Arquivo da categoria: Observatório de Divulgação Científica

De maneira sagrada e em celebração: apontamentos sobre uma pequena participação no fim dos “cem anos de silêncio”

por Maria Cristina Graeff Wernz
Hay un río fluyendo muy rápido.
Esto es tan grandioso y repentino que hay muchos que tendrán miedo.
Tratarán de mantenerse agarrados de la orilla.
Sentirán que están siendo separados abruptamente y sufrirán enormemente.
Sepan que el río tiene su proprio destino.
Los ancianos dicen que debemos dejar la orilla e introducirnos en medio del río,
mantener nuestros ojos abiertos y nuestras cabezas por encima del agua.
Vean a quienes están con ustedes y celebren.
En este momento de la historia, no tomemos nada de manera personal.
Menos que a todo, a nosotros mismos.
El tiempo del lobo solitário terminó.
Todo lo que hagamos, debemos hacerlo de manera sagrada y en celebración.
Somos los que hemos estado esperando esto.

Los ancianos
Oraibi, Arizona, Nación Hopi, 2005

A convivência intercultural tem sido pauta nas universidades, a partir do ingresso de estudantes que representam a diversidade étnica do povo brasileiro. Neste contexto, a presença/ausência da trama entre culturas, em especial na perspectiva do ingresso e permanência de indígenas acadêmicos na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), foi sendo desvelada nas ações e reflexões que levaram, até o final da pesquisa que aqui apresentamos, a emergir quatro camadas não hierárquicas e, algumas vezes, concomitantes.

Conforme foi adensando a investigação e a convivência, em especial com o parceiro de pesquisa, o intelectual Kanhgág Onorio Isaías de Moura, foram surgindo e sendo recolocadas camadas matéria-espírito, no ritmo dos movimentos provocados pela sincronicidade e pela causalidade.

Em forma de espiral, na primeira camada, destacam-se os registros institucionais da UNIPAMPA sobre ingresso e permanência de indígenas acadêmicos. São informações públicas, que podem ser acessadas em espaços institucionais na web ou que podem ser buscadas, por consulta, no setor que responde pelas ações afirmativas, indicando como está constituída a presença/ausência do coletivo indígena acadêmico.

Na segunda camada, a partir da potência do encontro entre culturas, o jogo do ser-e-estar tangenciando o ambiente de objetividade acadêmica; o racional e o simbólico em movimento de avanços e tensionamentos. Nela, surge a emergência do “pesquisar com”, constituída no processo da convivência, testando os limites, por vezes até os ultrapassando, refletindo, reconsiderando conceitos e reformulando ações, algumas concretizadas na terceira camada, com o ingresso do parceiro pesquisador Kanhgág no Programa de Pós-Graduação em Educação (UNISC).

A quarta camada, que encerra com o tempo de pesquisa, emerge da presença e do protagonismo indígena na Universidade. Neste ponto, várias reflexões são possíveis, tais como o fato da presença indígena na academia pressupor o seu protagonismo no âmbito universitário, implicando participação em pesquisa, ensino e extensão, bem como quais seriam os limites e possibilidades de colaboração intercultural encontrados e viabilizados academicamente. Reflexo das produções de sentido na convivência, as camadas são atravessadas pelo mito de origem kanhgág e pela arte que dele reverbera.

A pesquisa apoia-se teoricamente em intelectuais indígenas, principalmente da etnia kanhgág, e não indígenas, dialogando com as suas metodologias, destacando-se Dorvalino Cardoso, Bruno Ferreira, Zaqueu Claudino, Ailton Krenak, Rodolfo Kusch, Carl Gustav Jung e Daniel Mato, entre outros. Deste diálogo, emerge a Metodologia Vãfy, que representa a relação e a colaboração intercultural em direta relação com as ações planejadas e executadas durante o tempo de pesquisa.

Metodologia Vãfy

Tudo tem seu lado par ou ímpar.
(CARDOSO, 2017)

Objetos-sujeitos: a arte kaingang como materialização das relações. Não por acaso, este é o título de uma publicação da FUNAI, datada de 2011, e que traz, entre seus autores, o intelectual kanhgág Zaqueu Claudino. A arte, na perspectiva abordada, carrega o princípio mitológico que traz a relação entre os opostos como pressuposto. É uma relação que postula as diferenças como aspectos imprescindíveis: é preciso que existam, que se relacionem e que se mantenham diferentes, pois é na alternância e na complementaridade do mito vivido que a cosmologia se sustenta e que se mantém. Claudino (2011), ao evocar a cultura material kanhgág, relembra que ela expressa os tempos primevos e que, na trama das cestarias, no formato e nas figuras geométricas estão imagens simbólicas imemoriais. As relações de oposição e complementaridade estão postas entre seres humanos, entre humanos e animais, entre humanos e a natureza. Se Kamë, vencedor da luta entre os dois sóis, tornou-se o guerreiro mais forte entre os kanhgág, expresso no väfy kuka (estrutura, armação da arte), os filhos são gerados dos casamentos entre metades opostas e complementares. Da mesma forma, nos informa o intelectual indígena, frutos e sementes somente germinam a partir da existência de agentes polinizadores (vento, pássaros, abelhas), ou seja, de complementos que possibilitam a reprodução da vida. Para haver os Kamë, são fundamentais seus Jamrés (cunhados), os Kajru.

Ao utilizarmos a trama da arte kaingang, tecida em fios mitológicos, com a carga simbólica necessária à reflexão sobre interculturalidade – como metáfora -, queremos indicar que é na relação de reciprocidade e de complementaridade que se organizam os movimentos metodológicos. Claudino (2011), conforme já anteriormente citado, informa que na arte de seu povo “…existem entrelaçados e grafismos que não terminam no artefato; sempre ficam em aberto, sugerindo continuidade além do suporte em que se realizou a arte. São infinitos e imaginados na composição dos cosmos” (p.35).

Em aproximação com a estética ameríndia, a Metodologia Vãfy convida, por meio da arte, a uma estruturação metodológica que aponta para uma relação entre culturas, baseada na reciprocidade, contida na base mitológica que sustenta a proposta. Colombres (2004) ressalta que, pela consciência simbólica, somos capazes de recompor pedaços dispersos da realidade, devolvendo a coesão ao mundo, ou gerando-a. Relembra que a arte é uma das vias para alcançar os mais altos níveis da referida consciência. Quando a lógica racional perde o rumo, “solo la referencia del símbolo puede devolverlo, en la medida en que permite aprehender lo inteligible por medio de lo sensible” (p. 8).

Eloisa Penna (2005), ao bordar o paradigma junguiano no escopo da metodologia qualitativa de pesquisa, lembra que “…o caminho pelo qual o conhecimento é alcançado e viabilizado é o processamento simbólico, que se dá a partir dos parâmetros da causalidade, da finalidade e da eventual sincronicidade, presentes nos eventos simbólicos” (p.90). A autora amplia, lembrando que, para a integração do desconhecido à consciência conhecedora, a compreensão do fenômeno – símbolo – opera por associações, comparações e analogias, buscando sentidos. O mito, um dos mais privilegiados símbolos, ancestral e universal, traduz ao imaginário aspectos profundos da consciência coletiva. (Colombres, 2013)

Ao permitir que aflore a mitologia kanhgág no movimento metodológico, queremos beber em águas profundas, que nos remetem a uma forma própria de aprender e ensinar recebida dos ancestrais da referida nação. O professor Zaqueu Claudino (2010) nos lembra que o método educativo kanhgág, com base nas formas tradicionais de aprendizagem, foi aperfeiçoado ao longo dos séculos e que é fundamentada na relação de reciprocidade e complementaridade (também referida Onorio, quando trata da complementaridade e da oposição).

A partir das experiências vividas, das reflexões feitas no cruzamento de mundos – indígena e não indígena – fomos levados a pensar que nossos movimentos estavam impregnados dos ensinamentos da nação kanhgág e por eles eram conduzidos. Para formalizá-los metodologicamente, usamos, como metáfora, o trançado da arte kanhgág. No desenho que tensiona duas linhas, pensamos que podemos olhar, em uma perspectiva inspiradora, duas culturas. Uma peça intercultural que seja compreendida de forma complexa, considerando suas cores, seus materiais e seu formato. E, ainda, o que está dentro e o que está fora, em um jogo de troca de mirada, trabalhada no imaginário profundo.

Estamos trabalhando com a imagem do mito de origem do povo kanhgág, por entender que há uma associação entre a carga mitológica e as relações humanas e não humanas: abordar o segredo de origem pode fortalecer, pode trazer uma carga de poder, arquetípica, resultando em segurança no caminhar. Nos diz como funcionam as relações humanas e não humanas, como se manifestam, como se pode encontrá-las e como recuperá-las.

A metáfora, com base mitológica, na qual foi gestada a Metodologia Vãfy, conduz a um convite: que possamos produzir a arte da convivência intercultural na conjunção, no cruzamento de mundos em espaços educativos, local da nossa utopia.

Cores: Quando falamos em cores, falamos em representações culturais. Onde se apresenta uma peça monocromática, sugerimos a policromia como padrão. Ou seja, a Metodologia Vãfy propõe a participação de representantes de cada cultura envolvida, indígenas, afro-brasileiros, não indígenas, atuando no planejamento e execução das ações propostas. Intelectuais, sábios de diferentes cores culturais, com suas marcas, representados na arte-trama metodológica.

Formas: as formas estão relacionadas aos locais-origem das informações sobre culturas próprias. Sugere-se, na trama metodológica, que a forma-fala referenciada seja a de representantes das culturas próprias, ainda que acompanhadas de abordagens de especialistas, estudiosos de culturas que não são as suas próprias. Ou seja a aldeia, o quilombo em entrelaçamento com a academia ou outros espaços educativos formais.

Materiais: Os materiais são representados pelos recursos específicos da cultura para implementação das ações: arte, cosmologia, mitos, palavras dos mais velhos e sábios representantes da cultura em pauta. Na trama da metodologia – arte, emerge a potência simbólica. É o material-resistência em tensionamento com o cerrar de portas à diversidade, provocado pelo espírito científico baseado na racionalidade.

Reconhecemos que a dinâmica proposta pela Metodologia Vãfy, em especial quando se trata de coletivos indígenas, já é utilizada em diversas ações de ensino, pesquisa e extensão nas universidades que, desta forma, reconhecem a importância da atuação daqueles que trazem, desde a ancestralidade, as referências culturais próprias. Ao reforçar estes propósitos, através de uma inspiração simbólico-metodológica, há a intenção de aprofundar este movimento. Se pudéssemos traduzi-lo em imagem, diríamos que poderia ser representado por uma espiral infinita de relações, de aproximações cada vez mais intensas, num desenho único, que traz a densidade do cosmo, do universo. Entretanto, compreendemos as dificuldades. Estamos vivendo e refletindo sobre elas. Por esta razão, nos ocorreu reforçar o propósito, dando-lhe um nome que justamente mescla palavras de duas línguas e que traz, na sua essência, o conceito dos opostos e da totalidade por eles representada: Metodologia Vãfy.

Vivemos a experiência que propomos. Em alguns casos, efetivamos propostas; em outros, tangenciamos ambientes mais resistentes e não conseguimos aderência. Os movimentos iniciais foram intensos e indicaram os caminhos pelos quais nos foi possível andar. Algumas portas se abriram; outras, ainda espiamos. Tais caminhos, de idas e vindas, deixam a mostra dificuldades e avanços, no que poderíamos entender como um “estar-sendo” acadêmico, preenchido por aqueles que estão “no meio do rio”, de maneira sagrada e em celebração.

La encrucijada de estar no más

Imagem da entrada da Aldeia Foxá – edição da autora

Encruzilhada é lugar onde se cruzam caminhos e, no sentido figurado, ponto crítico, em que uma decisão deve ser tomada. Também remete à dimensão apontada pelo professor Rodolfo Kusch que é estar em pé, em movimento, ativada pela inquietude. Caminhos vão sendo abertos e é preciso percorrê-los. Sendo assim, é preciso entender encruzilhada na potência da sua complexidade e, com o desejo de não aquietar, deixar que a vida provoque outros despertares e expanda as objetividades e subjetividades que nos constituem.

Estar sentada ou estar em pé; repouso e inquietude que se atravessam e se cruzam; o pensar racional, causal cada vez mais envolvido pelo pensamento seminal, onde os limites da definição estão diluídos nas incertezas, abrindo espaço para o sentir. Nesta vibração, uma pergunta: sobre quais espaços educativos falamos? Falamos em especial da Universidade, para onde os indígenas vão e voltam, navegando em barcos que transportam pessoas com uma educação universitária diferente de seus horizontes simbólicos (ALARCÓN, 2018). Neste ponto, o olhar volta-se para a aldeia. Universidade e aldeia como espaços educativos. A defesa da presença dos indígenas na universidade, a defesa de um habitar e existir distante da academia. Estar na encruzilhada seria o concretizada na (co)atuação, em especial em ações de extensão que ocorreram durante o tempo de pesquisa, etapa que se encerra em um ano emblemático. 2020, o ano que nos provoca a pensar sobre algo que não é visível e que nos faz refletir sobre as relações entre os seres de diferentes espécies – humanos e não humanos – e sobre a capacidade de afecção recíproca. Nesta perspectiva, muito a aprender com os povos originários, que nos provocam a buscar pelo quatérnio, a busca ideal, o encontro com o Si mesmo, com o “assombro original”, que remete aos tempos primeiros, à essência (KUSCH, 1994).

Assim como as quatro camadas – conjunção do visível com o invisível – as quatro principais pontas da cruz andina – modelo mandálico que organizou o pensamento e a escrita no tempo da pesquisa – foram sendo anunciadas: a colaboração intercultural; kanhgág, não indígena; kamé e kairú. As quatro pontas, em movimento espiral, pautado pela causalidade e pela sincronicidade, fizeram emergir a Metodologia Vãfy a partir do espaço acadêmico. Nela, o mito e a arte gerando aprendizagem simbólico-sensível, conduzida pelo poder dos afetos. Tais movimentos registram o que seria, inicialmente, uma tímida presença indígena na academia, um tensionamento entre culturas e compreensões de mundo e, na sequência, registram a potência da presença dos povos indígenas no ambiente acadêmico.

Profundamente ligados ao planeta, os povos indígenas estão colados ao corpo da Terra, consideram-se terminais nervosos dela. Paletó branco, rosto pintado de preto, Krenak marcou a defesa das mais de 300 etnias indígenas que vivem no Brasil, na Assembleia Constituinte de 1987. Defendeu o direito de existir como povo, como cultura, como território e modo de vida. Muito já foi dito depois deste episódio, entretanto continuamos a colocar em pauta as mesmas questões, inclusive para garantir direitos no âmbito acadêmico.

Para o momento, talvez seja preciso considerar o “acerto fundante” como momentos “del vivir mesmo que no hacen a la totalidad del vivir” (KUSCH, 2009b, p. 407). Na perspectiva de um jogo, que remete à alteridade, o jogo que busca o outro, jogo existencial, eficaz para viver a partir do outro lado, o retorno do ser ao estar. Talvez seja este o “acerto fundante”, eficaz para viver o jogo da existência, que tentamos exercitar no tempo de estudos.

A potência do bom encontro e da colaboração intercultural, que afetam instâncias profundas da condição humana, a partir do reencontro com nossas raízes ancestrais, tem resultado em aprendizagem simbólica-sensível para os pesquisadores e para o público-alvo das ações propostas. Entretanto, não há certezas, conclusões, respostas para todas as questões que reverberam da pesquisa… Entre leituras de teóricos indígenas e não indígenas, entre o dito e o não dito, com a escuta sensível ativada e com um olhar para o “quintal” acadêmico, cenário possível de atuação, com apoio em movimentos causais e sincrônicos, vamos caminhando…

Claudia Wallasen – Pixabay (Edição da autora)

Nosso caminho é uma teia de aranha. Há dificuldade em fazer recortes. (CARDOSO, 2017).

Versão do texto em pdf.

Referências:

ALARCÓN, Charles Alexander Brito. Macedonia en el Amazonas: educación escolar indígena, interculturalidad en la frontera. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Educação)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

CARDOSO. Dorvalino Refej. Aprendendo com todas as formas de vida do Planeta educação oral e educação escolar Kanhgág. Trabalho de Conclusão do Curso (Curso de Pedagogia)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014. Disponível em:https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/103318/000936694.pdf?sequence=1. Acesso em:07 Abril. 2018.

_______ Kanhgág JykreKar – filosofia e educação kanhgág e a oralidade: uma abertura de caminhos. (Dissertação) Programa de Pós-Graduação Educação Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 28 de julho de 2017.

CLAUDINO, Zaqueu Key. A Formação da Pessoa nos Pressupostos da Tradição Educação Indígena Kanhgág. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Educação) Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2013. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/87992/000912254.pdf?sequence=1&isAllowed=y . Acesso em:21 Fev. 2019.

______ . As narrativas kaingang nas aldeias. In: FAGUNDES, Luiz Fernando Caldas; FARIAS, João Mauricio. (Orgs.). Objeto-sujeito: a arte kaingang como materialização de relações.Porto Alegre: Deriva, 2011, v. 1, p. 27-40. Disponível em http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/smdh/usu_doc/objetos-sujeitos_a_arte_kaingang_como_materializacao_de_relacoes.pdf.

______. Educação indígena em diálogo. Pelotas: Editora Universitária/UFPEL, 2010. (Cadernos Proeja II -Especialização -Rio Grande do Sul. v. II). Disponível em http://blog.aai.ifrs.edu.br/arquivos/educacao_indigena_em_dialogo.pdf . Acessado em 03 Nov 2020.

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FERREIRA, Bruno. Educação Kaingang: processos próprios de aprendizagem e educação escolar. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Educação), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/107990/000946495.pdf?sequence=1&isAllowed=yAcesso em: 22 Fev. 2019.

______ . UFRGS terá primeiro indígena com título de doutor: ‘Nosso conhecimento pode ser útil à humanidade’. (online). Entrevista. Sul 21, 03 Dez. 2020. Disponível em https://www.sul21.com.br/ultimas-noticias/geral/2020/12/ufrgs-tera-primeiro-indigena-com-titulo-de-doutor-nosso-conhecimento-pode-ser-util-a-humanidade/ . Acessado em 04 Jan. 2021.

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KUSCH, Rodolfo. América profunda. Rosario: Fundación Ross, Obras Completas. Tomo II, 2009.

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KRENAK, Ailton. Culturas indígenas. Itaú Cultural. Setembro de 2017. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=LEw7n-v6gZA&t=300s . Acessado em 01.12.2019.

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______. O eterno retorno do encontro. In: A outra margem do ocidente. NOVAES, Adauto (org.) São Paulo: Companhia das Letras, 1999

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MOURA, Onorio Isaías de; WERNZ, Maria Cristina Graeff. A vivência e a escrita da cultura indígena na academia: o (re)conhecimento das águas puras. ANPED SUL, Anais…, 2018 Disponível em: http://anais.anped.org.br/regionais/sites/default/files/trabalhos/2/1655-TEXTO_PROPOSTA_COMPLETO.pdf Acessado em: 10 Fev. 2019.

MOURA, Onorio Isaías de; WERNZ, Maria Cristina Graeff; MENEZES, Ana Luisa Teixeira de. Articulação para Permanência e Convivência de Indígenas Acadêmicos na Universidade Federal do Pampa. 3º CIPIAL, Anais…, 2019. Disponível em: http://www.congressopovosindigenas.net/anais/3o-cipial/articulacao-para-permanencia-e-convivencia-de-indigenas-academicos-na-universidade-federal-do-pampa/ Acessado em 19 Dez. 2020.

______. Metodologia Vãfy: a cosmologia e a arte kanhgág inspirando ações interculturais. VII ENEI. Porto Alegre: UFRGS, 2019.

ORLANDINI HEURICH, Guilherme. O primado da relação: aliança, diferença e movimento nas perspectivas indígenas. In: FAGUNDES, Luiz Fernando Caldas; FARIAS, João Mauricio. (Orgs.). Objeto-sujeito: a arte kaingang como materialização de relações.Porto Alegre: Deriva, 2011, v. 1, p. 11-26. Disponível em http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/smdh/usu_doc/objetos-sujeitos_a_arte_kaingang_como_materializacao_de_relacoes.pdf. Acessado em: 25 Fev. 2019.

SARASOLA, Carlos Martínez. De manera sagrada y en celebración: identidad, cosmovisión y espiritualidad en los pueblos indígenas. Buenos Aires: Biblos, 2010.

 

Eu emociono e informo…ciência! Você lê e compreende…ciência!

Por Dieila dos Santos Nunes
Mestra e Doutoranda em Linguística Aplicada – Unisinos

Pesquisa de mestrado revela que os efeitos de emoção podem chamar a atenção dos leitores para uma informação científica

Você já parou para pensar como a tarefa de divulgar ciência é complexa? Pois bem, além de facilitar a linguagem para informar uma descoberta científica, é preciso chamar a atenção de um público que pode não ter interesse no assunto. Assim como você, isso mesmo, você, aí, que pode estar lendo o texto e pensando se vai continuar. Não pare por aqui, pois tem novidade no ar!

Em minha pesquisa de mestrado, orientada pela professora Dra. Maria Eduarda Giering, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, descobrimos que estratégias na escrita que contribuem para a produção de efeitos de emoção podem captar a atenção do público não especialista. Isso mesmo! Nosso estudo buscou compreender como a ciência chega até o público infantil por meio dos textos de divulgação científica, já que é a fase na qual o trabalho de compreensão do método científico e de aproximação da ciência deve iniciar.

Fonte: Pixabay.

Como aconteceu?

A pesquisa foi realizada de 2017 a 2019 e contou com 40 artigos de divulgação científica midiática para o público infantil e disponíveis aos não assinantes; 20 publicados na revista on-line Ciência Hoje das Crianças e 20 na revista on-line Minas Faz Ciência Infantil, no período de 2016 a 2018. A investigação ocorreu a partir de uma análise qualitativa, a fim de identificar categorias linguístico-discursivas que contribuem para o apelo à emocionalidade. Em seguida, foi realizada uma análise comparativa entre os dados qualitativos provenientes das análises de cada revista. Sabe por quê? Com a finalidade de verificar se as estratégias utilizadas para escrever textos de popularização científica são as mesmas. São ou não? Continua comigo, que logo saberemos…

Você já deve saber que quando um texto é chato não tem como continuar, mesmo se o tema for interessante. Então, isso acontece, pois recontextualizar uma linguagem técnica, rígida, da academia, em uma linguagem facilitada, inteligível e atrativa é uma tarefa árdua, e nem todos produtores de texto conseguem chegar lá. Sei que vai me perguntar o motivo dessa complexidade… Bom, o divulgador da ciência deve tornar o texto envolvente, por meio de escolhas de palavras, expressões e imagens, mas não pode esquecer do objetivo maior: informar um fato científico! Tudo ao mesmo tempo, emocionar e informar. Que sufoco passa um divulgador da ciência, não?! Calma, nem tudo está perdido…os resultados de minha pesquisa podem muito auxiliar na atividade de popularização científica.

E quais são os resultados da pesquisa?

Com base nas análises, verificamos que a imagem da criança é pressuposta pelo divulgador como curiosa e questionadora, sempre querendo saber o porquê das coisas. É por essa razão, principalmente, que entram as estratégias de sedução. Na tentativa de aproximação com o público infantil, os textos foram construídos a partir das características da criança e da sua realidade vivenciada, possibilitando uma estreita relação entre ela e a ciência. E tem mais! Ficou evidente, também, que os divulgadores das duas revistas utilizam uma linguagem leve e de fácil entendimento, com o uso de gírias, onomatopeias, questionamentos, alusão a personagens fictícios, títulos, subtítulos e imagens inteligíveis, interjeições, expressões qualificadoras, referências a criança leitora – mantendo sempre uma espécie de diálogo. Essas estratégias, por serem próximas do universo infantil, têm grande predisposição a produzir efeitos de emoção (alegria, tristeza, nojo, medo, atração, raiva, curiosidade) na criança e, consequentemente, captar a sua atenção para o texto.   

A partir dos resultados alcançados, não há como negar que utilizar essas categorias nos textos de divulgação da ciência é suscitar um efeito emotivo na criança leitora. Por isso, é muito importante se voltar para as muitas estratégias de discursivização das emoções, pois elas são extremamente importantes para as práticas de popularização do conhecimento científico e, evidentemente, para estabelecer critérios pertinentes à carência notória de atrair o público não especializado para os assuntos científicos.

E não acaba por aqui! As estratégias patêmicas auxiliam o produtor do texto no processo de escrita e, para além de facilitar a compreensão do texto e despertar o interesse da criança leitora, podem servir de ponte para o estabelecimento de uma cultura científica no país, pois divulgar ciência é também educar criticamente o cidadão que está em processo de formação. 

Se você é um leitor mega curioso e tem uma criança interior que adora saber o porquê das coisas, vem ler minha dissertação de mestrado!

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Dia de campo da Unipampa/Campus Itaqui – um evento promovido pelo curso de Agronomia da Unipampa

Autores: Daniele F. Rodrigues, Guilherme Schimitt, Joao Vitor L. Gomes, Joao Vitor S. de Souza, Carlos Miguel C. Schneider e Luciana Z. Ethur
(PET Agronomia/Unipampa/Campus Itaqui)

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O Curso de Agronomia da Unipampa/Campus Itaqui desenvolve diversos experimentos e trabalhos de ensino e pesquisa que são realizados na área experimental do Campus e envolvem manejos e novas tecnologias em diferentes áreas da agropecuária, com diversas culturas, tais como: comerciais, forrageiras, plantas daninhas, ornamentais, frutíferas e hortaliças. Essa produção científica, baseada em conhecimentos adquiridos e em resultados obtidos, precisa ser divulgada tanto para a comunidade universitária quanto para a sociedade. Tendo isso em vista, surgiu o Dia de Campo do Curso de Agronomia da Unipampa/Campus Itaqui, evento idealizado e implementado pelo grupo PET Agronomia com apoio e participação dos docentes, técnicos e discentes do curso, além da direção do Campus e com participação de empresas ligadas ao agronegócio da região. Esse evento tem como público-alvo: produtores rurais e agricultores familiares ligados às áreas orizícola, agrícola e pecuária, empresários e profissionais do setor, estudantes de escolas técnicas em agropecuária da região, bem como a comunidade universitária e comunidade em geral.

O evento teve início no ano de 2018 e estaria em sua terceira edição se não tivesse ocorrido a pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19). Além de ser uma ferramenta para difusão dos conhecimentos relacionados aos trabalhos científicos e de ensino realizados pelo Curso de Agronomia da Unipampa, objetiva proporcionar aos discentes do Curso de Agronomia a participação em atividade de extensão, desenvolvendo a comunicação e oratória com público diversificado e externo à universidade, desenvolvimento da capacidade de planejamento, organização e execução de atividades em equipe e integração entre os discentes, técnicos e docentes do Curso de Agronomia.

A visitação à área experimental do Campus com a observação dos experimentos ocorre no turno da manhã, sendo o turno da tarde voltado à exposição de materiais e equipamentos de empresas do setor distribuídas pelo campus. Além disso, o evento proporciona ao público cursos e palestras ministrados por profissionais ligados às empresas participantes. 

Essa ação de extensão inicialmente foi promovida pelo grupo PET Agronomia e hoje é realizada pelo Curso de Agronomia por ter atingido grandes proporções em número de trabalhos, empresas interessadas e público. Ressalta-se que é fundamental para o sucesso da ação o trabalho colaborativo e conjunto entre discentes, docentes, agrônomos, direção e demais servidores do campus

Portanto, espera-se com o “Dia de Campo da Unipampa – Campus Itaqui” proporcionar a consolidação do Curso de Agronomia como referência em ensino, pesquisa e extensão, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, além de auxiliar a sociedade e o setor agropecuário através da difusão de conhecimentos. 

Luciana Zago Ethur é Professora Associada III da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) – Campus Itaqui –, com graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) (1994), Especialização em Biologia pela UFSM (2000), Mestrado (2002) e Doutorado (2006) em Agronomia (área de concentração: produção vegetal) pela UFSM. Experiência na área de Botânica (Botânica Sistemática, Morfologia Vegetal, Produção de flores comestíveis e Etnobotânica), Ecologia e Controle Biológico de Fungos de Solo e Agricultura Familiar.

E-mail para contato: lucianaethur@unipampa.edu.br

Gurias na Computação

por Letícia Gindri e Amanda Meincke Melo

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O projeto de extensão Gurias na Computação, registrado no Campus Alegrete da Universidade Federal do Pampa, é uma ação de extensão vinculada ao Programa C: Comunidade, Computação, Cultura, Comunicação, Ciência, Cidadania, Criatividade, Colaboração. Foi concebido a partir do diálogo entre alunas e professoras dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software, tendo como propostas acompanhar as estudantes de graduação da área de Computação e incentivar a participação feminina na área. Sua equipe executora é constituída por alunas e professoras dos cursos da área da Computação do Campus Alegrete e, para colaborar ao desenvolvimento de suas ações, frequentemente são convidadas mulheres da comunidade de Alegrete/RS. Desde 2016, é um projeto parceiro do Programa Meninas Digitais da Sociedade Brasileira de Computação.

No atual cenário pandêmico, o projeto tem um novo desafio: atuar de forma remota. Suas atividades, portanto, têm sido realizadas através de plataformas como o Google Meet e Youtube. Na edição atual, 2020-2021, são propostas as seguintes ações:

  • “Mulheres na Computação: de Norte a Sul”:  tem como objetivo realizar uma série de debates sobre Mulheres, Ciência e Tecnologia, considerando as diferenças regionais do Brasil. Esta ação é resultado de uma parceria entre o projeto Gurias na Computação e o projeto Meninas na Computação da Universidade Federal do Amapá, coordenado pela Professora Patrícia Araújo Oliveira. Para tanto, realiza encontros entre mulheres (pesquisadoras, docentes, profissionais do mercado de trabalho na área de TI, egressas, estudantes de graduação e alunas da educação básica) de diferentes regiões do país para rodas de conversa sobre experiências no mercado de trabalho, carreira acadêmica, oportunidades locais e diversos outros assuntos relacionados a trajetórias profissionais;
  • Colaboração com o “CiênciAção: Observatório Interdisciplinar de Divulgação Científica e Cultural”: tem como objetivo divulgar o trabalho e a produção técnico-científica das docentes e discentes dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software; 
  • Encontro Gurias na Computação: propõe criar, semestralmente, um espaço para discutir com a comunidade acadêmica e externa questões relevantes e de interesse das mulheres;
  • Tutoria das Gurias: ação que envolve o acompanhamento das alunas ingressantes nos cursos da Computação do Campus Alegrete com o objetivo de minimizar a evasão e aproximá-las do projeto;
  • Café Compartilhado: espaço para graduandas e professoras da Computação se apresentarem e conversarem sobre os desafios da graduação e formarem uma rede de apoio para superá-los. Também pode contar com a participação de membros da comunidade.

Desde o mês de agosto, quinzenalmente, têm sido realizadas lives, em canal criado no Youtube para o desenvolvimento da ação “Mulheres na Computação: de Norte a Sul”, com o intuito de dar destaque ao trabalho de mulheres da área da Computação de todo o país e colaborar para que as alunas atuais dos cursos envolvidos se sintam representadas. Dentre as convidadas que já participaram de lives, estão: a professora Nara Martini Bigolin, da UFSM, que abordou o tema Meninas na Olimpíada; a professora Pâmela Billig Mello Carpes, da Unipampa, que apresentou dados impactantes sobre Mulheres na Ciência: Desafios e Conquistas; a professora Danielle Couto, da UFPA, que contou sobre a experiência do Manas Digitais na UFPA; a professora Clevi Elena Rapkiewicz, da UFRGS, que trouxe o tema Pandemia, Gênero e Arte; Giulia Bordignon, mestre pela FURG, que contou um pouco sobre o seu trabalho de mestrado Reprograma: uma simulação social baseada em agentes para análise das desigualdades de gênero na tecnologia; a professora Tancicleide Gomes, da UFPE, que abordou Tecnologias, Letramento e Formação Docente. Ainda, para este ano, estão previstas mais duas lives: com Camila Achutti, CEO da empresa Mastertech, que irá falar sobre Jornada Empreendedora; e Irene Ficheman, do LSI – TEC – Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico, que irá abordar o tema Liderança Feminina.

A colaboração com o CiênciAção tem se desenvolvido, inicialmente, pela divulgação de ações coordenadas pelas docentes envolvidas no projeto, como o programa de extensão e grupo de pesquisa GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação, o programa de extensão TRAMAS, o programa de extensão Programa C  e, neste texto, o projeto de extensão Gurias na Computação. Para 2021, além de divulgar a produção docente, a proposta é popularizar sistematicamente a produção técnico-científica das discentes dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software.

O Encontro Gurias na Computação deste semestre letivo foi desenvolvido no mês de outubro com a temática Outubro Rosa. Realizaram-se convites às alunas ingressantes para que conhecessem o projeto, as professoras e suas colegas. Destacou-se, durante o encontro, como é realizado o atendimento à saúde da mulher no município de Alegrete.

Além das ações previstas no projeto da ação Gurias na Computação, destaca-se a parceria realizada, no mês de novembro, com o PET CTC Engenharias, Unipampa Alegrete, para promover ações com a temática Novembro Azul, dando um destaque não somente para as questões relativas ao câncer de próstata, mas à saúde do homem de maneira geral. Foram realizadas algumas ações, como: a gravação do episódio “BrocolisCast #12- Novembro Azul, Precisamos falar sobre masculinidade tóxica”, no canal de podcast do grupo PET, com a participação do psicólogo Márcio Duarte, que atua na rede pública da cidade de Alegrete; uma roda de conversa para discutir o documentário “O Silêncio dos Homens’’; e uma roda de conversa com a presença de diversos profissionais da saúde para discutir a saúde do homem (física e mental). Essas ações, embora direcionadas ao público masculino, são bastante importantes para a construção de um ambiente acadêmico e profissional mais apropriado para a convivência de pessoas de gêneros diferentes. Considerando-se o sucesso dessa iniciativa, em 2021, pretende-se dar continuidade ao desenvolvimento de ações em conjunto com o PET CTC Engenharias – Unipampa Alegrete.

Destaca-se, ainda, que o projeto garantiu duas publicações, sendo um com Menção Honrosa no WIT-2020 (Women in Information Technology): “Tutoria das Gurias: Uma ação de acompanhamento de alunas ingressantes em cursos de Computação” e “Perfil das Egressas dos Cursos de Computação da Unipampa: Uma Análise da Formação Acadêmica e da Atuação Profissional”.

Espera-se, com a manutenção das ações do projeto Gurias na Computação, contribuir para reduzir a evasão das estudantes dos cursos de Computação Unipampa e, como consequência, ampliar a participação feminina no mercado de trabalho da área de TI e também na academia. No atual cenário de pandemia por COVID-19, sua equipe está desafiada a repensar as ações que vinha promovendo para incentivar a participação feminina na área voltadas às estudantes da educação básica.

Para saber mais e acompanhar:

Gurias na Computação: https://www.facebook.com/guriasnacomputacao

Mulheres na Computação: de Norte a Sul: https://www.youtube.com/c/MulheresnaComputaçãodeNorteaSul

Programa C: https://www.facebook.com/PaginaProgramaCPET-CTC Engenharias https://www.facebook.com/PET-CTC-Engenharias-Unipampa-Alegrete-454543104640193/

 Referências Bibliográficas:
BORDIN, Andréa Sabedra; FINGER, Alice Fonseca; GINDRI, Letícia; DE MELLO, Aline Vieira. Tutoria das Gurias: Uma ação de acompanhamento de alunas ingressantes em cursos de Computação. In: WOMEN IN INFORMATION TECHNOLOGY (WIT), 14., 2020. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2020. p. 129-138.
FINGER, Alice Fonseca; BORDIN, Andréa Sabedra; DE MELLO, Aline Vieira.
Perfil das Egressas dos Cursos de Computação da Unipampa: Uma Análise da Formação Acadêmica e da Atuação Profissional. In: WOMEN IN INFORMATION TECHNOLOGY (WIT), 14., 2020. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2020. p. 100-109.


Letícia Gindri é Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Sergipe. Mestra em Ciência da Computação pelo Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo, com ênfase na área de Linguagem Formais e Autômatos. Tem interesse pela área de Métodos Formais, Linguagens Formais e Autômatos e Computabilidade. Professora Assistente na Universidade Federal do Pampa, campus Alegrete.
E-mail para contato: leticiagindri@unipampa.edu.br

Amanda Meincke Melo possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestrado e doutorado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É docente nos cursos de Computação do Campus Alegrete da Unipampa e discente do curso de Letras Português / Licenciatura na modalidade a distância. Coordena a Comissão Local de Extensão do Campus Alegrete, sendo representante do campus na Comissão Superior de Extensão. Coordena os programas de extensão GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação e TRAMAS. Colabora em outras ações de extensão, como o programa de extensão Programa C e o projeto Leitura em Todos os Sentidos. Além disso, é coordenadora do projeto de ensino GEIHC – Grupo de Estudos em Interação Humano-computador e líder do grupo de pesquisa GEInfoEdu, no qual atua nas seguintes linhas de pesquisa: Acessibilidade e Inclusão Digital, Engenharia de Software Aplicada à Educação, Letramento Digital.
E-mail para contato:
amandamelo@unipampa.edu.br

Matemática das Epidemias

por Patrícia Yukari Sato Rampazo,
Alisson Darós Santos, Francisco Carlos
Caramello Junior e Sandra Machado de Souza Lima

O projeto Matemática das Epidemias visa à elaboração de material didático informativo contemplando o papel da Matemática na luta contra pandemias. O material é distribuído digitalmente e com linguagem acessível.

A mudança relativamente brusca que a humanidade experimentou em seu modo de vida com o advento da agricultura e da civilização — passando de pequenos grupos nômades de caçadores e coletores a grandes aglomerados em cidades — foi acompanhada do surgimento de inúmeras doenças com impacto desastroso, as chamadas epidemias (Soares, 2001). Segundo a Organização Mundial de Saúde, a palavra pandemia é usada para caracterizar uma determinada doença que se espalhou rapidamente por diversas partes de diversas regiões (continental ou mundial) através de uma contaminação sustentada. Frente a esse novo fenômeno, surgiu também a ideia de se utilizar a matemática para melhor entender as potencialidades de disseminação, e as características de doenças pandêmicas. Isso originou uma nova área dentro da matemática, chamada de Epidemiologia Matemática (Yang, 2001).

O projeto conta com uma equipe formada por professores da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, campus Itaqui; Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; e Universidade Federal Fluminense – UFF, campus Pádua. O projeto Matemática das Epidemias tem como objetivo principal divulgar conhecimentos básicos da epidemiologia matemática, apresentando modelos matemátic0-os para cenários como o da COVID-19 e as principais ferramentas matemáticas que esses modelos utilizam. Prioriza-se a linguagem simples, intuitiva e, portanto, mais acessível ao grande público.

O projeto se insere não só no atual contexto de pandemia como também no de valorização da cultura digital no ensino e divulgação de ciência, hoje ainda mais potencializado pela necessidade de isolamento social por conta da pandemia. Também nesta temática, observa-se a escalada das notícias e informações falsas, as chamadas fake news, que estão sendo disseminadas e dificultam o entendimento da sociedade com relação a esse assunto e outros temas também importantes. Observa-se também a dificuldade de se divulgar resultados científicos, por geralmente serem de natureza altamente técnica, o que também contribui com a desinformação e pode levar o público à indiferença ou até mesmo a descrença quanto à gravidade dos problemas como a atual pandemia.

O acesso a informações claras, simples, de qualidade e oriundas de fontes confiáveis se faz, então, cada vez mais necessário. Nesse contexto, o projeto elucida, apresenta e divulga modelos matemáticos, gráficos, estatísticas e outras informações, na forma de posts nas redes sociais como o Instagram, pelo perfil @matematicadasepidemias; o Facebook, pela página Matemática das Epidemias e, também, pelo site oficial do projeto, no endereço: http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/licenciaturaemmatematicaitaqui/matematica-das-epidemias.

Espera-se, assim, contribuir um pouco com a desmistificação do senso comum de que a matemática é um assunto intrincado e inacessível, e também colaborar com a compreensão do presente quadro epidemiológico da COVID-19.

Referências Bibliográficas:

SOARES, C. D. Modelagem Matemática de Doenças Infecciosas Considerando Heregeneidade Etária: Estudo de Caso de Rubéola no México. Tese (Mestrado em Matemática Aplicada). Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, São Paulo, 2011.
YANG, H. M. Epidemiologia Matemática – Estudos dos Efeitos da Vacinação em Doenças de Transmissão Direta. [S.l.]: EDUNICAMP & FAPESP, 2001.

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Programa de extensão Programa C

por Aline Vieira de Mello e Amanda Meincke Melo.

 

O programa de extensão “Programa C – Comunidade, Computação, Cultura, Comunicação, Ciência, Cidadania, Criatividade, Colaboração”, registrado no campus de Alegrete da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), iniciou suas atividades em março de 2016 com o objetivo geral de resolver problemas locais com o apoio de tecnologias computacionais e o envolvimento da comunidade acadêmica e externa. Entre seus objetivos específicos estão “ampliar o espaço da sala de aula, organizando ambientes de aprendizagem significativos, interdisciplinares e interprofissionais” e “ampliar o domínio das ações de extensão na área da Computação, promovendo maior participação docente em práticas extensionistas e atendendo a demandas discentes por experiências em extensão”.

A equipe executora do Programa C é formada por discentes e docentes dos cursos Ciência da Computação e Engenharia de Software da UNIPAMPA, técnicos-administrativos em educação da UNIPAMPA e representantes da comunidade externa. Além da comunidade acadêmica, o programa tem como seu público-alvo estudantes e professores da educação básica, idosos, mulheres, escritores e leitores de obras literárias em Língua Portuguesa. Essa equipe tem promovido diversas ações que estão vinculadas a seis atividades: Gera!, Resolve!, Gurias na Computação, 5C, ComputAÇÃO, e Programa C + Educação Básica.

Na atividade Gera!, a comunidade é consultada para identificar os problemas locais que possam ser resolvidos através de tecnologias digitais. Nesse contexto, o componente curricular complementar de graduação Tecnologia em Contexto Social, ofertado pela Profa. Dra. Amanda Meincke Melo, no semestre 2020/1, aos discentes do campus de Alegrete, propõe aulas abertas e seminários, em que representantes de diferentes segmentos da comunidade foram convidados para apresentar problemas locais, que podem ser investigados pelos estudantes. Destacam-se o V Seminário Aberto de Tecnologia em Contexto Social: Cultura Indígena e Tecnologias Digitais e o VI Seminário Aberto de Tecnologia em Contexto Social: Questões de Gênero e Tecnologias Digitais.

Alguns dos problemas identificados são abordados e resolvidos na atividade Resolve!, considerando os interesses dos envolvidos e a viabilidade de solucioná-los. Essa atividade foi especialmente prejudicada pelo adiamento do início das aulas no semestre 2020/1. Espera-se que nos meses de outubro e novembro seja retomado o desenvolvimento do site ReUni, que tem como propósito reunir os eventos locais, ampliando o número de pessoas atingidas pelas ações artísticas e culturais realizadas no município de Alegrete/RS.

 A inserção da mulher na Computação é colocada em perspectiva por meio do projeto Gurias na Computação, que é vinculado ao Programa C e é um dos projetos parceiros do Programa Meninas Digitais da Sociedade Brasileira de Computação (SBC, 2020). Neste ano, em colaboração com o programa de extensão TRAMAS e com o Comitê de Gênero e Sexualidade do campus de Alegrete da UNIPAMPA, no dia 13 de julho, foi realizada a roda de conversa “ENIGMA: arte para tornar visível” com a equipe do projeto ENIGMA (UFRGS). Já no dia 15 de julho, o projeto Gurias na Computação participou do evento online para comemorar o aniversário de 10 anos do programa Meninas Digitais. Em agosto, o Gurias na Computação e o Meninas na Computação (Universidade Federal do Amapá – UNIFAP) iniciaram a ação “Mulheres na Computação de Norte ao Sul”, que tem como proposta promover uma série de lives centradas em mulheres, ciência e tecnologia. Atualmente, o Gurias na Computação é coordenado pela Profa. Me. Letícia Gindri.

A interação entre Computação e Cultura é abordada na atividade 5C. O projeto de extensão Motus – Movimento Literário Digital (MOTUS, 2020), vinculado ao Programa C, visa incentivar a produção de obras literárias e intensificar o interesse de estudantes e cidadãos pela literatura. Para atingir esses objetivos, o projeto organiza anualmente um concurso literário que seleciona contos e poemas para serem publicados na revista digital Motus. Esse concurso é construído em sua totalidade no formato digital, o que permitiu sua execução mesmo no cenário atual. Nesta edição, o concurso teve como tema “Olhar com os olhos do outro” e 195 obras foram recebidas para avaliação, sendo 178 obras de autores residentes no Brasil e 17 obras de autores residentes em outros 10 países: Alemanha, Angola, Canadá, Israel, Itália, Japão, Moçambique, Portugal, Suíça e Uruguai. O lançamento da revista digital Motus #4 ocorrerá em outubro.

Na atividade ComputAÇÃO, a área da Computação e as ações desenvolvidas pelo Programa C são divulgadas junto à comunidade. No dia 05 de julho, o projeto Motus foi o assunto da segunda live da ação “Coletivo Multicultural Online” promovida pelo Coletivo Multicultural de Alegrete em colaboração com o programa de extensão TRAMAS (COLETIVO, 2020). Nos meses de junho e julho, obras publicadas nas diferentes edições da revista Motus foram lidas para três edições da ação TRAMAS Literárias, estando disponíveis nas plataformas SoundCloud e Spotfy (TRAMAS, 2020). Adicionalmente, dois artigos (BORDIN, 2020; FINGER, 2020) produzidos no contexto do projeto Gurias na Computação foram publicados no Women in Information Technology – WIT 2020, evento do Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC).

A atividade Programa C + Educação Básica tem como propósito divulgar a Computação para estudantes da Educação Básica. Em razão da pandemia, neste ano, não foram realizadas ações vinculadas a essa atividade.

O isolamento social, provocado pela pandemia por COVID19, impôs um conjunto de desafios à realização da Extensão Universitária. Uma das soluções encontradas foi a realização de eventos de forma virtual, o que trouxe algumas vantagens, pois viabiliza a participação de pessoas residentes em locais diferentes daquele em que o evento é realizado e sua gravação pode ser disponibilizada para ser assistida a qualquer momento. Consequentemente, o potencial de pessoas atingidas por eventos virtuais aumentou significantemente.

Aline Vieira de Mello é coordenadora do programa e docente da UNIPAMPA, campus Alegrete. E-mail: alinemello@unipampa.edu.br.

Amanda Meincke Melo é co-coordenadora do programa e docente da UNIPAMPA, campus Alegrete. E-mail: amandamelo@unipampa.edu.br.

Para saber mais e acompanhar:

Programa C: https://www.facebook.com/PaginaProgramaC
Gurias na Computação: https://www.facebook.com/guriasnacomputacao
Motus – Movimento Literário Digital: https://www.facebook.com/MotusUnipampa

Referências Bibliográficas:

BORDIN, Andréa Sabedra; FINGER, Alice Fonseca; GINDRI, Letícia; DE MELLO, Aline Vieira. Tutoria das Gurias: Uma ação de acompanhamento de alunas ingressantes em cursos de Computação. In: WOMEN IN INFORMATION TECHNOLOGY (WIT), 14. , 2020. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2020. p. 129-138. 
COLETIVO Multicultural Online. Live 2: Motus – Movimento Literário Digital. Disponível em: https://www.facebook.com/100002437551909/videos/3192491550842065/?extid=IGYMvzakl9egfqyh. Acesso em: 20 set. 2020.
FINGER, Alice Fonseca; BORDIN, Andréa Sabedra; DE MELLO, Aline Vieira. Perfil das Egressas dos Cursos de Computação da UNIPAMPA: Uma Análise da Formação Acadêmica e da Atuação Profissional. In: WOMEN IN INFORMATION TECHNOLOGY (WIT), 14. , 2020, Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2020. p. 100-109.
MOTUS. Projeto de extensão Motus – Movimento Literário Digital. Disponível em: http://movimentoliterariodigital.atspace.cc/. Acesso em: 20 set. 2020.
SBC. Programa Meninas Digitais da Sociedade Brasileira de Computação. Disponível em: http://meninas.sbc.org.br/. Acesso em: 20 set. 2020.

TRAMAS Literárias. Ação do programa de extensão TRAMAS  Disponível em: https://open.spotify.com/show/16waabWc99A4L7SIv6Cx87.Acesso em: 20 set. 2020.

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Especialização em Ciências Exatas e Tecnologia na UNIPAMPA Campus Itaqui

por Radael de Souza Parolin e Charles Quevedo Carpes.

O curso de Especialização em Ciências Exatas e Tecnologia foi pensado durante a gestão do biênio 2015-2016 do Curso de Matemática, Campus Itaqui (UNIPAMPA, 2020). Algumas necessidades e expectativas alinharam-se à proposta, as quais estavam intrinsicamente ligadas à ideia de desenvolvimento da interdisciplinaridade e integração de diferentes cursos de graduação, na figura dos docentes e seus projetos de pesquisa.

Das principais necessidades, destaca-se o interesse dos egressos dos cursos de graduação do campus em dar continuidade aos seus estudos em nível de Pós-Graduação. Essa demanda apresentou-se em diferentes momentos junto à gestão do curso de Matemática e, também, em eventos, como a Semana Acadêmica. Adicionalmente, evidenciou-se outra necessidade e oportunidade: a integração de diferentes projetos de pesquisa, tanto daqueles em andamento, quanto de novas proposições, com vistas à interdisciplinaridade.

Tratando-se das expectativas, além da formação de pós-graduados, se tem o fortalecimento das pesquisas conjuntas, considerando ainda suas publicações, essenciais ao amadurecimento das pesquisas e possibilitando a proposição, em médio prazo, de um programa de pós-graduação stricto sensu para o campus Itaqui.

O curso de pós-graduação lato sensu teve início em 2017, organizado e composto por docentes das áreas de Matemática, Física e Computação, todos do campus de Itaqui. Já em sua 2ª edição, com início em 2019, agregaram-se outros professores, incluindo-se a área de Química. Destaca-se que a constituição do curso se deu a partir da valorização das características e diferenças do corpo docente do campus, além da integração com o curso de graduação de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (UNIPAMPA, 2018), o qual tem uma proposta ampla e atual ao Ensino Superior de Graduação. Assim, temos por público alvo os egressos dos diferentes cursos do campus, além de cursos das proximidades e de professores atuantes no ensino básico, que visam uma atualização ou aperfeiçoamento.

Com a área de conhecimento Interdisciplinar da especialização, sua abrangência do corpo docente contou com 19 professores entre as duas edições. Do objetivo principal para com os discentes, evidencia-se uma visão ampla dos problemas e a mobilização de conceitos científicos adequados para solucioná-los, utilizando-se de recursos tecnológicos disponíveis e propondo o desenvolvimento de novas tecnologias.

De acordo com a concepção pedagógica, o curso divide-se em dois módulos, sendo 7 componentes curriculares obrigatórias no módulo Básico, que totalizam 240 horas, e 14 componentes curriculares eletivas no módulo Específico, das quais o aluno cursa pelo menos 120 horas (Tabela 1). Ainda, com a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na forma de um artigo científico, integralizam-se 420 horas em 18 meses.

No módulo Básico, o estudante revisa e amplia conceitos sobre as ciências exatas básicas (Matemática, Química, Física e Computação), com o propósito de desenvolver no estudante a capacidade de relacionar os conhecimentos de cada área e utilizá-los de forma interdisciplinar. Já no módulo Específico, o estudante aprofunda seus conhecimentos em uma das áreas cobertas pelo curso, escolhendo disciplinas de suporte à fundamentação teórica ao desenvolvimento do seu Trabalho de Conclusão de Curso. Todas as disciplinas concentram-se nas sextas-feiras (em turno noturno) e aos sábados (em turno diurno), de modo a atingir uma formação progressiva e sequencial.

Atualmente, o curso mantém suas atividades de forma remota, devido à pandemia de COVID-19, considerando o calendário da pós-graduação (clique aqui) e a semestralidade de realização dos TCC. Tornaram-se assim, necessárias algumas adaptações e direcionamentos nos projetos de pesquisas, que já permitiram a realização de defesas de trabalhos de conclusão neste semestre, seguindo as orientações da Instrução Normativa PROPPI 01/2020.

Módulo Componente Curricular Carga Horária Período de Execução
Básico Tópicos de Cálculo Diferencial e Integral 30 2019/1
Básico Estatística Experimental 30 2019/1
Básico Tópicos de Laboratório Interdisciplinar I 60 2019/1
Básico Tópicos de Física I 30 2019/1
Básico Tópicos de Química 30 2019/1
Básico E-TICs (Ensino e Tecnologias de Informação e Comunicação) 30 2019/2
Básico Trabalho de Conclusão de Curso 30 2019/2
Específico Tópicos de Física II 30 2019/2
Específico Editoração de Textos Acadêmicos com LaTeX 30 2019/2
Específico Tópicos em Equações Diferenciais 30 2019/2
Específico Matemática aplicada à resolução de problemas 30 2019/2
Específico Métodos Numéricos Computacionais I 30 2019/2
Específico Métodos Numéricos Computacionais II 30 2019/2
Específico Física Avançada I 30 2019/2
Específico Pesquisa Operacional Aplicada 30 2019/2
Específico Programação em Microcontroladores 30 2019/2
Específico Programação Visual 30 2019/2
Específico Aplicações de Tecnologias de Comunicação e Informação ao Ensino (Aplicações de TICs ao Ensino) 30 2019/2
Específico Tópicos de Laboratório Interdisciplinar II 60 2019/2
Específico Materiais Poliméricos e Nanotecnologia 30 2019/2
Específico Modelos de Regressão 30 2019/2

 

Radael de Souza Parolin é professor da Universidade Federal do Pampa e Coordenador do Curso de Especialização em Ciências Exatas e Tecnologia no biênio 2019-2020 – radaelparolin@unipampa.edu.br
Charles Quevedo Carpes é professor da Universidade Federal do Pampa e Coordenador do Curso de Especialização em Ciências Exatas e Tecnologia no biênio 2017-2018 – charlescarpes@unipampa.edu.br

Acessar versão do texto em *.pdf: clique aqui.

Revisão e edição de Walker Douglas Pincerati.

Programa de extensão TRAMAS

por Amanda Meincke Melo

TRAMAS, acrônimo para Tecnologia, Responsabilidade, Autoria, Movimento, Amorosidade e Sociedade, é um programa de extensão registrado no campus de Alegrete da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Essa ação de extensão, que iniciou em março deste ano, tem como objetivo geral promover o respeito à multiplicidade das diferenças. Propõe “a abordagem de conteúdos pertinentes às políticas de educação ambiental, de educação em direitos humanos e da educação das relações étnico-raciais e o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena” (SILVINO et al., 2017, p. 11), assim como a abordagem de temas como acessibilidade, intergeneracionalidade, gênero e sexualidade, representatividade, variação linguística, ética, cultura e tecnologia.

A equipe do programa de extensão TRAMAS é formada por discentes, docentes, técnicos-administrativos em educação da UNIPAMPA e representantes da comunidade externa. Além da comunidade acadêmica, o programa tem como seu público-alvo profissionais e estudantes da educação básica, profissionais da área cultural, idosos, indígenas, pessoas surdas e todos aqueles interessados nos temas em tela.

O TRAMAS prevê, entre as suas atividades, a realização de palestras, círculos de cultura, exposições, saraus, oficinas, debates, rodas de conversa, apresentação teatral e práticas de meditação, além de produção técnico-científica. Embora suas atividades tenham sido planejadas, inicialmente, para ocorrerem de modo presencial, no campus de Alegrete e em espaços da comunidade local, como escolas públicas, o Centro Cultural Adão Ortiz Houayek e o Coletivo Multicultural de Alegrete, dada a estratégia de isolamento social no combate à pandemia por COVID-19, elas têm ocorrido de forma on-line.

No mês de março, o programa de extensão se inseriu na programação da “2ª Semana Vivas – na luta pela vida das mulheres”, evento organizado por mulheres do município de Alegrete. Essa participação se efetivou com uma das três inserções previstas da Exposição Itinerante “Mulheres Indígenas Presentes”, da acadêmica do curso de Letras – Português a distância e artística plástica Ruana Marini, no campus de Alegrete do Instituto Federal Farroupilha. Ainda, nesse mês, o programa recebeu do Coletivo Multicultural de Alegrete uma Geloteca, ou seja, uma biblioteca em forma de geladeira para a libertação de livros (COLETIVO, 2020a). Ela está no saguão do campus e, assim que as atividades presenciais forem retomadas, seu acervo deve ser renovado.

De abril a julho, uma série de rodas de conversa foi realizada com apoio da plataforma Google Meet, nas temáticas gênero e sexualidade, cultura indígena, acessibilidade na comunicação, literatura e cárcere, arte e sustentabilidade, com a contribuição de profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Colaboraram à realização dessas rodas de conversa o Comitê de Gênero e Sexualidade do campus Alegrete da UNIPAMPA, o NEABI João Brás da Silva e a ação de extensão Gurias na Computação do Programa C. Destaca-se a participação do projeto ENIGMA: mulheres na Computação, coordenado pela Prof.ª Clevi Rapkiewicz, do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Outra ação do programa, prevista para ser realizada presencialmente, mas adaptada para realização on-line foi o Sarau de Literatura Lusófona (SARAU, 2020), que propunha valorizar a Língua Portuguesa e sua variação linguística, assim como proporcionar momento de fruição e de interação entre os participantes. O evento, organizado por estudantes do curso de letras, com o apoio do Sesc Alegrete e do Coletivo Multicultural de Alegrete, ocorreu no dia 28 de maio, com início às 19h. A partir da experiência com o sarau, sua equipe executora também colaborou com essas entidades no desenvolvimento da Noite Poética, no dia 11 de junho, em homenagem a Chico Buarque.

Além dessas ações, outras duas foram idealizadas para desenvolvimento on-line: TRAMAS Literárias e Coletivo Multicultural Online. O TRAMAS Literárias tem sido realizado pela acadêmica Merlen Alves, do curso de letras, com leituras de textos, inclusive de autores locais, que dialogam com a proposta do programa de extensão TRAMAS. Essas leituras são publicadas em plataformas como SoundCloud e Spotfy, sendo amplamente divulgadas nas redes sociais Facebook e Whatsapp. O segundo é um projeto do Coletivo Multicultural de Alegrete (COLETIVO, 2020b; COLETIVO, 2020c; LIVE, 2020), realizado de junho a agosto, com apoio do TRAMAS, envolvendo transmissões ao vivo sobre Cultura e Educação na rede social Facebook, que também foram disponibilizadas no YouTube.

Até o final deste ano, estão integrados ao programa de extensão, dois projetos: Saúde e Bem-estar em Tempos de Pandemia, coordenado pela profa. Letícia Gindri, e Aprendizagens Interculturais: produção de sentidos na educação básica – III Edição, coordenado pela secretária executiva da Educação a Distância, Maria Cristina Graeff Wernz. O primeiro é um projeto especial, submetido conforme orientações do Ofício n. 130/2020/PROGRAD/UNIPAMPA para Projetos Especiais no combate à pandemia COVID-19. O segundo é uma ação de formação de professores da educação básica, que tem contado com a colaboração de intelectuais indígenas em seu planejamento, execução e avaliação.

Nos meses de setembro e outubro, estão previstas transmissões ao vivo na plataforma YouTube, associadas ao componente curricular complementar de graduação Tecnologia em Contexto Social, ofertado no campus Alegrete da UNIPAMPA. Ademais, outras atividades previstas no plano de trabalho do programa devem ser adaptadas para realização on-line.

Embora o período de isolamento social tenha trazido restrições à realização de ações de extensão e, consequentemente, grandes desafios, as ações do programa, ainda que de modo adaptado, têm sido ressignificadas e desenvolvidas, envolvendo intensa colaboração de sua equipe executora com a comunidade local e observando os princípios e as diretrizes Extensão Universitária (FORPROEX, 2012). Aos interessados em acompanhar as ações do programa, recomenda-se seguir a página no Facebook e o TRAMAS Literárias no Spotfy, assim como a inscrição no canal do YouTube.

Amanda Meincke Melo é coordenadora do programa e docente da UNIPAMPA, campus Alegrete. E-mail: amandamelo@unipampa.edu.br.

Referências Bibliográficas
COLETIVO Multicultural doa Geloteca para Unipampa em Alegrete. Alegrete: Alegrete Tudo, 2020a. Disponível em: https://www.alegretetudo.com.br/coletivo-multicultural-doa-geloteca-para-unipampa-em-alegrete/. Acesso em: 31 ago. 2020.
COLETIVO Multicultural e Programa Tramas divulgam programação de lives focadas em Cultura e Educação, 2020b. Disponível em: https://unipampa.edu.br/alegrete/coletivo-multicultural-e-programa-tramas-divulgam-programacao-de-lives-focadas-em-cultura-e-educacao. Acesso em: 31 ago. 2020.
COLETIVO Multicultural intensifica programações online aos finais de semana em Alegrete. Alegrete: Alegrete Tudo, 2020c. Disponível em: https://www.alegretetudo.com.br/coletivo-multicultural-intensifica-programacoes-online-aos-finais-de-semana-em-alegrete/. Acesso em: 31 ago. 2020.
LIVE do Coletivo Multicultural abordará a Lei de emergência cultural Aldir Blanc. Alegrete: Alegrete Tudo, 2020. Disponível em: https://www.alegretetudo.com.br/coletivo-multicultural-intensifica-programacoes-online-aos-finais-de-semana-em-alegrete/. Acesso em: 31 ago 2020.
FORPROEX – FÓRUM DE PRÓ-REITORES DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível em: https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso em 19 jul. 2020.
SARAU de Literatura Lusófona, 2020. Bagé: Unipampa. Disponível em: https://unipampa.edu.br/portal/sarau-de-literatura-lusofona. Acesso em: 31 ago. 2020.
SILVINO, A. M. D.; OLIVEIRA, A. C. A. M.; FABRINI, A. F. S. et al. Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e a Distância: reconhecimento, renovação de reconhecimento. Brasília: Inep/MEC, 2017.

Para saber mais e acompanhar…

TRAMAS: https://www.youtube.com/channel/UC5aKrK2xMyDnqBukVB24ACw.
TRAMAS Literárias: https://open.spotify.com/show/16waabWc99A4L7SIv6Cx87.
Tramas Unipampa – Campus Alegrete: https://www.facebook.com/tramasunipampa.=

Versão do texto em *.pdf: clique aqui.

Revisão de Cristina Santos Lovato e edição de Walker Douglas Pincerati.

GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação

por Amanda Meincke Melo e Maria Cristina Graeff Wernz

   Registrado inicialmente como projeto de ensino, no Campus Alegrete da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), o GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação iniciou suas atividades em 2010. Com o maior direcionamento de suas ações para a extensão universitária, na formação de professores e no apoio ao uso da informática em escolas de educação básica, em 2015, o grupo assumiu o caráter de programa de extensão (MELO; WERNZ, 2016; MELO; WERNZ, 2018a). Mais recentemente, em 2019, teve seu registro efetivado no Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (CNPQ, 2019).

   Neste ano, quando são comemorados seus dez anos de existência, portanto, dizemos que o GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação é programa de extensão e grupo de pesquisa. O desenvolvimento de suas ações está fortemente comprometido com as diretrizes para as ações da extensão universitária (FORPROEX, 2012): interação dialógica, interdisciplinaridade e interprofissionalidade, indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, impacto na formação do estudante, e impacto e transformação social.

   Sua equipe executora é constituída por docentes, discentes, técnicos-administrativos em educação e representantes da comunidade externa. A maioria dos discentes, matriculados nos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software, atua de forma voluntária no grupo, apoiando o uso de recursos da informática em escolas públicas de educação básica, no município de Alegrete/RS, incluindo escolas municipais e estaduais, urbanas e rurais. Alguns desses estudantes também optam contribuir com o grupo durante o desenvolvimento de seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Além disso, com a formalização do GEInfoEdu como grupo de pesquisa, com a participação de docente atuante no curso institucional de Letras Português/Licenciatura, na modalidade a distância, tem-se a perspectiva de envolvimento de estudantes desse curso nas ações do grupo.

   As experiências desenvolvidas no contexto do GEInfoEdu têm sido compartilhadas em vários espaços, como eventos técnico-científicos, eventos de formação de professores, reuniões do grupo e a própria sala de aula. As orientações de TCC no contexto GEInfoEdu se articulam com as ações do GEIHC – Grupo de Estudos em Interação Humano-computador, projeto de ensino em que se realiza o acompanhamento de estudantes da área da Computação interessados em aprofundar seus conhecimentos na área.

   As ações de extensão desenvolvidas no contexto do GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação, portanto, articulam-se, de forma indissociável, com atividades de pesquisa e com o ensino de graduação. Além disso, valoriza-se a interlocução com a comunidade escolar local (MELO; WERNZ, 2018b), através do diálogo e da avaliação sistemática de suas ações.

   Quanto ao impacto das ações desenvolvidas no contexto de atuação do grupo, este pode ser percebido tanto nas comunidades escolares envolvidas quanto na própria equipe executora. Enquanto essas comunidades escolares têm atendidas suas demandas de apoio ao uso de recursos da informática e de formação de professores, a equipe executora tem a oportunidade de conhecer em profundidade um domínio de aplicação das tecnologias computacionais. Além disso, os estudantes envolvidos têm experiências únicas para o seu desenvolvimento como cidadãos e de caráter técnico-científico.

Para saber mais…

UNIPAMPA. GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação. 2010-atual. Disponível em: https://sites.unipampa.edu.br/geinfoedu/. Acesso em 18 jul. 2020.

ROBOPEL. Dez Anos de GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação da Universidade Federal do Pampa. 2019. Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=hzP_utMKrVA&list=PLjlTzJqdc6DP6I-FCeJuhEc7YUfPtqzpC&index=4. Acesso em 18 jul. 2020.

Amanda Meincke Melo e Maria Cristina Graeff Wernz são as coordenadoras do GEInfoEdu.

Referências Bibliográficas
FORPROEX – FÓRUM DE PRÓ-REITORES DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. Disponível em: https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso em 19 jul. 2020.
MELO, A. M.; WERNZ, M. C. G. GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação: relação dialógica universidade e educação básica. In: TOLFO, C. (Org.). Extensão Universitária: vivências nas Engenharias e na Computação, 1. ed. Bagé: Ediurcamp, 2016. 11-26 p. Disponível em: https://sites.unipampa.edu.br/geinfoedu/files/2016/08/GEInfoEdu_Extens%C3%A3o_Universit%C3%A1ria.pdf. Acesso em 19 jul. 2020.
MELO, A. M.; WERNZ, M. C. G. Informática na Educação e práticas extensionistas: interação universidade-escola em perspectiva. In: VALENTE, J. A.; FREIRE, F. M. P; ARANTES, F. L. (Orgs.). Tecnologia e Educação: passado, presente e o que está por vir, 1. ed. Campinas: NIED/UNICAMP, 2018a. 65-98 p. Disponível em: . Acesso em: 19 jul. 2020. Disponível em: https://www.nied.unicamp.br/biblioteca/tecnologia-e-educacao-passado-presente-e-o-que-esta-por-vir/. Acesso em 19 jul. 2020.
MELO, A. M.; WERNZ, M. C. G. (Orgs.) Informática Educativa em uma Escola do Campo: resultados da colaboração entre a Escola Arthur Hormain e a UNIPAMPA. 1. ed. Alegrete: UNIPAMPA, 2018b. 114 p. Disponível em: https://sites.unipampa.edu.br/geinfoedu/files/2018/12/informatica_educativa_em_uma_escola_do_campo.pdf. Acesso em 19 jul. 2020.
CNPQ. GEInfoEdu – Grupo de Estudos em Informática na Educação. 2019. Disponível em: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/488557. Acesso em 18 jul. 2020.

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Revisão e edição de Walker Douglas Pincerati.

Grupo de trabalho da UNIPAMPA produz conteúdos sobre a Covid-19 no Instagram

por Larissa Burchard.

    Em momentos de crise, como o que estamos vivendo com a pandemia, atitudes que buscam informar a população são essenciais. Pensando nisso, a UNIPAMPA criou o “Grupo de Trabalho UNIPAMPA no Enfrentamento à COVID-19” que encontrou na rede social Instagram uma forma de informar sobre os efeitos da pandemia nas regiões da Fronteira Oeste e Campanha. O grupo é formado por professores, técnicos e estudantes de diversas cidades onde a Unipampa atua e os trabalhos começaram no final de março no início dos casos no estado.

Perfil do GT já tem mais de 100 publicações

 

   Além de informar, o perfil também divulga as ações da universidade para amenizar as consequências da disseminação do novo coronavírus, o SARS-CoV-2. Com fotos, vídeos e textos, os seguidores do perfil recebem informações sobre pesquisas, casos de Covid-19, projetos sociais e doações de alimentos nos dez campi da universidade. As ações divulgadas são diversas, desde produção de álcool 70% para pessoas em vulnerabilidade social até dicas de cuidados com a saúde mental durante o isolamento social.

O grupo também posta notícias sobre a covid-19 na região da Fronteira Oeste e da Campanha
O grupo também posta notícias sobre a covid-19 na região da Fronteira Oeste e da Campanha.

 

Para acompanhar os conteúdos basta seguir o perfil @unipampa_covid19 no Instagram. Se gostar, não esqueça de curtir, comentar e compartilhar para que a informação alcance mais pessoas.

Larissa Burchard é jornalista e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Indústria Criativa da UNIPAMPA. Para ver seu currículo, clique aqui.

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Revisão e edição de Walker Douglas Pincerati.