Arquivo da categoria: v. 1 n. 1 (2020)

A ESTIAGEM NO RIO GRANDE DO SUL EM IMAGENS

Sidnei Luís Bohn Gass
Prof. Dr. do Campus Itaqui da UNIPAMPA, coordenador do projeto SIGPampa – sidneigass@unipampa.edu.br

Na primavera-verão 2019-2020, o Rio Grande do Sul tem passado por um novo período de estiagem. Para demonstrar a possibilidade do auxílio da ciência na interpretação deste fenômeno, em especial através das técnicas da cartografia e do sensoriamento remoto, apresentamos algumas imagens para compreender a dimensão do fenômeno em questão.

Em consulta ao Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres (MDR, 2020) do Ministério do Desenvolvimento Regional, foi possível verificar que no dia 29 de março, dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 93 estavam com decreto de situação de emergência ativo em função da estiagem. No dia 17 de abril, este número já havia evoluído para 173 municípios, como demonstrado pelo mapa da figura 1.

Nas imagens de satélite da figura 2, são apresentados três cenários da região de Itaqui, RS, para compreender o que representa a estiagem, mas, também, as enchentes que vem ocorrendo de forma recorrente nos últimos anos. A imagem (A) pode ser considerada como sendo uma representação da condição hidrológica normal, visto que Azevedo (2019) analisou os dados da estação de monitoramento da Agência Nacional de Águas, instalada no porto de Itaqui (ANA, 2020), identificando o comportamento do rio Uruguai no período anterior e posterior à data da imagem, como demonstra o gráfico da figura 3, no qual é também indicada a data da imagem de satélite utilizada. A autora realizou a mesma análise para identificar a data em que, no evento extremo de inundação do ano de 2017, representado pela imagem (B) da figura 2, o rio Uruguai esteve em seu nível mais elevado, para mapear a área efetivamente inundada no município de Itaqui, RS, no referido evento. A partir desta análise, representada pelo gráfico da figura 4, verificou-se que o maior nível foi registrado no dia 12/06/2017, havendo disponível uma imagem de satélite para o dia 11/06/2017, representando, portanto, uma pequena diferença entre o nível registrado e o nível mapeado.

Considerando a atual situação de estiagem, realizou-se uma nova análise dos dados da mesma estação da Agência Nacional de Águas, para o período de 22/12/2019 à 17/04/2020, conforme demonstra o gráfico da figura 5. A imagem mais recente disponível nas bases de dados é do dia 22/03/2020, como pode ser observado na imagem (C) da figura 2.
Ao comparar as três imagens de satélite, alguns elementos podem ser destacados, em especial, àqueles vinculados à estiagem:

(i) percebe-se, no rio Uruguai, a visibilidade de uma ilha, na porção nordeste, que não está visível nas outras datas;
(ii) os leitos do arroio Cambaí e do rio Aguapey, à oeste de Alvear, estão sensivelmente reduzidos, provavelmente, mantendo-se dentro do seu leito menor;
(iii) alguns reservatórios estão totalmente sem água, se comparadas as imagens de 2016 e 2020;
(iv) na imagem (B), é possível verificar o grande potencial de inundação na região, visto que todas as manchas em azul e em preto representam água.

Para uma melhor visualização da estiagem, chamamos atenção para a imagem da figura 6. Esta imagem possui uma resolução espacial maior, permitindo a identificação de um maior conjunto de detalhes, como:

(i) nas duas margens do rio Uruguai, são perceptíveis linhas na cor marrom-avermelhado, que representam as margens do rio que, em condições normais, ficam submersas;
(ii) o mesmo fenômeno que ocorre nas margens do rio Uruguai, pode ser observado em suas ilhas, na porção oeste da imagem, nas quais é possível perceber, pelo baixo nível da água, os sedimentos depositados em seu entorno;
(iii) por se tratar de uma região plana, fator associado ao porte do rio Uruguai, o arroio Cambaí e o rio Aguapey, possuem pequenos meandros auxiliares e planícies de inundação que, em geral, contém certa quantidade de água, mas que, nesta imagem, estão secos;
(iv) na foz do rio Aguapey, percebe-se a diferença da coloração da sua água se comparada ao rio Uruguai. Este é um fenômeno típico de períodos de estiagem, nos quais a vazão dos rios é menor.

As fotografias da figura 7, representam um comparativo entre a paisagem que costumeiramente encontramos na região portuária de Itaqui, e a paisagem anteriormente comentada, com a possibilidade de visualização das margens do rio Uruguai, com suas formações basálticas e sedimentos depositados.

 

Figura 1 – Municípios com decreto de situação de emergência ativo
Figura 2 – Imagens de satélite da região de Itaqui, RS
Fonte: elaborado pelo autor.
Figura 3 – Dados da estação hidrometeorológica em 2016.
Fonte: Azevedo (2019). Em verde, a identificação da data da imagem de satélite utilizada.
Figura 4 – Dados da estação hidrometeorológica em 2017 Fonte: Azevedo (2019). Em verde, a identificação da data da imagem de satélite utilizada.
Figura 5 – Dados da estação hidrometeorológica em 2019-2020
Fonte: elaborado pelo autor. Em verde, a identificação da data da imagem de satélite utilizada.
Figura 6 – Imagem de satélite do dia 24/03/2020
Fonte: elaborado pelo autor.
Fonte: elaborado pelo autor.
Figura 7 – Fotografias da região portuária de Itaqui, RS

 

PROFUNDANDO O CONHECIMENTO NA TEMÁTICA

Para ampliar os conhecimentos referentes à temática aqui apresentada, sugerimos às seguintes leituras que versam sobre questões climáticas, análise de dados hidrometeorológicos e aplicações de sensoriamento remoto. Ressalta-se que todas as produções foram desenvolvidas por pesquisadores do Campus Itaqui da UNIPAMPA ou tiveram a sua participação como coautores.

DE VARGAS, R. R.; FREDDO, R.; GALAFASSI, C.; GASS, S. L. B.; RUSSINI, A.; BEDREGAL, B. Identifying Pixels Classified Uncertainties ckMeansImage Algorithm. In: MEDINA, M. J.; ACIEGO, O.; VERDEGAY, J. L.; PERFILIEVA, I.; BOUCHON-MEUNIER, B.; YAGER, R. R. (org.) Communications in Computer and Information Science. 1ed.: Springer International Publishing, 2018, v. III, p. 429-440. DOI http://dx.doi.org/10.1007/978-3-319-91479-4_36

FREDDO NETO, R. ; GALAFASSI, C. ; VARGAS, R. R. de ; GASS, S. L. B. ; RUSSINI, A. ; PALMEIRA, E. S. . Aplicação do algoritmo Fuzzy ckMeans Image para detecção de pixels não confiáveis no processo de segmentação de imagens. In: IV Workshop-escola de informática teórica, 2017, Santa Maria – RS. WEIT 2017. Santa Maria – RS: UFSM, 2017. p. 10-16. Disponível em http://weit2017.inf.ufsm.br/wp-content/uploads/2017/10/Versao_final.pdf

GASS, S. L. B. Enchente na fronteira oeste do Rio Grande do Sul em dezembro de 2015 : subsídios para uma agenda de pesquisa aplicada. Confins (Paris), v. 25, p. 10638, 2015. DOI http://dx.doi.org/10.4000/confins.10638

GASS, S. L. B.; GALAFASSI, C. ; VARGAS, R. R. de . Comparativo entre os algoritmos K-Means e ckMeans para mapeamento automatizado de uso do solo. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 2017, Santos, SP. Anais do XVIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. São José dos Campos: INPE, 2017. p. 6376-6382. Disponível em http://urlib.net/rep/8JMKD3MGP6W34M/3PSMCQ7?ibiurl.backgroundlanguage=pt-BR

SANCHES, F.; VERDUM, R.; FISCH, G.; GASS, S. L. B.; ROCHA, V. M. Extreme Rainfall Events in the Southwest of Rio Grande do Sul (Brazil) and Its Association with the Sandization Process. AMERICAN JOURNAL OF CLIMATE CHANGE, v. 08, p. 441-453, 2019. DOI http://dx.doi.org/10.4236/ajcc.2019.84024

REFERÊNCIAS

ANA. Estação hidrometeorológica 75900000. Agência Nacional de Águas. Disponível em http://saladesituacao.rs.gov.br/api/station/ana/sheet/75900000

AZEVEDO, M. N. de Determinação da área efetivamente inundada durante o evento extremo de 2017, no município de Itaqui, RS, através de técnicas de sensoriamento remoto. Itaqui, RS. Trabalho de conclusão de curso. Curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura. UNIPAMPA, 2019.

MDR. Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres. Disponível em https://s2id.mi.gov.br/paginas/index.xhtml

Pneumologista esclarece dúvidas sobre a COVID-19 na Câmara de Vereadores de Itaqui-RS

A médica Priscila Kanheski Moreira, pneumologista, esclarece dúvidas sobre a COVID-19 na Câmara de vereadores de Itaqui-RS.

Na manhã da última terça-feira, dia 07 de abril de 2020, a médica Priscila Kanheski Moreira, que faz parte do Comitê de Combate ao Coronavírus no município de Itaqui-RS, esteve na Câmara para esclarecer as dúvidas dos vereadores e da comunidade.

Uma questão importante, apontada pela pneumologista, é a circulação de pessoas que entram e saem do município. “Com relação a isso, barreiras sanitárias estão sendo montadas nas entradas da cidade e na rodoviária para abordar e orientar as pessoas”, diz a médica. Ela ainda não descartou a possibilidade do vírus já estar circulando na cidade, isso porque, segundo ela, o município tem grande dificuldade para realizar os testes e, na maioria das vezes, os infectados terão apenas leves sintomas e não precisarão de atendimento médico.

Outro ponto abordado foi o uso de máscaras pela população em geral. A médica disse que o uso de máscaras ajuda a não espalhar o vírus, ou seja, uma pessoa infectada deve usar máscara para evitar transmiti-lo. No entanto, a máscara se torna pouco eficaz na prevenção. A pneumologista citou ainda a situação da China, que além do uso de máscara, realizou a testagem na maioria da população; ela destacou também que o hábito de usar máscara ajudou o país estabilizar a situação.

Sobre o afastamento social, a médica alertou que o vírus inevitavelmente chegará a Itaqui e que o afastamento tem basicamente o objetivo de diminuir o contato, logo a transmissão e infecção. O objetivo desta política é o de evitar o aumento gradual de infectados para que o sistema de saúde do município não entre em colapso com a alta demanda.

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Álcool em gel 70% contra o novo coronavírus

por Caroline R. Bender e Augusto Freitas.

O novo agente do coronavírus (SARS-CoV-2) foi descoberto em dezembro de 2019 após casos de infecções respiratórias registradas na China. Esse vírus provoca a doença chamada de COVID-19. Em março de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretou como pandêmica. Com esse decreto, surgiu uma série de recomendações em relação aos cuidados relacionados à saúde humana para evitar o contágio e a disseminação do vírus. Um dos cuidados é a utilização do álcool 70% para assepsia e higiene das mãos, com o intuito de eliminar os microrganismos presentes na pele e superfícies.

A eficácia dos produtos de higiene das mãos à base de álcool é afetada por diversos fatores, incluindo o tipo de álcool (por exemplo: etanol, isopropanol), a concentração, o tempo de contato, o volume usado e se as mãos estão molhadas ou secas quando o álcool é aplicado. A concentração de álcool é crucial para garantir a eficácia da solução.

A desnaturação da proteína é pré-requisito para soluções aquosas de etanol apresentarem atividade antimicrobiana. A entrada de álcool na membrana celular do microrganismo (bactérias, vírus, fungos), facilitada pela desnaturação das proteínas, é atribuída à água presente na solução. Além disso, a água retarda a volatilização do etanol, permitindo maior tempo de contato entre álcool e microrganismos, promovendo uma desinfecção mais eficiente da pele ou mãos.

A concentração da forma antisséptica etanol 70% ‒ mais eficaz e disponível para compra (70 INPM) ‒ é corretamente expressa como porcentagem em massa (m/m), uma vez que a massa não é afetada por variáveis como temperatura, gravidade específica e/ou interações intermoleculares. No entanto, vários produtos que expressam o conteúdo de etanol, como porcentagem em volume (v/v), podem ser encontrados no mercado (70° GL). O etanol a 70% (v/v) é equivalente a 60,8% (m/m) à 25 °C. Isso significa que, se uma solução de etanol a 70% (v/v) for preparada, ela não apresentará a quantidade de etanol que fornece a maior atividade antisséptica.

Essa falta de padronização nas expressões de concentração pode levar a erros nas concentrações finais, causando uma redução na eficiência das soluções. Em um momento de pandemia mundial, todo cuidado nas ações de prevenção pode auxiliar na contenção da propagação do vírus. Portanto, pelas razões apresentadas, destacamos a importância da utilização do álcool na concentração correta para eliminar o microrganismo, bem como, indicar a maneira correta de expressar as concentrações de alcoólicas.

 

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Programa AgriCultura: Compartilhando conhecimentos e vivência com os agricultores familiares

por Paulo Roberto Cardoso Silveira.

O programa Agricultura consiste em uma ação de extensão da UNIPAMPA – Campus de Itaqui-RS – em parceria com a EMATER-RS e Secretaria Municipal de Agricultura para potencializar a comercialização dos produtos da agricultura familiar. Neste sentido, em 2017, decidiu-se criar um espaço mensal em um lugar de grande fluxo de pessoas, juntando uma mostra dos produtos da agricultura familiar: mandioca, cucurbitáceas, hortigranjeiros, panificados, conservas, doces, sucos e outros.

Este espaço possui uma estrutura constituída com recursos captados junto ao governo federal e tem sido alvo de ações de divulgação efetivada pela universidade junto à população local. Cabe à equipe do Programa Agricultura a utilização as redes sociais, grupos de WhatsApp, Instagram e Facebook, o que já aparece na pesquisa com os consumidores como um dos meios mais eficazes de comunicação; também são utilizados outros veículos de comunicação como o rádio e jornal, para atingirmos todos os públicos e, em alguns casos, quando vai se aproximando da data referente ao “Feirão”, coloca-se carros de som, anunciando o mesmo.

Outro objetivo do programa é constituir estratégias de marketing para ampliar o número de consumidores. Para tanto, buscou-se conhecer as preferências dos consumidores, através de enquetes, visando ressaltar as características dos produtos que podem atrair novos consumidores e reforçar fidelidade dos atuais. Estará sendo produzido um encarte com os produtos e produtores da feira, além de um vídeo promocional.

O desenvolvimento do programa ocorre a partir de reuniões de planejamento entre as instituições parceiras. A equipe elabora momentos de investigação sobre a percepção dos consumidores em relação aos produtos da agricultura familiar e sobre as potencialidades e desafios apresentados pelas famílias agricultoras. Com base nessas informações serão realizadas oficinas para qualificar os produtos e melhorar a apresentação dos mesmos.

O programa tem apresentado resultados relevantes, articulando conhecimento e vivências em uma interação universidade-comunidade.

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Doutora Aline Tiecher em: Professor nota 10

Olá, eu me chamo Aline Tiecher. Fui reconhecida pelo JORNAL INTERDISCIPLINAR como uma professora NOTA 10. Hoje você vai aprender um pouco sobre a minha trajetória acadêmica e sobre meus trabalhos como docente. Logo após, irei apresentar em vídeo algumas práticas sobre TPOA e TPOV.

Possuo graduação em Química Industrial de Alimentos (2008) e Química (Licenciatura) (2008) pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, mestrado em Ciência e Tecnologia Agroindustrial (2010) e doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos (2013) pela Universidade Federal de Pelotas, com período sanduíche no Institut National de la Recherche Agronomique.

Sou professora do magistério superior na Universidade Federal do Pampa desde 2013, atuando nos cursos de Agronomia, Ciência e Tecnologia de Alimentos e Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, ministrando os componentes curriculares de Iniciação à Ciência e Tecnologia de Alimentos e Ética Profissional, Biologia Celular e Molecular, Matérias-primas Alimentícias, Microscopia de Alimentos, Tecnologia de Alimentos de Origem Animal, Tecnologia de Alimentos de Origem Vegetal e Alimentos Funcionais.

Sou membro do Núcleo Docente Estruturante dos cursos de Ciência e Tecnologia de Alimentos e Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia.

Atuei como coordenadora do curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos na gestão 2017-2018. Minha linha de pesquisa está voltada para a qualidade pós-colheita vegetal.

Com relação ao ensino, destaco os seguintes projetos (já executados):

“Monitoria nos componentes curriculares de Matérias-Primas Alimentícias, Tecnologia de Produtos de Origem Animal e Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal”, que teve como objetivo contribuir com o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes matriculados nos componentes curriculares de Matérias-Primas Alimentícias, TPOA e TPOV. Na perspectiva de desenvolver estratégias didáticas que impulsionem o processo de ensino-apresendizagem, foram elaborados vídeos dos experimentos ministrados em aulas práticas, intitulados: “Determinação do teor alcoólico por ebuliometria”, “Teste de Alizarol”, “Reação de Fiehe”, “Determinação do pH em leite fluído”, “Acidez titulável do leite fluído”, “Prova da peroxidse em leite fluído”. Os vídeos foram editados através do software Windons Movie Maker 12, com duração máxima de 2 minutos cada e disponibilizados em ambiente virtual de aprendizagem (MOODLE) e em canal do YouTube “Aulas Práticas de TPOA e TPOV”.

“Plágio na pesquisa científica: como evitar?”, que teve como objetivo a conscientização da comunidade acadêmica a respeito do plágio e as formas para evitar a sua prática. Neste contexto, foram desenvolvidos materiais didáticos como uma cartilha e web flyers, que continham informações sobre o que é o plágio, os tipos de plágios e como evitá-lo, a forma correta de colocar as ideias nos trabalhos acadêmicos, os tipos de citações e a legislação pertinente sobre os direitos autorais. Os materiais didáticos elaborados foram impressos, colocados em dois pontos de acesso do campus e distribuídos aos discentes, sendo que os web flyers também foram disponibilizados por e-mail e no material de aula da página da Unipampa, campus Itaqui, estando disponível para download (endereço: http://aqui.itaqui.unipampa.edu.br/materialaula/dashboard/plagio/). Além disso, foram realizadas palestras sobre a temática.

SEGUE EM ANEXO O LINK DAS PRÁTICAS SOBRE TPOA E TPOV: https://www.youtube.com/channel/UCfIQYWeF6X-3vpasMRfoWsA.

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Inclusão educacional de pessoas com autismo em idade escolar regular

Apresento a vocês o relato sobre a entrevista de rádio que foi realizada em 06/02/2020. O assunto abordado no dia foi INCLUSÃO EDUCACIONAL DE PESSOAS COM AUTISMO EM ESCOLA REGULAR, tendo como entrevistados o professor da Unipampa, Campus Itaqui, Paulo Silveira, e os discentes do curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BICT), Pamela Piardi e Taylan Alderette. Inicialmente, foi explicado o básico sobre o assunto abordado. Logo depois, foram elaboradas algumas perguntas pelo entrevistador, cujo nome não pedimos permissão para citar. De acordo com a Rádio, cada um demonstrou relevância por determinada parte do projeto. Segue a publicação da rádio nas próximas linhas: Para o professor Paulo Silveira, a inclusão continua sendo um desafio: “um deles é em relação ao conhecimento que as pessoas têm. É um aprender fazendo. Queremos que a comunidade compreenda melhor e possa acolher esses alunos”.

A estudante Pamela Piardi acredita que as dificuldades começam com a aceitação na própria família: “Quando tu aceitas essa criança, tu sabes que vai ter que mudar o teu cotidiano. Ela vai precisar de alimentação especial, cuidado especial, e só vai ter isso a partir da família. O medo é natural, mas tem que ser enfrentado. Os pais têm que se orgulhar dos filhos autistas e levantar essa bandeira”.

Já o estudante Taylan Alderette entende que as dificuldades existem porque falta conhecimento sobre o autismo: “É um estudo que está começando. A interação precisa ter um equilíbrio entre a parte clínica, a família e a escola. Tivemos contato com professores que nos relataram as dificuldades. Alguns pais não aceitam”. A entrevista foi de suma importância para a Unipampa e, principalmente, para o BICT. Tudo isso mostra que a interdisciplinaridade está ganhando força na Universidade e, assim, os discentes podem buscar uma educação superior melhor para suas formações.

Uma croniquinha sobre a EaD: Ela não é pra qualquer um…

por Walker Douglas Pincerati

Assim que as notícias sobre o novo coronavírus e sua alta letalidade, bem como de sua sintomática confundível com a do resfriado ou da gripe, por exemplo, começaram a circular na redes, lá pelo início de março deste ano, as universidades públicas e privadas e, depois, as escolas públicas e privadas suspenderam suas atividades e fecharam suas portas. As notícias alarmantes que chegavam sem parar por todos os lados do Brasil e do Mundo aumentaram nosso temor, e também o temor de que o período de “quarentena” e, por consequência, de isolamento social seria bem maior do que o querido e esperado.

Rumores, conspirações e medos circularam. Resoluções, portarias e decretos baixaram. Orçamento de Guerra promulgaram. Em meio a toda essa balbúrdia, facultou-se que todas as instituições de ensino básico, fundamental, médio e superior, privadas ou públicas, utilizassem a Educação a Distância, a conhecida e maltratada EaD, para salvar o semestre então suspenso. Ela se tornou a própria Salvação!

Mas a coisa não é bem assim… Ela, ao menos no Serviço Público, é maldita. É uma ameaça ao Ensino Superior, ao ensino presencial. É acusada de ser a causadora da evasão dos cursos presenciais. Ela, a maldita diaba do capitalismo financeiro global! Ela deglutirá a Universidade Pública, gratuita e de qualidade! Nesse ínterim, a salvação seria mais no plano governamental e institucional do que pessoal.

No entanto, esse discurso bélico de cunho político-religioso não está distante das universidades privadas. Minha irmã, que é Doutora pela USP, que, como eu, sempre estudou em universidades públicas, e que é docente com dedicação exclusiva numa certa Universidade em Curitiba (Paraná), me confessou um dia o seguinte:

– Minha coordenadora disse que talvez teremos que tocar o curso via EaD. Eu não vou fazer isso!!!, exclamou exaltada.

Embora ela hoje esteja tendo que fazer isso, pois trabalha numa instituição privada – as quais já adotaram a EaD, seja lá como for –, sua reação é, a meu ver, obviamente esperada. Afinal, por mais que este seu irmão aqui seja concursado para atuar sobretudo num curso EaD na Unipampa, ela, como a esmagadora maioria dos docentes, tem preconceitos contra a EaD simplesmente porque a desconhece. Como a maioria, ela não tem referências em seu passado escolar e universitário em relação à EaD porque não foi formada em nenhum nível nessa modalidade; restando-lhe apenas fazer eco a esse tipo de discurso. A realidade em que nossos professores são formados por professores formados na EaD não existe. Logo, esse tipo de rechaço é esperado. Essa atitude pode ser melhor explorada com Freud, mas deixemos isso para outra oportunidade…

O fato é que mesmo dentro do curso de graduação em Letras – Português, licenciatura a distância, que não pertence ao sistema UAB, a Universidade Aberta do Brasil (criada pelo Decreto 5.800, de 8 de junho de 2006), a discussão também foi e é bem animada. De um lado, um grupo de professores levantou a possibilidade de iniciar este semestre letivo, desde que a administração da Universidade não entenda que a EaD está na nuvem. Ora, como já disse o célebre pensador e teórico da cibercultura, o tunisiano Pierre Lévy (1856 – ), para que aconteça é preciso de uma infraestrutura robusta tanto intelectual quanto material e tecnológica, bem como de uma capacitada equipe multidisciplinar para executar e monitorar o trabalho técnico. Então, defende o início das atividades desde que a Universidade garanta uma infraestrutura humana e tecnológica mínima para o desenvolvimento razoável das atividades, assim como entende que a Instituição deve se posicionar sobre o Calendário a ser seguido pelo curso, afinal é um curso institucional. Muito disso foi paralisado na quarentena. Contudo, o grupo sondou seus alunos e alunas e percebeu uma complicação em se iniciar as atividades sem uma certa flexibilidade institucional. Isso porque muitos deles são mães e pais que, por conta da quarentena, se viram imersos em atividades domésticas com familiares, bem como estão submetidos, como todos nós, à instabilidade emocional gerada por tudo o que vivemos desde março. Do outro lado, há quem evoque as determinações da OMS, a Organização Mundial da Saúde, para defender a vida e se contrapor à necropolítica e ao início das atividades letivas em nosso curso.

O fato é que para se desenvolver a EaD precisamos de uma preparação – e mesmo uma pré-disposição – e um planejamento muito sistemático prévio, pois muitas são as metodologias de ensino-aprendizagem possíveis de serem aplicadas nessa modalidade de ensino. Acrescento que, por sermos uma instituição pública, podemos imprimir certo grau de exigência e de cobrança no ensino-aprendizagem, o que aumenta o grau de dificuldade do curso e a evasão. Em consulta realizada no 2º semestre 2019 sobre as razões da evasão entre 2017 e o 1º semestre de 2019, 37% das 47 respostas obtidas assinalam a falta de tempo para desenvolver as atividades e estudos exigidos como fator de abandono. Um comentário de um ou uma aluna na avaliação do 2º semestre de 2019 que os discentes fizeram do curso parece traduzir o que significa essa falta de tempo:

“Quando entrei no curso, pensei que seria EAD, mas ele vai além disso, precisa de muito tempo, e tempo eu não tenho! Acho que o ponto do curso e que eu sinceramente creio em desistir, é que ele não é flexível com os alunos sem tempo, que trabalham, tem casa…”

Se todos temos casa e trabalhamos, o comentário destaca nosso grau de exigência, bem como desnuda o imaginário e o preconceito social que se tem sobre o que é a EaD. Revela também que, no nosso caso, a EaD não é fácil!

Do lado do professor, a dificuldade talvez seja maior; a começar pela escolha da metodologia de ensino-aprendizagem que utilizará. No leque de metodologias possíveis, considerando-se o nosso caso, isto é, o dos e das professoras concursadas da Letras EaD Institucional da Unipampa que não têm tutores (como há na UAB; nós fazemos todo trabalho necessário), pode-se, creio, organizá-las em dois eixos básicos de atuação ou caminhos a serem tomados. Mas, cuidado! Qualquer que seja o caminho tomado, deve-se sempre…, sempre manter alto grau de interação (presença) com as ou os alunos.

Primeiro, a ou o professor, como eu, pode seguir mais de perto com o modelo presencial. Ele ministra aulas onlines regulares – no meu caso, semanais – para explorar e desenvolver o conteúdo. Para isso, contamos com um serviço de conferência web (Mconf), a Conferênciaweb RNP, mantido pelo Governo Federal. A Mconf consiste numa tela que contém chat e chamada de vídeo, uma tela para exibir um arquivo de texto ou de slide, que pode ser baixado ali mesmo pelos participantes, e a possibilidade de gravação de toda atividade. Essa gravação pode ser editada e disponibilizada depois. É uma sala de aula online. Obviamente, devemos ter preparado com antecedência a plataforma que serve de Ambiente Virtual de Aprendizagem, no caso: o Moodle. Nele, é desejável disponibilizar com a máxima precisão o calendário ou cronograma de atividades, os textos autorais ou não, os exercícios e os roteiros de estudos, sem o quais alunos e alunas se perdem no quê, no porquê, no como e no quando fazer. O trabalho de montagem do moodle toma um bom tempo. Ele exige capricho e habilidade com a plataforma. É diferente da montagem de uma aula presencial. E é de extrema importância porque guia os trabalhos. Sem isso tudo, tanto alunos quanto professor correm sério risco de se perderem no tempo e conteúdo a ser explorado. O professor deve, então, ter extremo cuidado com o planejamento do curso com vistas à avaliação, pois antes de tudo deve não só prepará-lo como montá-lo inteiro – com avaliação – na plataforma, de modo a estabelecer uma relação ótima no fator tempo por conteúdo.

Segundo: o ou a professora pode lançar mão das famosas metodologias ativas, que, basicamente, consistem em criar uma situação, projeto ou problema cuja resolução exige a busca e a aquisição de determinados conhecimentos. Nesses casos, dá-se maior autonomia aos alunos porque a presença da professora não ocorrerá com regularidade, ou mesmo não ocorrerá de forma síncrona (o que não é muito desejável!!), mas sim de forma assíncrona: via mensagens e/ou podcasts. Estes são criados para nortear, explorar e/ou aprofundar uma parte ou aspectos do conteúdo; atentando-se que áudios e vídeos maiores do que 20 minutos são indesejados por alunos e alunas. Para satisfazer isto, exige-se certo trabalho de edição de áudios e vídeos. De maneira geral, quanto mais próximo do modelo da gamificação, isto é, da aprendizagem baseada em jogos, melhor. O desafio da professora se torna não só o de aprender tais metodologias, como também o de ter criatividade para desenvolvê-la de forma ótima, sem descuidar jamais da interação professor-aluno, qualquer que seja o meio adotado para executá-la. Nesse paradigma das metodologias ativas, a EaD que consiste em postar um texto, dar uma atividade e corrigi-la é uma EaD básica ou mínima.

Como se vê, não se faz EaD na nuvem. Certamente, é preciso que existam nuvens. Entretanto, a EaD, uma EaD desenvolvida não é fácil porque exige não só o domínio da disciplina a ser ministrada, mas também destreza, competência, predisposição e habilidades no manejo das tecnologias de comunicação e informação na metodologia de ensino-aprendizagem empregada. Obviamente, exige muita sensibilidade. Afinal, como não temos referências, precisamos descobrir um ritmo próprio conexo a uma dada metodologia, e isso é uma tarefa árdua porque render duras críticas de alunos e alunas no percurso do nosso aprendizado experimentado.

Os e as alunas que decidem fazer um curso nessa modalidade precisam entender que a EaD não é sinônimo de ensino fácil. Obviamente, há instituições que não querem ou não podem perder alunos porque isso tem impacto financeiro. Mas se o desejo é fazer um curso de verdade, o aluno deve aprender a dominar as tecnologias de informações e comunicação e deve estar sempre conectado. Deve, ainda, no nosso caso, familiariza-se com as várias linguagens, metodologias e conteúdos abordados, bem como aprender a organizar seu tempo em relação a todo o conteúdo a ser estudado, exercitado e assimilado.

Mais do que dizer que a EaD é fácil, talvez possamos melhor dizê-la, dizendo que Ela não é para qualquer um.

Walker Douglas Pincerati é professor da UNIPAMPA Jaguarão; membro imortal da ALBSC e pesquisador do LeCiber (UNIPAMPA) e do Outrarte (IEL/UNICAMP).

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Projeto SIGPampa e o monitoramento dos casos da Covid-19 no Rio Grande do Sul e nos municípios de atuação da UNIPAMPA

por Sidnei Luís Bohn Gass e Dieison Morozoli da Silva

Em função da pandemia da COVID-19, inúmeras iniciativas vêm apresentando análises, projeções e representações da doença, em diferentes escalas geográficas. O projeto de pesquisa SIGPampa tem uma base de informações sobre a COVID-19 no estado do Rio Grande do Sul e nos municípios de atuação da UNIPAMPA. Segundo os pesquisadores envolvidos, o professo Dr. Sidnei Luís Bohn Gass, do curso de Engenharia de Agrimensura da UNIPAMPA, e o discente também do curso de Engenharia de Agrimensura da UNIPAMPA, em Itaqui-RS, Dieison Morozoli da Silva, integrante do projeto, “à medida em que os dados são organizados, são incorporadas algumas análises que podem auxiliar na compreensão do avanço da doença pelo estado”.

O mapeamento dos casos para o RS

As informações são atualizadas diariamente a partir dos dados oficiais que são divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde do RS e são apresentados novos mapas com a distribuição dos casos. “Diferentemente de outras iniciativas, a base de dados em desenvolvimento está sendo organizada no sentido de manter uma característica histórica da evolução, ou seja, os dados são diariamente acrescentados à base de dados, mantendo-se os dados anteriores”.

Para os pesquisadores, esta metodologia – procedimento para verificar como a COVID-19 avança no tempo – número de casos por município por dia – e no espaço – base georreferenciada, associados aos limites dos municípios –, permitirá construir uma base de dados que informa o padrão de disseminação da doença.

Eles chamam a atenção para três aspectos no RS:
1. O maior número de casos e municípios com casos confirmados se encontra na região metropolitana de Porto Alegre, em direção ao litoral norte, e na região de Caxias do Sul. Este dado, se for comparado com a distribuição da população, mostrará que é também nestas duas regiões que se encontram os grandes contingentes populacionais do estado;
2. Aparentemente, estão surgindo dois corredores de municípios com casos confirmados: (i) o primeiro, de Porto Alegre em direção sul (até Rio Grande) e sudoeste (até Santa Maria e Uruguaiana), e (ii) de Porto Alegre em direção a Serra Gaúcha (Caxias do Sul até Passo Fundo);
3. Na região Sudoeste, chama a atenção o município de Bagé que, se comparado aos demais, tem um número bastante superior de casos confirmados até o momento.

Ainda, segundo os autores do projeto, tem-se a impressão de que a área mais afetada com casos já confirmados para a COVID-19 é a porção sudoeste e sul do estado. “De fato, se considerarmos a área recoberta pelos municípios, sim, mas, considerando o número de casos confirmados e o número de municípios, não. Assim, é importante considerar neste mapa o número de casos, não somente a extensão territorial”.

Fonte: elaborado pelos autores a partir dos dados do painel da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, disponível em http://ti.saude.rs.gov.br/covid19/.

Para os autores do estudo, a verificação do comportamento espacial do avanço da transmissão possibilita interpretar os dados – abordagem qualitativa – ao serem analisados com dados adicionais, o que reforça a necessidade de um olhar interdisciplinar para as informações levantadas.

 

O mapeamento dos casos para os municípios de atuação da UNIPAMPA

Para levantar dados específicos sobre os dez municípios de atuação da UNIPAMPA, foi desenvolvida uma ferramenta de acompanhamento on-line (Figura 3) – https://qgiscloud.com/sigpampa/COVID_19_UNIPAMPA – a qual é também atualizada diariamente.

Os pesquisadores destacam que estão sendo desenvolvidos novos estudos a partir da ótica populacional e do sistema de saúde dos municípios de atuação da UNIPAMPA, com o objetivo de elaborar uma representação cartográfica. “De posse destas informações será possível estabelecer também a sua correlação com os dados populacionais e dos casos confirmados para COVID-19”, dizem os autores.

Próximos passos

Segundo Gass e Silva, o objetivo do projeto SIGPampa não é apenas gerar mapas e gráficos, mas também oferecer materiais que possam ser utilizados nas três linhas de atuação universitária: o ensino, a pesquisa e a extensão. A equipe do projeto está analisando outras formas de disponibilizar os dados que são sempre atualizados no site do projeto.

Quer saber mais? Leia o texto elaborado pelos autores da pesquisa na íntegra clicando aqui, e acesse o site do projeto SIGPampa.

A equipe do Jornal Interdisciplinar de C&T agradece a colaboração do Prof. Dr. Sidnei Luís Bohn Gass do Campus Itaqui da UNIPAMPA, coordenador do projeto SIGPampa, e do discente do curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura e integrante do projeto, Dieison Morozoli da Silva.

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Apresentação de Mariane Contursi Piffero

Olá, meu nome é Mariane Contursi Piffero. Sou advogada formada pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro (2003/2). Tenho especialização em Direito Público e estou cursando duas especializações: uma em Direito de Família e Sucessões e, a outra em Prática Sistêmica do Direito e das Constelações Familiares no Sistema de Justiça. Sou advogada feminista e escolhi ter como área exclusiva de atuação o Direito das Famílias e Sucessões. Muitos motivos me levaram a eleger esse ramo do Direito, mas um deles foi querer levar às minhas clientes um atendimento especializado e humanizado em um momento de grande fragilidade como são os casos que envolvem essas duas áreas especializadas do Direito. Aqui aproveito para pedir desculpas aos meus clientes homens, tenho alguns, por ter usado a frase no feminino, ocorre que 90% das minhas clientes são mulheres. E, por todo contexto de uma sociedade em que o patriarcado ainda impera são as mulheres que, na maioria das vezes, vulneráveis, ficam mais frágeis e desprotegidas no término de um relacionamento. Fiquei muito feliz e honrada em receber o convite para participar como colabora externa e fixa na seção de colunistas do Jornal Interdisciplinar em C&T. Acredito que através de informações podemos, gradativamente, alterar alguns cenários. Um dos assuntos que abordarei é a violência de gênero, contexto em que se insere a violência doméstica. Sobre a temática muito temos que conversar, elucidar e trabalhar para desconstruir alguns pré-conceitos. Por exemplo: mulher “trans” é só mulher e a ela também se aplica as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha (vou falar sobre o tema com mais calma em uma próxima oportunidade). Outras questões que serão abordadas referem-se aos direitos envolvidos durante o início e término de um relacionamento, entre eles a tão mistificada guarda compartilhada. Garanto para vocês que tal tipo de guarda, hoje regra no ordenamento jurídico brasileiro, não é um “bicho de sete cabeças”. Também falarei sobre questões envolvendo o direito sucessório, sendo que um dos assuntos que mais geram dúvidas é a atual condição do companheiro (a) como herdeiro concorrendo com os descendentes e ascendentes. Sim, isso mesmo, desde maio de 2017, após decisão emblemática do STF, os conviventes ganharam status de herdeiros necessários é dividem a herança com os filhos da pessoa falecida. A condição de herdeiro das pessoas casadas é um pouco mais antiga já que o assunto foi inserido no Código Civil de 2002. Vejam que nessa breve apresentação alguns assuntos importantes e, acredito que, desconhecidos da grande maioria já foram rapidamente introduzidos, talvez, instalando um ponto de interrogação ao leitor. Esses tópicos e outros tantos serão abordados na minha coluna jornal. Caso tenham sugestão de assuntos vocês podem enviar através de contato nas redes sociais (Instagram e Facebook).

Um abraço a todas e todas!
Até o próximo editorial

 

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Egresso do curso de Agronomia da UNIPAMPA/Itaqui-RS participou de intercâmbio na Alemanha

O estudante Francis Júnior Soldateli, graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Pampa, Campus Itaqui-RS, recentemente retornou da Alemanha, onde realizou intercâmbio na University of Applied Sciences, em Freising, no estado da Baviera.

Francis foi integrante do Grupo de Pesquisa em Fisiologia e Manejo de Plantas Hortícolas (GFIMAH), liderado pelo Professor Anderson Weber, e bolsista egresso do Programa de Educação Tutorial, PET Agronomia. Segundo Francis, a possibilidade de realizar intercâmbio na Europa sempre o interessou, pois acreditava que isso seria um diferencial para a sua qualificação profissional e pessoal, principalmente, quanto ao conhecimento de
novas espécies de plantas e técnicas agronômicas, as quais muitas vezes são particulares de cada região e ainda o conhecimento sociocultural, em suma, a respeito de costumes, tradições e idiomas.

Esse intercâmbio foi viabilizado por um convênio de cooperação internacional firmado entre a UNIPAMPA, por meio do Professor Dr. Anderson Weber, com a instituição na Alemanha, representada pelo Professor Dr. Dominikus Kittemann. O estado da Baviera publica anualmente um edital de bolsa para estudantes de Universidades da América Latina (BAYLAT), em fase de conclusão do curso de graduação, para realização de estágios e trabalhos finais de conclusão de curso. Francis foi aprovado no programa e recebeu uma bolsa mensal de 730,00 euros. O processo de seleção se baseia principalmente no currículo e, por isso, inclui toda a produção de trabalhos durante a graduação, histórico de notas, proficiência em inglês ou alemão, confecção da carta de intenções e de projeto de pesquisa.

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