Arquivo da categoria: v.2 n.3 (2021)

Apresentação da 12ª Edição

Está no ar a 12ª edição do CiênciAção. A vida continua atípica. A pandemia não acabou, mas a vacinação tem avançado e os números de contaminação e óbitos têm diminuído a cada dia. Mais uma prova da importância da ciência nas nossas vidas. Nesta edição que encerra o semestre 2021/01, ainda em ensino remoto, abordamos diversos temas vindo de campus diferentes da Unipampa. Na seção Observatório de Divulgação Científica e Cultural, apresentamos o texto Acompanhamento de egressos dos cursos Ciência da Computação e Engenharia de Software, produzidos por Aline Vieira de Mello e Alice Fonseca Finger, do projeto de pesquisa Egress@s, do campus Alegrete.  

O texto Método Famacha: um recurso para o controle de verminose em ovinos é uma contribuição da acadêmica Daliza Bruno Ribeiro, do curso de medicina veterinária, campus Uruguaiana. Ainda, na seção Observatório, de autoria dos pesquisadores Dana Acosta Rodrigues, Renan Ruiz Dias Alberto e João Antônio Pereira, do curso de Publicidade e Propaganda da Unipampa, compartilhamos o texto “Inventário” a solução para as burocracias no gerenciamento de cabanhas de cavalos crioulos.  A seção traz ainda a super contribuição da nossa colaboradora do Campus de Alegrete, a Prof.ª Amanda Meincke Melo, que também é acadêmica do Curso de Letras Português/Licenciatura EaD, e de Merlen Alves, acadêmica do Curso de Letras Português/Licenciatura EaD. Em Tramas Literárias, uma experiência de literatura on-line, elas contam um pouco sobre as ações que desenvolvem no programa de extensão TRAMAS, acrônimo para Tecnologia, Responsabilidade, Autoria, Movimento, Amorosidade e Sociedade, que tem por objetivo promover o respeito à multiplicidade das diferenças.

Artes e Cultura vem em dose dupla nesta edição. Temos o prazer de divulgar a arte de cordel de Silvio Nunes, o Arteiro, e a pintura de Seu Zé Darci. Os dois artistas falam de sua produção artística em vídeo, vale conferir. 

Na seção Alun@ destaque a trajetória compartilhada na edição é de Mariane Debus, discente do curso de Letras EAD, campus Itaqui. 

A reportagem que publicamos é uma contribuição da i4 Plataforma de Notícias – Agência Experimental do curso de jornalismo da Unipampa, campus São Borja. A reportagem, População do RS decresce com a pandemia de COVID19, aborda o fenômeno do decrescimento populacional no Rio Grande do Sul, de modo geral, e, em particular, na fronteira oeste, em decorrência da pandemia de Covid-19. Os dados mostram que no primeiro semestre de 2021 o estado registrou mais óbitos que nascimento. 

Na seção CiênciAção Mulher temos a contribuição das acadêmicas Elizandra Guarizi Pereira de Godoy,Mariane Larissa Lima Debus, do curso de Letras EAD Itaqui, e Maria Isabel Corrêa de Lima, do curso de Nutrição, que nos apresentam A Mulher de Sanchuri.

A equipe do CiênciAção deseja uma boa leitura a todos, todas e todes.

E se você quer colaborar com o CiênciAção envie um email para contatoeditores@gmail.com.

Versão  completa:  Edição completa

Tramas Literárias, uma experiência de literatura on-line

Merlen Alves – Acadêmica do Curso de Letras Português/Licenciatura EaD
Amanda Meincke Melo – Docente no Campus Alegrete e Acadêmica do Curso de Letras Português/Licenciatura EaD

O TRAMAS Literárias é uma ação que integra o programa de extensão TRAMAS, acrônimo para Tecnologia, Responsabilidade, Autoria, Movimento, Amorosidade e Sociedade, que tem por objetivo promover o respeito à multiplicidade das diferenças.

Realizado por discentes da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Diuli Bast Kuhn (Engenharia de Software), João Vitor Carvalho (Engenharia Mecânica) e Merlen Alves (Letras Português/Licenciatura) sob a supervisão da docente e coordenadora do TRAMAS, Amanda Meincke Melo, o projeto conta também com a parceria de autores e autoras locais, bem como, de pessoas que se dispõem a emprestar a voz e a ler um trecho de literatura.

Com base no objetivo do TRAMAS, os textos escolhidos para a leitura no projeto têm foco principal na literatura escrita por autores e autoras que promovam a reflexão sobre temas diversos. Aproveitamos a ação para propagar a escrita de mulheres, autores e autoras negras e indígenas e também dar visibilidade à Literatura Lusófona. 

Os textos, lidos e gravados, são publicados nas plataformas digitais SoundCloud, Spotify e na rede social Facebook. Priorizando a literatura como direito do ser humano e objeto de transformação, não apenas o áudio é publicado, mas também a escrita para que se torne uma literatura acessível e cumpra com o que Cândido (1989) nos diz

[…] a literatura tem sido um instrumento poderoso de instrução e educação, entrando nos currículos, sendo proposta a cada um como equipamento intelectual e afetivo. Os valores que a sociedade preconiza, ou os que considera prejudiciais, estão presentes nas diversas manifestações da ficção, da poesia e da ação dramática. A literatura confirma e nega, propõe e denuncia, apoia e combate, fornecendo a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas. (CANDIDO p. 113). 

Nesse sentido, as ações do TRAMAS Literárias buscam incentivar a leitura e propiciar que a sociedade tenha uma fagulha de transformação através da literatura, disponível em meios de comunicação mais acessíveis, pois sabemos que o acesso a obras literárias ainda tem um custo elevado para boa parte da população. 

A ação de extensão TRAMAS Literárias pode ser conferida e compartilhada pelos seguintes links:
Spotify: https://open.spotify.com/show/16waabWc99A4L7SIv6Cx87
SoundCloud: https://soundcloud.com/ammelobr
Facebook: https://www.facebook.com/tramasunipampa

Referência

CANDIDO, Antonio. Direitos Humanos e literatura. In: A.C.R. Fester (Org.) Direitos humanos E… Cjp / Ed. Brasiliense, 1989.

Versão do texto em .pdf: Tramas Literárias, uma experiência de literatura on-line

A minha boneca Sem Nome, do arteiro Silvio Nunes

O gaúcho e natural de Arroio Grande, Silvio Nunes é cordelista, professor e arteiro. Vive em Jaguarão e trabalha no campus da UNIPAMPA de lá.

Soltando de cara um cordel, nos conta no vídeo sobre sua infância, sobre os segredos de sua infância, sobre como rondaram sua vida e arte, como os enfrentou, contando um pouco de sua atual produção.

por Walker Douglas Pincerati

Versão do texto em .pdf: A minha boneca sem nome, do arteiro Silvio Nunes

Ricas Cores Vivas na Pintura Negra do Seu Zé Darci

Baile dos defuntos

Temos o prazer de apresentar José Darci Barros Gonçalves, nosso conhecido Seu Zé Darci. Na verdade, ele mesmo se apresenta no vídeo que temos a honra de aqui divulgar, contando um pouco de sua formação e de sua já vasta obra – de projeção internacional

Ele é um homem baixinho, sempre de óculos e que sempre tá pra lá e pra cá apresentando e falando do seu trabalho. Natural de Arroio Grande, no Rio Grande do Sul, pertinho da fronteira leste com o Uruguai, é lá onde encontramos Seu Zé Darci fazendo muita arte. Ele gosta muito de pintar as nossas histórias e a história do nosso povo. Artista negro que é, gosta de pintar telas com ricos e vivos detalhes.

João saudade
Fome zero

Convidamos todo mundo então para ver Seu Zé Darci falar no vídeo que ele mesmo gravou. Dê, também, uma olhada nas fotos das pinturas que ele mesmo mandou. Se ficar com mais curiosidade ainda, o siga nas redes sociais dele e dê uma olhadela em seu site: 

https://galeriavirtualzedarci.blogspot.com/

Seu Zé Darci pinta artes negras.

Baile dos defuntos
Teixeira Nunes e Lanceiros Negro cercados pelas tropas do Império

 

 

 

 

 

 

por Walker Douglas Pincerati.

 

 

 

 

 

 

 

 

Versão do texto em .pdf: Ricas Cores Vivas na Pintura Negra do seu Zé Darci

ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DOS CURSOS DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E ENGENHARIA DE SOFTWARE

Aline Vieira de Mello, coordenadora do projeto de pesquisa Egress@s
Docente da UNIPAMPA, campus Alegrete
E-mail: alinemello@unipampa.edu.br
Alice Fonseca Finger, co-coordenadora do projeto de pesquisa Egress@s
Docente da UNIPAMPA, campus Alegrete
alicefinger@unipampa.edu.br

Em 2019, o projeto de extensão Gurias na Computação realizou um encontro com as egressas dos cursos de Ciência da Computação e de Engenharia de Software, em que elas avaliaram seus cursos e contaram suas trajetórias, durante e após a graduação. Essa ação motivou a realização de um survey pesquisa em inglês   que incluiu questões nas dimensões sociodemográfica, formação acadêmica e atuação profissional. É um método  muito utilizado para coletar opiniões e características de um determinado grupo de pessoas

No período de fevereiro a abril, o questionário foi enviado aos egressos dos cursos desde sua criação até o primeiro semestre de 2019, o que representa uma população de 155 egressos. O survey obteve 98 respostas completas, representando uma amostra com nível de confiança igual a  95,0% e erro amostral de 6,0%.

Os resultados desse survey estão descritos em três artigos. O primeiro traz o recorte das respostas das egressas de ambos os cursos [FINGER, BORDIN e MELLO 2020]. O segundo traz as semelhanças e diferenças entre os perfis dos cursos Ciência da Computação (CC) e Engenharia de Software (ES) a partir da realidade dos egressos [MELLO, FINGER e BORDIN 2020]. O terceiro traz a percepção dos egressos da Engenharia de Software em relação ao seu curso [MELLO, BORDIN e FINGER 2020]. 

Adicionalmente, essa pesquisa motivou a criação do projeto de pesquisa Egress@s: coleta, disponibilização e visualização de dados que tem como objetivo analisar a trajetória dos egressos dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software da Unipampa. Dentre os principais resultados esperados deste projeto citam-se: promover a divulgação dos cursos de graduação em Computação do campus Alegrete; identificar os fatores associados à permanência e à conclusão dos cursos de Computação; identificar anomalias, padrões e correlações que permitam prever o comportamento dos egressos em função das escolhas e/ou desempenho durante a graduação; e desenvolver uma ferramenta para a coleta, disponibilização e visualização dos dados dos egressos. 

Como primeira ação do projeto, os dados sobre os egressos(as) estão sendo divulgados por meio de publicações semanais que são compartilhadas via e-mail, redes sociais e páginas institucionais dos cursos. Essas publicações têm o intuito de disseminar os resultados para a comunidade acadêmica e externa em um formato mais acessível do que os tradicionais. Exemplos das imagens que acompanham essas publicações são mostradas na Figura 1.

As próximas seções abordam os principais resultados publicados nos artigos e disseminado.

Perfil das egressas dos cursos CC e ES

O questionário foi enviado para todas as egressas dos cursos de Ciência da Computação (CC) e Engenharia de Software (ES), desde a criação dos cursos até o primeiro semestre de 2019, totalizando 25 egressas. Dessas, 16 responderam completamente o questionário, sendo 11 respostas de egressas graduadas em CC e 5 em ES. O número maior de respondentes do curso de CC é justificado porque esse curso foi criado 4 anos antes do curso de ES.

As egressas de CC necessitam em média 5,1 anos para integralizar o curso (Figura 2), a maioria não trabalhou e nem realizou estágio durante a graduação. Mais da metade (55%) foram bolsistas em projetos de ensino, pesquisa, extensão e/ou gestão. A maioria (73%) continuou a formação acadêmica, realizando mestrado e, entre essas, 62,5% foram bolsistas em algum projeto na graduação. A contribuição do curso de graduação na formação acadêmica foi considerada ótima ou excelente pela maioria (75%), sendo as disciplinas de Estrutura de Dados e Algoritmos as mais relevantes. Um pouco mais da metade das egressas (55%) afirmou ter recebido tratamento diferenciado em decorrência de gênero tanto de colegas quanto de professores durante a formação acadêmica.

Quanto à atuação profissional, mais da metade das egressas de CC (64%) informou ter tido alguma experiência profissional. A maioria (85%) trabalhou em até 2 instituições dos ramos de TI ou Educação, localizadas majoritariamente no Rio Grande do Sul. O salário médio atual dessas egressas é de R$ 4.714,00 (Figura 3). As disciplinas de Programação foram as mais relevantes para as suas atuações profissionais. Metade das egressas (50%) afirmou ter sofrido tratamento diferenciado em decorrência de gênero no mercado de trabalho.

Para integralizar o curso, as egressas de ES necessitam em média 6,2 anos (Figura 2) e a maioria não trabalhou durante a graduação. Em relação ao estágio, todas fizeram, visto que é obrigatório para a conclusão do curso, e a grande maioria realizou na mesma cidade do curso (Alegrete). Mais da metade (60%) fez especialização e, destas, 67% foi bolsista em projetos. A contribuição do curso na formação acadêmica dessas egressas foi considerada ótima pela maioria (67%), sendo as disciplinas específicas de ES consideradas as mais relevantes. Um número expressivo das egressas (80%) afirmou ter recebido tratamento diferenciado em decorrência de gênero tanto de colegas quanto de professores durante a formação acadêmica. 

Todas egressas de ES tiveram alguma atuação profissional (Figura 3), sendo que a maioria trabalhou em pelo menos 3 instituições da área, mais frequentemente no ramo de TI e localizadas no Rio Grande do Sul. O salário médio atual dessas egressas é de R $3.700,00. Foram destacadas as disciplinas de Análise de Software e Processos de Software como as mais relevantes para sua atuação profissional. Somente 40% das egressas afirmam ter recebido tratamento diferenciado no mercado de trabalho.

Semelhanças e diferenças entre os perfis dos cursos CC e ES

A Tabela 1 exibe o número de egressos por sexo, faixa etária, estado civil e número de filhos. Os respondentes, independente do curso, são majoritariamente do sexo masculino, possuem menos de 30 anos, são solteiros e não possuem filhos. Destaca-se que as mulheres representam somente 18,0% dos respondentes de CC e  13,6% do ES.

A Tabela 2 sintetiza os principais resultados, destacando as semelhanças e diferenças encontradas entre os perfis dos egressos de CC e ES. Observa-se que, em termos quantitativos, resultados com diferença de até 5,0% foram considerados similares.

Na dimensão pós-graduação, mais especificamente nos tipos especialização e mestrado, os egressos dos dois cursos possuem comportamentos similares: poucos procuram por especialização ou MBA (inferior a 17%) e mais da metade (55% em CC e 57% em ES) realizam mestrado. Quanto à área de pesquisa no mestrado, os egressos de cada curso tendem a realizar pesquisa na sua área de formação. No entanto, observa-se que um percentual significativo de egressos de ES (38%) pesquisam na área de CC. 

Em relação ao doutorado, embora o número de respondentes que informaram ter feito ou estar fazendo seja pequeno (inferior a 20%), a partir de uma análise mais detalhada verificou-se que 57% dos egressos de CC que já concluíram o mestrado optaram pelo doutorado. Já mais da metade dos egressos de ES (56%) que concluíram o mestrado foram para o mercado de trabalho. Nota-se que existe uma semelhança na área de pesquisa escolhida pelos egressos de ambos os cursos no doutorado. 

Ao analisar a dimensão atuação profissional, evidencia-se a diferença entre os perfis dos egressos. Destaca-se que em ambos os cursos a maioria dos egressos tem experiência no mercado de trabalho, porém nota-se um percentual maior entre os egressos de ES (94,6%). Além disso, a inserção no mercado de trabalho foi considerada mais fácil por egressos de ES do que CC, o que pode estar associado aos seguintes fatores: (1) rápida colocação; (2) realização de estágio obrigatório; e (3) adoção da metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) no currículo.  Em relação aos cargos, embora a maioria dos cargos ocupados pelos egressos sejam os mesmos, o percentual de ocupação pelos egressos de CC e ES possui diferenças. Sobre as remunerações, os egressos de CC tendem a receber salários mais elevados em comparação com os egressos de ES, desde a primeira atuação. 

Percepção dos egressos da ES em relação ao seu curso

O número de egressos do curso de ES corresponde a 52, sendo 43 do sexo masculino e 9 do sexo feminino. Deste total de egressos, 37 responderam completamente o questionário, sendo 32 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, resultando em um survey com nível de confiança de 95% e erro amostral de 8,74%.

Em relação ao nível de contribuição do curso na sua formação acadêmica (Figura 4a), 85,2% dos respondentes que realizaram algum tipo de pós-graduação (27) consideraram que o curso contribuiu de forma Excelente ou Ótima e 14,8\% consideraram que a contribuição foi Boa.

Em relação às disciplinas mais relevantes para a formação acadêmica (Figura 5a), mais da metade dos respondentes que realizaram algum tipo de pós-graduação (19) consideraram as disciplinas de Resolução de Problemas (RP) as mais relevantes. As disciplinas Programação Orientada a Objetos (POO) e Análise de Software (AS) foram citadas por 7 respondentes. Já as disciplinas Algoritmos e Programação (AP), Processo de Software (PS) e Modelagem e Projeto de Software (MPS) foram mencionadas por 6 respondentes.

Dos 37 respondentes, 26 consideraram fácil a sua inserção no mercado de trabalho (70,3%) e 11 difícil (29,7%). A inserção no mercado de trabalho foi comentada por 28 respondentes. Esses comentários foram categorizados em fatores facilitadores e dificultadores e estão descritos e comentados no artigo [MELLO, BORDIN e FINGER 2020].

Em relação ao nível de contribuição do curso na sua atuação profissional (Figura 4b), a grande maioria dos respondentes (78,1%) considera que o curso contribui de forma Excelente ou Ótima para sua atuação profissional. Já 18,8% considera que o curso possui um nível de contribuição Bom, enquanto 3,1% considera que o curso possui uma contribuição Regular.  

As disciplinas de Resolução de Problemas (RP) também foram consideradas as mais relevantes por mais da metade dos respondentes (20) que atuaram no mercado de trabalho (Figura 5b). As disciplinas de Programação Orientada a Objetos (POO), Processo de Software (PS) e Modelagem e Projeto de Banco de Dados (MPBD) foram consideradas importantes por 7 respondentes. Todas as disciplinas foram consideradas relevantes por 6 respondentes, mesmo número de respondentes que consideraram relevante a disciplina de Algoritmos e Programação (AP). A ampla maioria dos egressos (97,3%) indicou que recomendaria o curso.

Referências

FINGER, A. F. ; BORDIN, A. S. ; MELLO, A. V. Perfil das Egressas dos Cursos de Computação da UNIPAMPA: Uma Análise da Formação Acadêmica e da Atuação Profissional. In: Women in Technology Information, 2020, Cuiabá. ANAIS DO XIV WOMEN IN INFORMATION TECHNOLOGY. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2020. p. 100-109.

MELLO, A. V.; FINGER, A. F.; BORDIN, A. S. Ciência da Computação e Engenharia de Software: semelhanças e diferenças a partir da realidade dos egressos. In: Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 2020, Online. Anais do Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. Porto Alegre: Sociedade Brasileira da Computação, 2020. p. 1773-1782.

MELLO, A. V.; BORDIN, A. S.; FINGER, A. F. Graduates’ Perceptions of a Software Engineering Undergraduate Program: a view from postgraduation and industry. In: SBQS’20: 19th Brazilian Symposium on Software Quality, 2020, São Luís Brazil. 19th Brazilian Symposium on Software Quality. New York: ACM, 2020. p. 1-10.

Versão do texto em .pdf: ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DOS CURSOS DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E ENGENHARIA DE SOFTWARE

MÉTODO FAMACHA: UM RECURSO PARA O CONTROLE DE VERMINOSE EM OVINOS

Por Daliza Bruno Ribeiro
Acadêmica de Medicina Veterinária
dalizaribeiro.aluno@unipampa.edu.br

Muitos criadores de ovinos da região Sudeste do Brasil têm feito o uso de medicamentos antiparasitários, chegando a efetuar o tratamento em todo o rebanho. Porém, mesmo com a eliminação dos parasitas, pode ocorrer forte pressão seletiva e consequente sobrevivência dos vermes (Haemonchus contortus) resistentes ao medicamento.

Ovinos da raça Santa Inês e mestiços resultantes de seu cruzamento com raças de aptidão para carne vêm sendo criados, por serem animais mais rústicos e mais tolerantes às verminoses, conforme alerta Oliveira Sena (2007). Haemonchus contortus é um helminto, hematófago que fica no abomaso dos ovinos e se alimenta do sangue do parasito e que provoca anemia em um curto período de tempo no hospedeiro definitivo. 

Por isso, a Famacha surge como um método importante para o controle de Haemonchus contortus atuando na redução do número de tratamentos aplicados e a resistência a anti-helmínticos. Oliveira (2002, p.03) diz que: “ É um método de tratamento seletivo, ou seja, objetiva vermifugar somente os animais do rebanho que apresentam anemia, facilmente visualizada na mucosa ocular dos ovinos”.

A Embrapa Pecuária Sudeste possui um rebanho ovino composto por matrizes sem raça definida. De outubro de 2006 a setembro de 2007, foram realizadas coletas mensais de fezes para a execução da contagem de ovos por grama de fezes (OPG − Ueno; Gonçalves, 1998) e da coprocultura (Roberts;  O’Sullivan, 1950).

Os animais incluindo matrizes e cordeiros foram observados quanto à coloração da conjuntiva ocular utilizando a Famacha, ou seja, comparando-a com as cores do cartão.

Relação do grau Famacha com a coloração da conjuntiva ocular e hematócrito, orientando ou não o tratamento.

Sendo os graus 1 e 2 dos animais com coloração bem vermelha, ou seja, praticamente sem traços de anemia. O grau 3 é indicativo para vermifugação. Nos graus 4 e 5, a vermifugação é imprescindível, pois a mucosa apresenta palidez intensa, além do fato de que no grau 5 é indicado que o animal receba suplementação alimentar.

O método Famacha parece ser uma excelente alternativa em qualquer propriedade de criação de ovinocultura. Independente da região, pode ser utilizado em qualquer idade e categoria animal. É um teste fácil de ser realizado, basta o responsável técnico obter uma boa experiência. Também, é um método que permite a economia por não precisar vermifugar todo o rebanho de ovinos, mas sim os que precisam ser vermifugados, com isso, irá retardar o aparecimento de resistência parasitária aos antiparasitários e, posteriormente, irá ajudar na eficiência no controle de verminose do rebanho.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA. S. C. M. et. al;. Método Famacha: Um recurso para o controle da verminose em ovinos. Circular Técnica 52. Embrapa. São Carlos, SP. Dezembro de 2007. 

ROBERTS, F. H. S.; O’SULLIVAN, J. P. Methods for egg counts and larval cultures for strongyles infesting the gastrointestinal tract of cattle. Australian Agriculture Records, v. 1, p. 99-102, 1950.

UENO, H.; GONÇALVES, P. C. Manual para diagnóstico de helmintoses de ruminantes. 4ª ed. Tokyo: Japan International Cooperation Agency, 1998. 143 p.

Versão do texto em .pdf: MÉTODO FAMACHA: UM RECURSO PARA O CONTROLE DE VERMINOSE EM OVINOS

PANDEMIA DE COVID19 PROVOCA QUEDA NA POPULAÇÃO DO RS*

Por Manuel Marques de Oliveira Neto e
Dionatan dos Santos Farias

Além das mais de 250 mortes causadas pela Covid-19 em São Borja, a pandemia afeta de forma inédita a demografia do município e de todo estado, com mais mortes do que nascimentos sendo registrados durante o primeiro semestre de 2021. É o que demonstram os dados do Portal da Transparência do Registro Civil, site mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN) que disponibiliza informações e estatísticas sobre nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos cartórios do país. Em São Borja, foram 444 mortes e 378 nascimentos de janeiro até o fim de junho. 

Tais números ajudam a ilustrar o quanto a chegada da pandemia contribui para o aumento da mortalidade. Comparando os mesmos períodos (os primeiros seis meses) de 2020 e 2021, nota-se um aumento de 48% nas mortes. Já os nascimentos no primeiro semestre de 2020 tiveram uma queda de 5,7% em 2021. Durante todo o ano de 2019, foram 523 mortes, mantendo-se praticamente o mesmo número em 2020, quando foram registrados 526 óbitos.

A cidade segue uma tendência observada em todo o estado. No total, o Rio Grande do Sul registrou 66.824 mortes e 65.932 nascimentos no primeiro semestre deste ano. Outras cidades da Fronteira Oeste também registraram mais mortes que nascimentos até o momento.

Esta queda na natalidade ocorre após anos de crescimento populacional. Mesmo com a desaceleração nos nascimentos, ocasionados pela mudança social, econômica e cultural que a urbanização trouxe para o país, o IBGE calcula um decrescimento da população brasileira, isto é, quando os níveis de morte e de nascimento passam a ser iguais, o que só deveria ocorrer por volta de 2050. No áudio abaixo, José Eustáquio Diniz, doutor em demografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que a pandemia entrou no caminho, fazendo com que essa curva histórica mudasse. Segundo Diniz, esse crescimento súbito de mortes ocasionado pela pandemia não vai se manter. Com a vacinação em andamento e o fim das restrições mais severas contra a Covid-19, as taxas de natalidade voltarão a superar a de mortalidade, mantendo assim a tendência histórica e decrescimento populacional somente para 2050. Mas o impacto causado pela pandemia no sul demonstra tendências e particularidades do Estado e de sua população que contribuíram para este cenário inédito e valem a pena ser conhecidas.

POR QUE OS GAÚCHOS FORAM TÃO AFETADOS?

No pico da pandemia no estado, em março de 2021, o Rio Grande do Sul registrou pela primeira vez mais mortes do que nascimentos em um mês, antecipando o que viria a ocorrer em outras regiões do país. O fato do estado ser o primeiro a atingir tais números pode ser explicado pelas características demográficas do povo gaúcho. Com a população mais envelhecida do país, o IBGE estima que quase 18% dos rio-grandenses têm mais de 60 anos de idade. Como se sabe, os idosos constituem grupo de risco, sendo mais vulneráveis a Covid-19.

Segundo outras estimativas do IBGE, o índice de envelhecimento (IE) no Sul, que mede a relação entre a população idosa (60 anos ou mais) e a população jovem (de 0 a 14 anos), é o mais elevado do país. As projeções calculam que, em 2020, o estado alcançou 103,3 idosos para cada 100 jovens. Um IE acima de 100 significa uma população envelhecida. Além disso, todas as cidades com o índice de envelhecimento mais alto do Brasil estão no Rio Grande do Sul

José Diniz explica que o envelhecimento também traz consigo o fim do período reprodutivo para as mulheres – que geralmente vai dos 15 aos 49 anos -, fazendo com que os nascimentos simplesmente não aconteçam. Mesmo antes da pandemia as taxas de fecundidade no estado estavam abaixo do nível de reposição. A taxa de fecundidade estima o número médio de filhos de uma mulher em seu período reprodutivo. O nível de reposição, hoje em 2,1 filhos, é o necessário para que uma população permaneça do mesmo tamanho; acima de 2,1 a população aumenta, abaixo desta média a população começa a diminuir. Atualmente, a taxa de fecundidade do Rio Grande do Sul é de 1,7.

O demógrafo também ressalta que novos fatores sanitários e econômicos causados pela pandemia influenciam na baixa natalidade vista neste primeiro semestre de 2021. De acordo com Diniz, o medo de contrair Coronavírus e a insegurança econômica que a pandemia trouxe, podem ter influenciado muitos casais a adiarem uma possível gravidez.

IMPACTO EM SÃO BORJA

Apesar dos nascimentos e mortes tenderem a retornar aos patamares pré-pandêmicos e seguirem as previsões históricas, Diniz alerta que em uma cidade como São Borja o envelhecimento e decrescimento populacional podem ser antecipados. Isso porque o município já teve uma queda populacional desde o último censo. Segundo o IBGE, estima-se que de 61.671 habitantes em 2010, agora são cerca de 60.019.

Além do envelhecimento pelo qual já passam, cidades pequenas da fronteira, como São Borja, perdem muito de sua população jovem, que emigra em busca de melhores oportunidades econômicas em outros lugares, realidade que condiz com a queda populacional estimada. Nestas condições, o impacto da pandemia no município pode ser uma população em declínio mais acelerado que o esperado: “se a mortalidade aumenta e a natalidade diminui a população vai diminuir, no caso de São Borja já estava diminuindo antes da pandemia, com a pandemia vai diminuir mais ainda, esse é o efeito a longo prazo”, esclarece o demógrafo. Porém adiciona que reflexos econômicos e sociais são mais complexos e não podem ser previstos ainda.

Fontes consultadas:

IBGE:

Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação

Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação IBGE cidades

Portal R7:

Estados do sul e sudeste têm as maiores proporções de idosos

Revista Veja: 

Déficit de bebês: o declive nos índices de natalidade em tempo de pandemia

Atlas socioeconômico do RS 

Crescimento populacional

Atlas socioeconômico do RS

Pirâmides etárias e envelhecimento da população 

Portal do envelhecimento:

As cidades mais envelhecidas do Brasil

Publicado originalmente nas mídias sociais da i4 Plataforma de Notícias. Para esta edição do CiênciAção foram feitas pequenas adaptações.  

A i4 Plataforma de Notícias é a Agência Experimental do curso de Jornalismo da Unipampa e é um projeto de ensino, em funcionamento no campus São Borja.

Versão do texto em .pdf: PANDEMIA DE COVID19 PROVOCA QUEDA NA POPULAÇÃO DO RS*

A mulher de Sanchuri

Sabemos da importância das mulheres para a família, para a sociedade e para o trabalho. Contudo, aqui vimos expressar sobre a realidade das mulheres da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, mais precisamente as mulheres do campo. Aquelas que criam seus filhos em meio às dificuldades, aquelas que moram nos mais longínquos rincões, que acordam cedo sempre até mesmo nos dias de geada fria de inverno, aquelas que na beira do asfalto esperam o ônibus “pinga-pinga” para irem até a cidade fazer compras, aquelas que andam a cavalo, as que carpem e preparam a horta, as que varrem o terreiro com vassoura de guanxuma, as que tiram água do poço, as que pescam na beira do açude, as que colhem macela na sexta-feira santa, as que nas noites de lua temem a “mãe do ouro” (bola de fogo que aparece nos campos segundo as crendices e relatos populares), as que benzem de quebranto, as que cuidam e alimentam os animais, as que comem bergamota no sol, as que, em roda do fogão a lenha, tomam chimarrão para espantar o frio, as que, com os rostos empoeirados nos bretes das lavouras, apreciam a natureza, as que olham as coxilhas e o revoar das perdizes.

Além disso, essas mulheres cuidam dos filhos, da casa e do marido, mesmo eles trabalhando de granja em granja na labuta constante. E ressaltamos aqui que, durante essa pandemia, elas enfrentaram os desafios de reaprender para poder auxiliar os filhos, algumas  buscaram o auxílio emergencial e, ao o receberem, fizeram o milagre da multiplicação, sim! Essas mulheres fazem milagres e se reinventam na cozinha para garantir o almoço de sua família! Elas enfrentam as agruras que a fronteira traz consigo, as características e a distância  própria da região.  O município de Uruguaiana na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul é uma referência dessa fala, na localidade do 5º distrito Barragem Sanchuri, que fica em torno de 40 Km do centro da cidade, há um público atendido pelo Centro de Referência de Assistência Social, um grupo formado na sua maioria por mães que buscam por meio da garantia de direitos o auxílio para essa tarefa de GARANTIR DIGNIDADE A ELAS E AOS FILHOS E AOS OUTROS.

Em meio a isso, direcionamos o olhar para o que podemos fazer mais, e pensamos que primeiramente devemos buscar a aproximação das comunidades rurais e junto a essas mulheres elaborarmos rodas de conversa e grupos de apoio, pois, durante a lida, sempre que se pode fazer um intervalo, deixar um espaço para a fala e abrir um momento para o registro dessa experiência que para outros é tão desconhecida. Ser mulher, isolada pela distância, equilibrar orçamento doméstico, cuidar das tarefas de escola, adquirir renda extra com a venda de produtos da criação e pequena produção de horti, e a confecção de doces da agricultura familiar deve e merece ter o seu reconhecimento. Com certeza, essas mulheres têm muito a nos ensinar, mesmo elas não dispondo de muita instrução e recursos tecnológicos são mulheres valorosas que têm muito a nos dizer com a sabedoria campeira e merecem nosso respeito e admiração.

A poesia abaixo é de uma mulher fronteiriça da cidade de Itaqui, acadêmica do curso de Nutrição, e deixamos como provocação para que busquemos esses talentos também em lugares onde é difícil chegar.

Mulher gaúcha e fronteiriça

Mulher gaúcha que por vezes muitas
seus feitos heroicos nunca foram contados
porque o machismo que impera é muito
e pra mulher tudo é limitado

Mas nos relatos dos historiadores
só a Anita é sempre lembrada
esquecem-se dos tempos passados
em que Manuela era empoderada

Porque na guerra os homens eram os fortes
sua bravura era a força do braço
mas em suas casas suas mulheres eram as valentes
eram seu refúgio em meio ao cansaço


As ideias firmes vinham da cozinha
saíam das mentes que usavam vestidos
que eram repassadas em meio as carícias
que suas esposas davam aos seus maridos
Depois as medalhas e todas as honrarias
eram dadas aos homens sem nem explicar
a batalha vencida por calças e espadas
a mulher que era a sábia esperava no lar
Na fronteira se vê de longe
O olhar corre nos campos
da mulher raíz da terra
com a rudez e o encanto
pele morena do sol
mãos firmes e sorriso franco


São elas mistura feita
brasileira e castelhana
cruzadas também com índios
formaram a raça a pampeana
outras de origem europeia
com os olhos verdes de mar
e as negras sorriso largo
beleza espetacular
todas se arrinconaram
na fronteira acolhedora
pra construir seu lar

Os tempos mudaram somente em palavras
porque as conquistas ainda não são contadas
os homens mais ricos e poderosos da terra
buscaram na mulher pra guiar sua estrada.

Elizandra Guarizi Pereira de Godoy (Acadêmica do 8º semestre de Letras), Maria Isabel Corrêa de Lima (Acadêmica do 4º semestre de Nutrição) e Mariane Larissa Lima Debus (Acadêmica do 8º semestre de Letras).

Versão do texto em .pdf: A Mulher de Sanchuri

“Inventário” a solução para as burocracias no gerenciamento de Cabanhas de cavalos crioulos

Por Dana Acosta Rodrigues¹, Renan Ruiz Dias Alberto², João Antônio Pereira³ 

“Inventário” é um aplicativo que surgiu para resolver questões burocráticas no gerenciamento de cavalos crioulos. 

Tags: gestão,  publicidade, aplicativo, cavalo crioulo, meio rural. 

O app “Inventário”

Uma das novidades que veio para ficar no mercado de tecnologia são os aplicativos. A inovação tecnológica é um processo de concepção ou de agregação de novas funcionalidades ou características de um produto ou de um método de produção. Ela causa impacto na vida de seus usuários e provoca transformações na vida e no trabalho. Não se trata simplesmente de lançar um “novo produto”, mas de envolver o ser humano na concepção teórica e no desenvolvimento tecnológico dessa solução, propondo, testando, construindo e ajustando. 

É preciso, no entanto, agregar à proposição de uma tecnologia inovadora, o compromisso e apoio institucional para implementação do produto. Essa é a proposta do aplicativo “Inventário” criado para acabar com as questões burocráticas que acabam se tornando dores de cabeça para o proprietário de cavalos crioulos e que levam, muitas vezes, alguns dias para serem resolvidas. O aplicativo poupa tempo e agiliza informações que se perdem com o tempo. O “Inventário” surge para suprir brechas encontradas no site da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos – ABCCC – e não para ocupar o lugar do site.  

Como o trabalho foi desenvolvido

Para construir o aplicativo, foi feita uma pesquisa bibliográfica que se caracteriza pelo levantamento de artigos, documentos, sites e livros, assim, foi realizado um mapeamento na plataforma Google e em alguns sites como o da ABCCC. Além disso, realizamos entrevistas com especialistas que atuam nas propriedades de Cabanhas em que os mesmos, através de seu entendimento e anos de trabalho na área, somaram ainda mais para o desenvolvimento do aplicativo.
Com o surgimento dos Cavalos Crioulos no Rio Grande do Sul, foi criado por fazendeiros e estancieiros, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, em 1932, na cidade de Bagé. E foi, no ano de 1935, que foi feito o registro da marca pela Associação do Registro Genealógico Sul Riograndense, o que tornou a entidade independente e com o próprio registro. Segundo o site, a Associação é reconhecida como uma das maiores referências entre as entidades de raças no país. Responsável por mais de 300 mil exemplares em todo o território brasileiro, além de relacionar mais de 40 mil criadores, proprietários e usuários e certificar mais de 800 eventos por ano.

Figura 1 – Logo da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos

Fonte: site ABCCC

O site da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos existe há mais de 18 anos. Foi criado para aproximar os criadores a ter um vínculo direto com os setores  financeiro, comunicação e marketing e eventos.
Na plataforma, cada criador tem um email e senha para ter acessos aos seus animais da própria fazenda, é possível encontrar afixos, notícias, leilões, formulários, fotos das exposições, valores de cada serviço que precisa ser feito pela (ABCCC) e também podemos encontrar a parte de como se tornar um sócio na raça crioula.

Figura 2 – Institucional da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos


Por que usar o Inventário App ?

 

O aplicativo é prático e é uma maneira para preservar o meio ambiente também, com a diminuição do papel e uma forma mais prática para procurar algum documento. Além de ficar tudo em um único lugar permite acesso rápido para encontrar o que se precisa sem muito esforço e mais agilidade.
“Inventário” app para celulares e tablets é um aplicativo que fornece  ao proprietário informações sobre seus animais como: fotos, vídeos, documentos, animais confirmados, não confirmados, eventos realizados, animais que foram vendidos ou comprados, últimas notícias, veterinários e demais informações que contassem um pouco da trajetória do animal dentro da cabanha, facilitando assim um levantamento mais prático e rápido quando necessário.


Mais vantagens 

Cada dia mais, percebe-se a necessidade de os empreendedores do meio rural voltarem seus olhos para as demandas do mercado, os acontecimentos que afetam direta ou indiretamente seus negócios e com isso investirem na gestão do empreendimento como forma de estratégia de sobrevivência na atividade. Para tanto, o planejamento da produção deve ser adotado, bem como as ferramentas voltadas para as áreas financeira, de marketing e comercialização. Essas ferramentas contribuem sobremaneira no processo de tomada de decisões em seus respectivos negócios. Além disso, o conhecimento contribui também na redução das incertezas inerentes à atividade

Figura 3 – Ideia Logo do Aplicativo

A proposta inicial do o app “Inventário” é para sanar algumas dificuldades encontradas pelo produtor/criador, acabando com as questões burocráticas que, muitas vezes, levam dias para serem resolvidas. poupa tempo e agiliza informações que se perdem com o tempo.
A criação do app “Inventário” vem para somar e solucionar os apuros que são encontrados pela própria Associação Brasileiras de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), acreditamos que com mais de 40 mil criadores do Cavalo Crioulo espalhados pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai a plataforma seja reconhecida e aprovada pelos crioulistas que estão sempre pensando em uma forma de inovar os seus serviços em suas respectivas Cabanhas.

O aplicativo encontra-se em fase experimental e, por isso, passa por testes e poderá sofrer alterações. O mesmo passará por teste de usabilidade e método utilizado para descobrir se está pronto para uso e para lançamento no mercado. Consistindo na validação do protótipo com os usuários, criando assim, um vínculo com o mesmo, desfrutando de todos as features – características – criadas para a sua aplicação antes mesmo dele estar disponível para ser baixado pelo sistema  IOS e Android o que possibilita que o cliente faça parte da evolução do produto e. consequentemente, fidelizando com o mesmo.

Inovação sustentável

O aplicativo é uma proposta inovadora. Além de ser muito prático seria uma das formas de preservar o meio ambiente também. Com a diminuição do papel, é  uma forma mais prática para arquivar informações e acessá-las sem muito esforço e com mais agilidade. 

Referências 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALOS CRIOULOS (SITE ABCCC). Disponível em: <https://www.cavalocrioulo.org.br/institucional/historia > acesso em 5 de dezembro de 2020.


Sugestões de leituras

ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. São Paulo: Atlas, 2003. 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALOS CRIOULOS (SITE ABCCC). ABCCC Comemora 81 anos. Disponível em:<https://www.cavalocrioulo.org.br/noticias/detalhes/129332/abccc-comemora-81-anos> acesso em 7 de dezembro de 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALOS CRIOULOS. VALORES (SITE ABCCC). Disponível em: <https://www.cavalocrioulo.org.br/institucional/valores> Acesso em 9 de dezembro de 2020.

ATINA EDUCAÇÃO (site). Como funciona uma proposta inovadora de educação? Disponível em:<https://www.atinaedu.com.br/como-funciona-uma-proposta-inovadora-de-educacao/ > acesso em 01 de dezembro de 2020.

BACCI, C. TECNOLOGIA, GESTÃO E NOTÍCIAS SOBRE O AGRONEGÓCIO. Blog Globo Rural: os benefícios das novas tecnologias no campo são destaques na edição deste mês. Disponível em: <https://agrosmart.com.br/blog/globo-rural-os-beneficios-das-novas-tecnologias-no-campo-sao-destaques-na-edicao-deste-mes/> acesso em: 30 de novembro de 2020

CANAL RURAL. Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos tem nova diretoria. Disponível em: <https://www.canalrural.com.br/noticias/associacao-brasileira-dos-criadores-cavalos-crioulos-tem-nova-diretoria-50122/ > Acesso em 8 de dezembro de 2020.

CARRETEIRO, Ronald. Inovação Tecnológica: como garantir a modernidade do negócio. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009.

CONTEÚDO CAVALO CRIOULO. Seja Sócio. Disponível em: <https://conteudo.cavalocrioulo.org.br/seja-socio > Acesso em 10 de dezembro de 2020

SAES, D. X. Gestão da inovação e tecnologia. Maringá – PR, 2012.

YOUTUBE. A fama do cavalo crioulo percorre o Brasil. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wa86dgXt1HM /> Acesso em 9 de dezembro de 2020


Biografia

Dana Acosta Rodrigues¹
Uruguaiana – Rio Grande do Sul
Discente de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA
Campus São Borja
dana_acostar@hotmail.com

Renan Ruiz Dias Alberto²
Uruguaiana – Rio Grande do Sul
Discente de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA
Campus São Borja
renan-dias22@hotmail.com

João Antônio Gomes Pereira³ – Orientador correspondente
Doutorando em Administração pela Universidade de São Paulo,
Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina
Graduado em Comunicação Social Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Santa Maria.
E-mail: joaoantonio@unipampa.edu.br

Versão do texto em .pdf: “Inventário” a solução para as burocracias no gerenciamento de Cabanhas de cavalos crioulos

ALUN@ DESTAQUE

Olá, sou a Mariane Larissa Lima Debus, tenho 29 anos, sou natural de Santiago – RS, mas resido atualmente em Itaqui-RS. Estou cursando o 8º semestre de Letras – EAD/UAB da Unipampa.

Ter a oportunidade de ingressar na Unipampa foi de grande valia, porquanto, acredito nas políticas sociais, na Universidade pública, gratuita e de qualidade, no acesso à educação, na consolidação do princípio da dignidade da pessoa humana, nos direitos fundamentais os quais temos garantidos pela nossa Magna Carta, no processo de acolhimento e humanização. Sem nenhum resquício de dúvidas, a universidade federal foi uma porta aberta para o meu desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional.

O curso de Letras me possibilitou participar e me engajar em vários Projetos, tais como: Projeto Ensino de Monitoria em Língua Portuguesa, no qual fui orientada pela Prof.ª Dr.ª Cristina dos Santos Lovato; o Projeto de Ensino Orientações para o Trabalho de Conclusão de Curso, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Denise Aparecida Moser, o Projeto de Extensão do Centro de Línguas 4ª edição, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Denise Aparecida Moser, e o Projeto de Pesquisa Distúrbios da Linguagem e o Ensino da Língua também coordenado pela Prof.ª Dr.ª Denise Aparecida Moser. Além disso, participei ativamente da Comissão Organizadora da Semana Acadêmica do curso de Letras. Já publiquei aqui no CiênciAção: Observatório Interdisciplinar de Divulgação Científica e Cultural  e no Junipampa: Jornal Universitário do Pampa, realizei cursos de extensão universitária e participei como ouvinte de diversos seminários com viés de fomentar a pesquisa e agregar conhecimento.

Por fim, expresso minha imensa gratidão por poder fazer parte da Unipampa e por todas as pessoas que acreditaram em mim e nas amizades que construí, durante esse período em virtude da graduação, as quais com certeza são da faculdade pra vida e, em especial, as minhas colegas e amigas: Elizandra Guarizi de Godoy e Letiane Soares Kruger.

Versão do texto em .pdf: Alun@ Destaque