulados, que também contou com a participação das professoras Gabriela Silveira da Rosa e Caroline Costa Moraes, além da Doutora em Engenharia Química e pesquisadora voluntária da Unipampa, Thamiris Renata Martiny, e a mestre em Engenharia Mecânica Priscila Baruffi Ribeiro. A data do depósito da proposta no INPI é de 21 de junho de 2017.
A invenção se trata de uma embalagem ativa biodegradável para o revestimento de alimentos. Os compostos antimicrobianos presentes em extratos de folhas de oliveiras são incorporados à formulação da embalagem à base de gelatina, conferindo-lhe suas propriedades ativas. A professora Gabriela Silveira da Rosa comenta que a ideia surgiu da vontade de buscar alternativas mais sustentáveis para embalagens. “Foi de uma necessidade do grupo de pesquisa desenvolver estudos que atendessem a essa demanda de trabalhar com materiais que se relacionam melhor com o meio ambiente, como alternativa aos que estamos acostumados no nosso dia a dia, que vemos no supermercado, em todo tipo de embalagem, e que acabam gerando um grande problema em relação ao descarte.”
A professora ainda pontua a importância de ter uma patente concedida pelo INPI, tanto para a Unipampa quanto para o grupo de pesquisa. “Essa é a nossa segunda patente concedida, portanto, um marco importante para a Unipampa e para o grupo de pesquisa. O resultado é uma forma de consolidar que não é um reconhecimento isolado, mas algo que confirma que estamos no caminho certo em busca de inovações que tragam benefícios para a sociedade”.
Essa foi a oitava patente concedida à Unipampa. Você pode ver mais sobre as patentes na vitrine tecnológica da Agipampa.
Fonte: Arquivo DIT Fonte: Gabriela Silveira da Rosa
A professora Gabriela Silveira comenta como também houve mais uma experiência recente com uma invenção patenteada. Outro invento que busca alternativas de embalagens biodegradáveis para alimentos também teve a carta-patente concedida pelo INPI, em abril de 2022. Apesar de ter sido a primeira aprovada, a proposta foi a segunda patente depositada, em junho de 2018 (após o depósito da “Biofilmes antimicrobianos para a proteção de alimentos”, em junho de 2017).
O “Filme Bioativo Antimicrobiano a Base de Carragena e Extrato de Oliveira” foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Da Unipampa (PPEng), pela então mestranda e hoje Doutora em Engenharia Química, Thamiris Renata Martiny. Para mais informações sobre essa patente, acesse a matéria feita em 2022 que está disponível no site da Unipampa.
Thamiris ressalta a importância de ter uma patente concedida pelo INPI pois a proposta passa por um longo processo de análise que pode durar anos. “São técnicos altamente especializados do INPI que analisam essa proposta. Ela é avaliada por muito tempo e por vários técnicos, que fazem questionamentos, e verificam se realmente não existe nenhum produto já patenteado ou sendo comercializado nessa mesma linha.”
Em relação ao futuro da nova invenção patenteada, Thamiris se mostra positiva, acreditando que as pesquisas vão sair do laboratório e ir até a indústria. “Eu sou uma grande entusiasta das nossas pesquisas. Ainda acredito que elas vão sair do papel, vão sair do laboratório para a indústria. Minha visão para o futuro é que realmente empresas de tecnologia possam se interessar, para que possamos levar isso adiante.” finaliza.