O ensino tradicional focado na figura e no conhecimento do professor, que coloca os
alunos como expectadores no processo é muito criticado, mas ainda é muito praticado.
Nesse modelo o professor é detentor do saber e o aluno nada sabe, aquele que
recebe conhecimento, naquilo que ficou conhecido como educação bancária. Segundo
Freire (1996) não seria possível à educação problematizadora, que rompe com os
esquemas verticais característicos da educação bancária, realizar-se como prática da
liberdade, sem superar a contradição entre o educador e os educandos. Como
também não lhe seria possível fazê-lo fora do diálogo.
Muitas vezes, como educador, ficamos esperando por condições ideais de espaço, de
ferramentas e equipamentos para realizarmos uma aula diferenciada. Pois bem, no dia dois de abril de 2019, a Professora Luiza Vanessa, supervisora do PIBID, da Escola
Estadual Paso de los Libres, junto com os pibidianos organizaram e planejaram uma
atividade prática, com os alunos do 9º ano, fora da sala de aula, sobre unidades de
medida e velocidade média, utilizando para isso giz, régua, barbante, cronômetro e
câmera fotográfica e as formigas de um formigueiro localizado no pátio da escola.
Procedimentos:
Após medir o tamanho de uma formiga, esta foi solta no chão e os alunos em trio,
marcaram a cada dez segundos a posição em que ela estava, fizeram esse
procedimento até conseguir dez marcas, ou seja, com o auxílio da régua, foi medido a
distância percorrida pela formiga em um determinado tempo (10 segundos). A
velocidade média de um objeto é calculada a partir do espaço percorrido e
do tempo levado para percorrer tal espaço. Ao dividirmos espaço por tempo, obtemos
a velocidade média do objeto.
Situação Problema: Como medir o espaço percorrido por uma formiga que fez
percurso em círculo e /ou ziguezague?
Figura 1. Primeira imagem: medição do tamanho da formiga.
Figura 2. Percurso que a formiga percorreu medida com a ajuda de um barbante.