CiênciAção – Observatório Interdisciplinar de Divulgação Científica e Cultural | Só mais um site Sites da Unipampa | Página: 2

A vida secreta das árvores: O que elas sentem e como se comunicam

Por Gustavo de Souza Pinto

E se você descobrisse que as árvores vivem em sociedade, ajudam umas às outras, se comunicam e até mesmo educam as mais jovens. Isso faria você mudar o modo como enxerga uma árvore ou até mesmo uma floresta?

Essa é a experiência que Peter Wohlleben, engenheiro florestal alemão e autor do best-seller “A vida secreta das árvores”, compartilha com o leitor através de suas experiências pessoais e estudos que surgiram ao longo dos anos, que mudaram a maneira como ele via as árvores. Ele deixou de concebê-las apenas como um produto ou parte de uma paisagem, tendo mais empatia e enxergando-as realmente como seres vivos.

“A vida secreta das árvores” é um livro de 2015 e com mais de um milhão de cópias vendidas, recomendado para todas as pessoas, não só estudantes da área ambiental. Se você é uma pessoa que adora caminhadas em parques ou até mesmo tem uma árvore em casa, esse livro fará você se aproximar muito mais da natureza, conhecer um mundo oculto e perceber que as plantas e as árvores são seres tão vivos quanto animais e insetos. 

Peter Wohlleben é um engenheiro florestal e divulgador científico, autor de obras populares sobre ecologia, muitas delas estão na lista das mais vendidas no New York Times. Caso se interesse pela obra, ela está disponível nos principais sites de vendas de livros on-line, seu preço é acessível assim como sua linguagem.

Gustavo Pinto tem 20 anos e é discente do 7º semestre do Curso de Bacharelado em Engenharia Florestal da Unipampa, campus São Gabriel. Contato:gustavodesouzap3@gmail.com

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Estudantes da equipe CiênciAção apresentam trabalho

Pro Murillo Matos Marques, Thaís Nogueira dos Santos Borges, Jackson Iuri dos Reis, Bruna Ramires Bettim, Luiza de Brito Marques e Cristina dos Santos Lovato

A seguir, você confere na íntegra o resumo e o vídeo da pesquisa realizada pelos estudantes que fazem parte da equipe do projeto CiênciAção. O trabalho foi apresentado na 13ª edição do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe), da Universidade Federal do Pampa.

CIÊNCIAÇÃO: A INSERÇÃO POLÍTICA DOS CIDADÃOS NA TOMADA DE DECISÕES PÚBLICAS SOBRE CIÊNCIA

Murillo Matos Marques, discente do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologias, Universidade Federal do Pampa, Campus Itaqui

Thaís Nogueira dos Santos Borges, discente do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologias, Universidade Federal do Pampa, Campus Itaqui

Jackson Iuri dos Reis, discente do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologias, Campus Itaqui

Bruna Ramires Bettim, discente de Publicidade e Propaganda, Universidade Federal do Pampa, Campus São Borja

Luiza de Brito Marques, discente de Biotecnologia, Universidade Federal do Pampa, Campus São Gabriel

Cristina dos Santos Lovato, docente do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologias, Universidade Federal do Pampa, campus Itaqui

e-mail primeiro autor – murillomatos.aluno@unipampa.edu.br

 

A pandemia de coronavírus (Covid-19) serviu de alerta para demonstrar a necessidade de informar a sociedade sobre a natureza da atividade científica e sua importância para a sociedade. Tanto que a ciência figurou como a única possibilidade de enfrentamento do caos econômico e da crise sanitária instaurada nos últimos dois anos. A compreensão da natureza da atividade científica e da pesquisa é tema de debate em várias áreas de conhecimento. A divulgação científica, enquanto um dos eixos da comunicação da ciência, cumpre a função de informar, em uma linguagem acessível por meio da utilização de um conjunto de recursos linguísticos, a sociedade no geral sobre Ciência e Tecnologia (C&T) de modo a inseri-las no cotidiano da população. À vista disso, o projeto CiênciAção: Observatório Interdisciplinar de Divulgação Científica e Cultural, desenvolvido na Unipampa, no campus Itaqui, é uma mídia on-line cujo objetivo é contribuir para a compreensão pública da ciência através da publicação de textos sobre projetos de pesquisa, ensino e extensão desenvolvidos nos dez campi da instituição. A equipe do projeto é constituída por acadêmicos do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do campus de Itaqui, Publicidade e Propaganda do campus São Borja e Biotecnologia do campus São Gabriel, bem como docentes e técnicos da Unipampa e colaboradores externos. Este trabalho corresponde à primeira etapa de uma pesquisa mais ampla. Aqui apresentamos os dados coletados a partir de um formulário elaborado na plataforma Google forms e enviado por e-mail aos servidores e discentes da Unipampa e que ficou aberto por vinte e quatro horas. Os procedimentos metodológicos fundamentaram-se na pesquisa participativa. Supõe-se que esse tipo de metodologia possibilite a interação entre os sujeitos participantes da pesquisa em todas as atividades educativas propostas (GIL, 2002).  O formulário foi composto pelas seguintes questões: 1) Você conhece o CiênciAção, 2) Por qual mídia digital você conheceu o CiênciAção?, 3)Você acha importante divulgar as ações de pesquisa e ensino da UNIPAMPA, 4)Com que frequência você tem acesso a textos científicos, além do CiênciAção? e 5)Qual sua opinião sobre o site do CiênciAção? Obtivemos 30 respostas. Quanto à questão Você conhece o CiênciAção? 56,7% responderam que sim, e 40%, que não conhecem. Para a questão Por qual mídia digital você conheceu o CiênciAção?, 40% responderam que conheceram o projeto  partir do e-mail institucional, 20% pelo Instagram,  16% a partir do Facebook, 8% pelo Site do Observatório, 4% participando do projeto, 4% a partir de docentes e 4% pelo formulário de pesquisa enviado via WhatsApp. Em relação à questão Você acha importante divulgar as ações de pesquisa e ensino da UNIPAMPA?, recebemos 30 respostas totalizando 100%. Para a questão, com que frequência você tem acesso a textos científicos, além do CienciAção? Foram recebidas três respostas na escala 1 (10%), seis respostas na escala 2 (20%), nove respostas na escala 3 (30%), cinco na escala 4 (16,7%) e sete na escala 5 (23,3%). Na questão que perguntava a opinião da comunidade acadêmica sobre o projeto, a maioria respondeu que o projeto desempenha um papel muito importante na instituição para que a população tenha conhecimento sobre o que é produzido e conheça o quanto a universidade está presente em nosso entorno. Os resultados coletados até o momento sugerem que a comunidade acadêmica percebe a necessidade de promover uma compreensão pública da ciência para torná-la uma ferramenta política para que o cidadão possa exercer seus direitos, bem como desenvolver uma percepção pública da ciência de modo a adquirir um conjunto de atitudes em relação C&T que possam ser observadas nas suas intenções e atitudes comportamentais em seu dia a dia. Essas habilidades permitem ao indivíduo acessar o conhecimento C&T e, ao ter senso de posse desse conhecimento, explorar suas ramificações com entendimento sobre a natureza e o funcionamento da ciência. 

Palavras-chave: Divulgação Científica; Mídia On-line; Percepção pública da ciência. 

Para acessar a apresentação, basta clicar no link: https://youtu.be/N8GDsc-B9N0

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CiênciAção Mulheres

Por Equipe CiênciAção Mulheres

Em outubro de 2021 foi publicado o livro digital Gênero, sexualidade e diversidade: perspectivas interdisciplinares 2. Tendo como autoras do capítulo 3 a coordenadora do grupo Momento dElas, Cristina dos Santos Lovato e as integrantes do grupo Vanessa Salaibe Motta, Nathálie Debus Borges e Nitielle Floriano Dias.

O capítulo intitulado de Simone de Beauvoir e Judith Butler: Encontros e Desencontros parte de uma análise centrada em duas obras consideradas referência para a crítica feminista em diferentes épocas O segundo sexo e Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Busca demonstrar que apesar das divergências e contrapontos entre as teorias desenvolvidas pelas filósofas acerca de conceitos de gênero, mulher e feminismo, há um ponto em comum entre elas: a imensa relevância do feminismo enquanto ação política destacada nas obras.

Sendo o feminismo um campo de estudo e de ação que está sempre se reconstruindo e se reestruturando de acordo com as demandas culturais do contexto histórico, ambas as teorias ocupam papel importante na construção e no direcionamento de um movimento social, político e teórico correspondente que atenda as pautas necessárias.  

Link do livro: https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/6054

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Meu trabalho nota 10

Por Gustavo de Souza Pinto

A influência de uma universidade nas cidades onde está lotada pode ocorrer de várias formas, direta ou indiretamente. Uma das principais formas desta influência é na transmissão dos conhecimentos adquiridos para os habitantes da cidade. Dividir os aprendizados que talvez seriam aproveitados só para a comunidade acadêmica, direcionados para escolas, feiras e comunidades é uma das maneiras de retribuir para a sociedade o investimento que é feito para o ensino superior, mesmo que pouco, vindo de seus impostos.

Foi nessa perspectiva que surgiu o projeto Produção de mudas, em que utilizando um viveiro de mudas arbóreas disponibilizado pela Unipampa, foi possível repassar os aprendizados adquiridos, durante as aulas, para os mais diferentes tipos de públicos das mais diversas idades, escolaridade e situações financeiras. As mudas utilizadas no projeto, um total de mais de 2000 mudas, tiveram origem de parcerias com a prefeitura de São Gabriel, cidade onde está localizado o campus deste projeto, e a EMATER-ASCAR, em retribuição era reunido um time de alunos voluntários que plantavam as mudas em escolas e comunidades, junto a isso era realizado explicações sobre a importância das árvores, como fazer a sua manutenção e o comportamento de cada árvore plantada no local.

Além do projeto ir às pessoas, até o ano de 2019 foram realizadas diversas visitas de estudantes das mais diversas faixas etárias, desde ensino médio até mesmo a cursos técnicos, onde nestas visitas o projeto de produção de mudas, em colaboração com muitos outros projetos desenvolvidos no campus, realizou gincanas, palestras, visitas ao viveiro e diversas outras atividades voltadas à educação ambiental abordando assuntos tais como: 1. como as árvores podem se reproduzir, 2. como os animais podem ser responsáveis por espalhar as sementes dessas árvores, 3. a importância das árvores para as outras plantas e 3. muitos outros tópicos da educação ambiental. Sempre foi buscado como foco a didática e a adaptação dos materiais para cada tipo de público.

A participação em eventos, principalmente os voltados aos produtores agrícolas, foi possível graças a ajuda da EMATER-ASCAR, quando foi possível falar sobre a Unipampa, seus projetos e também sobre produção de mudas, ensinando métodos e conhecimentos difundidos na comunidade acadêmica, para pequenos e médios produtores através de conversas amistosas e informativas, trocando conhecimento com os produtores e motivando-os a conhecerem mais sobre o meio ambiente.

Porém, a importância desse projeto não é somente fora do campus, visto que a manutenção das mudas armazenadas no viveiro é feita exclusivamente pelo aluno responsável pelo projeto com o auxílio de colegas voluntários, que muitas vezes são alunos ingressantes da área ambiental que através desse manuseio das mudas tem maior contato com a natureza, que será seu campo de trabalho e também com outros alunos de diferentes cursos, assim motivando o desenvolvimento no trabalho em equipe.

Por isso minha escolha para o Trabalho nota 10 foi o projeto de Produção de Mudas, pois foi a interação com alunos do próprio campus e com a comunidade fora dele que me motivou e me ajudou a decidir cursar Engenharia Florestal. Os trabalhos externos ajudaram a popularizar a Unipampa para pessoas que um dia poderão procurar um curso na área ambiental e o viveiro de mudas ajudará a manter a parceria entre Universidade, órgãos públicos e o Município de São Gabriel. Podendo assim concluir a importância de projetos que levam o conhecimento para a comunidade como um todo, não só para a área ambiental, mas para todas as áreas de conhecimento.

Gustavo Pinto tem 20 anos e é discente do 7º semestre do curso de bacharelado em Engenharia Florestal da Unipampa, campus São Gabriel. Contato:gustavodesouzap3@gmail.com

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Apresentação da 12ª Edição

Está no ar a 12ª edição do CiênciAção. A vida continua atípica. A pandemia não acabou, mas a vacinação tem avançado e os números de contaminação e óbitos têm diminuído a cada dia. Mais uma prova da importância da ciência nas nossas vidas. Nesta edição que encerra o semestre 2021/01, ainda em ensino remoto, abordamos diversos temas vindo de campus diferentes da Unipampa. Na seção Observatório de Divulgação Científica e Cultural, apresentamos o texto Acompanhamento de egressos dos cursos Ciência da Computação e Engenharia de Software, produzidos por Aline Vieira de Mello e Alice Fonseca Finger, do projeto de pesquisa Egress@s, do campus Alegrete.  

O texto Método Famacha: um recurso para o controle de verminose em ovinos é uma contribuição da acadêmica Daliza Bruno Ribeiro, do curso de medicina veterinária, campus Uruguaiana. Ainda, na seção Observatório, de autoria dos pesquisadores Dana Acosta Rodrigues, Renan Ruiz Dias Alberto e João Antônio Pereira, do curso de Publicidade e Propaganda da Unipampa, compartilhamos o texto “Inventário” a solução para as burocracias no gerenciamento de cabanhas de cavalos crioulos.  A seção traz ainda a super contribuição da nossa colaboradora do Campus de Alegrete, a Prof.ª Amanda Meincke Melo, que também é acadêmica do Curso de Letras Português/Licenciatura EaD, e de Merlen Alves, acadêmica do Curso de Letras Português/Licenciatura EaD. Em Tramas Literárias, uma experiência de literatura on-line, elas contam um pouco sobre as ações que desenvolvem no programa de extensão TRAMAS, acrônimo para Tecnologia, Responsabilidade, Autoria, Movimento, Amorosidade e Sociedade, que tem por objetivo promover o respeito à multiplicidade das diferenças.

Artes e Cultura vem em dose dupla nesta edição. Temos o prazer de divulgar a arte de cordel de Silvio Nunes, o Arteiro, e a pintura de Seu Zé Darci. Os dois artistas falam de sua produção artística em vídeo, vale conferir. 

Na seção Alun@ destaque a trajetória compartilhada na edição é de Mariane Debus, discente do curso de Letras EAD, campus Itaqui. 

A reportagem que publicamos é uma contribuição da i4 Plataforma de Notícias – Agência Experimental do curso de jornalismo da Unipampa, campus São Borja. A reportagem, População do RS decresce com a pandemia de COVID19, aborda o fenômeno do decrescimento populacional no Rio Grande do Sul, de modo geral, e, em particular, na fronteira oeste, em decorrência da pandemia de Covid-19. Os dados mostram que no primeiro semestre de 2021 o estado registrou mais óbitos que nascimento. 

Na seção CiênciAção Mulher temos a contribuição das acadêmicas Elizandra Guarizi Pereira de Godoy,Mariane Larissa Lima Debus, do curso de Letras EAD Itaqui, e Maria Isabel Corrêa de Lima, do curso de Nutrição, que nos apresentam A Mulher de Sanchuri.

A equipe do CiênciAção deseja uma boa leitura a todos, todas e todes.

E se você quer colaborar com o CiênciAção envie um email para contatoeditores@gmail.com.

Versão  completa:  Edição completa

Tramas Literárias, uma experiência de literatura on-line

Merlen Alves – Acadêmica do Curso de Letras Português/Licenciatura EaD
Amanda Meincke Melo – Docente no Campus Alegrete e Acadêmica do Curso de Letras Português/Licenciatura EaD

O TRAMAS Literárias é uma ação que integra o programa de extensão TRAMAS, acrônimo para Tecnologia, Responsabilidade, Autoria, Movimento, Amorosidade e Sociedade, que tem por objetivo promover o respeito à multiplicidade das diferenças.

Realizado por discentes da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Diuli Bast Kuhn (Engenharia de Software), João Vitor Carvalho (Engenharia Mecânica) e Merlen Alves (Letras Português/Licenciatura) sob a supervisão da docente e coordenadora do TRAMAS, Amanda Meincke Melo, o projeto conta também com a parceria de autores e autoras locais, bem como, de pessoas que se dispõem a emprestar a voz e a ler um trecho de literatura.

Com base no objetivo do TRAMAS, os textos escolhidos para a leitura no projeto têm foco principal na literatura escrita por autores e autoras que promovam a reflexão sobre temas diversos. Aproveitamos a ação para propagar a escrita de mulheres, autores e autoras negras e indígenas e também dar visibilidade à Literatura Lusófona. 

Os textos, lidos e gravados, são publicados nas plataformas digitais SoundCloud, Spotify e na rede social Facebook. Priorizando a literatura como direito do ser humano e objeto de transformação, não apenas o áudio é publicado, mas também a escrita para que se torne uma literatura acessível e cumpra com o que Cândido (1989) nos diz

[…] a literatura tem sido um instrumento poderoso de instrução e educação, entrando nos currículos, sendo proposta a cada um como equipamento intelectual e afetivo. Os valores que a sociedade preconiza, ou os que considera prejudiciais, estão presentes nas diversas manifestações da ficção, da poesia e da ação dramática. A literatura confirma e nega, propõe e denuncia, apoia e combate, fornecendo a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas. (CANDIDO p. 113). 

Nesse sentido, as ações do TRAMAS Literárias buscam incentivar a leitura e propiciar que a sociedade tenha uma fagulha de transformação através da literatura, disponível em meios de comunicação mais acessíveis, pois sabemos que o acesso a obras literárias ainda tem um custo elevado para boa parte da população. 

A ação de extensão TRAMAS Literárias pode ser conferida e compartilhada pelos seguintes links:
Spotify: https://open.spotify.com/show/16waabWc99A4L7SIv6Cx87
SoundCloud: https://soundcloud.com/ammelobr
Facebook: https://www.facebook.com/tramasunipampa

Referência

CANDIDO, Antonio. Direitos Humanos e literatura. In: A.C.R. Fester (Org.) Direitos humanos E… Cjp / Ed. Brasiliense, 1989.

Versão do texto em .pdf: Tramas Literárias, uma experiência de literatura on-line

A minha boneca Sem Nome, do arteiro Silvio Nunes

O gaúcho e natural de Arroio Grande, Silvio Nunes é cordelista, professor e arteiro. Vive em Jaguarão e trabalha no campus da UNIPAMPA de lá.

Soltando de cara um cordel, nos conta no vídeo sobre sua infância, sobre os segredos de sua infância, sobre como rondaram sua vida e arte, como os enfrentou, contando um pouco de sua atual produção.

por Walker Douglas Pincerati

Versão do texto em .pdf: A minha boneca sem nome, do arteiro Silvio Nunes

Ricas Cores Vivas na Pintura Negra do Seu Zé Darci

Baile dos defuntos

Temos o prazer de apresentar José Darci Barros Gonçalves, nosso conhecido Seu Zé Darci. Na verdade, ele mesmo se apresenta no vídeo que temos a honra de aqui divulgar, contando um pouco de sua formação e de sua já vasta obra – de projeção internacional

Ele é um homem baixinho, sempre de óculos e que sempre tá pra lá e pra cá apresentando e falando do seu trabalho. Natural de Arroio Grande, no Rio Grande do Sul, pertinho da fronteira leste com o Uruguai, é lá onde encontramos Seu Zé Darci fazendo muita arte. Ele gosta muito de pintar as nossas histórias e a história do nosso povo. Artista negro que é, gosta de pintar telas com ricos e vivos detalhes.

João saudade
Fome zero

Convidamos todo mundo então para ver Seu Zé Darci falar no vídeo que ele mesmo gravou. Dê, também, uma olhada nas fotos das pinturas que ele mesmo mandou. Se ficar com mais curiosidade ainda, o siga nas redes sociais dele e dê uma olhadela em seu site: 

https://galeriavirtualzedarci.blogspot.com/

Seu Zé Darci pinta artes negras.

Baile dos defuntos
Teixeira Nunes e Lanceiros Negro cercados pelas tropas do Império

 

 

 

 

 

 

por Walker Douglas Pincerati.

 

 

 

 

 

 

 

 

Versão do texto em .pdf: Ricas Cores Vivas na Pintura Negra do seu Zé Darci

ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DOS CURSOS DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E ENGENHARIA DE SOFTWARE

Aline Vieira de Mello, coordenadora do projeto de pesquisa Egress@s
Docente da UNIPAMPA, campus Alegrete
E-mail: alinemello@unipampa.edu.br
Alice Fonseca Finger, co-coordenadora do projeto de pesquisa Egress@s
Docente da UNIPAMPA, campus Alegrete
alicefinger@unipampa.edu.br

Em 2019, o projeto de extensão Gurias na Computação realizou um encontro com as egressas dos cursos de Ciência da Computação e de Engenharia de Software, em que elas avaliaram seus cursos e contaram suas trajetórias, durante e após a graduação. Essa ação motivou a realização de um survey pesquisa em inglês   que incluiu questões nas dimensões sociodemográfica, formação acadêmica e atuação profissional. É um método  muito utilizado para coletar opiniões e características de um determinado grupo de pessoas

No período de fevereiro a abril, o questionário foi enviado aos egressos dos cursos desde sua criação até o primeiro semestre de 2019, o que representa uma população de 155 egressos. O survey obteve 98 respostas completas, representando uma amostra com nível de confiança igual a  95,0% e erro amostral de 6,0%.

Os resultados desse survey estão descritos em três artigos. O primeiro traz o recorte das respostas das egressas de ambos os cursos [FINGER, BORDIN e MELLO 2020]. O segundo traz as semelhanças e diferenças entre os perfis dos cursos Ciência da Computação (CC) e Engenharia de Software (ES) a partir da realidade dos egressos [MELLO, FINGER e BORDIN 2020]. O terceiro traz a percepção dos egressos da Engenharia de Software em relação ao seu curso [MELLO, BORDIN e FINGER 2020]. 

Adicionalmente, essa pesquisa motivou a criação do projeto de pesquisa Egress@s: coleta, disponibilização e visualização de dados que tem como objetivo analisar a trajetória dos egressos dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software da Unipampa. Dentre os principais resultados esperados deste projeto citam-se: promover a divulgação dos cursos de graduação em Computação do campus Alegrete; identificar os fatores associados à permanência e à conclusão dos cursos de Computação; identificar anomalias, padrões e correlações que permitam prever o comportamento dos egressos em função das escolhas e/ou desempenho durante a graduação; e desenvolver uma ferramenta para a coleta, disponibilização e visualização dos dados dos egressos. 

Como primeira ação do projeto, os dados sobre os egressos(as) estão sendo divulgados por meio de publicações semanais que são compartilhadas via e-mail, redes sociais e páginas institucionais dos cursos. Essas publicações têm o intuito de disseminar os resultados para a comunidade acadêmica e externa em um formato mais acessível do que os tradicionais. Exemplos das imagens que acompanham essas publicações são mostradas na Figura 1.

As próximas seções abordam os principais resultados publicados nos artigos e disseminado.

Perfil das egressas dos cursos CC e ES

O questionário foi enviado para todas as egressas dos cursos de Ciência da Computação (CC) e Engenharia de Software (ES), desde a criação dos cursos até o primeiro semestre de 2019, totalizando 25 egressas. Dessas, 16 responderam completamente o questionário, sendo 11 respostas de egressas graduadas em CC e 5 em ES. O número maior de respondentes do curso de CC é justificado porque esse curso foi criado 4 anos antes do curso de ES.

As egressas de CC necessitam em média 5,1 anos para integralizar o curso (Figura 2), a maioria não trabalhou e nem realizou estágio durante a graduação. Mais da metade (55%) foram bolsistas em projetos de ensino, pesquisa, extensão e/ou gestão. A maioria (73%) continuou a formação acadêmica, realizando mestrado e, entre essas, 62,5% foram bolsistas em algum projeto na graduação. A contribuição do curso de graduação na formação acadêmica foi considerada ótima ou excelente pela maioria (75%), sendo as disciplinas de Estrutura de Dados e Algoritmos as mais relevantes. Um pouco mais da metade das egressas (55%) afirmou ter recebido tratamento diferenciado em decorrência de gênero tanto de colegas quanto de professores durante a formação acadêmica.

Quanto à atuação profissional, mais da metade das egressas de CC (64%) informou ter tido alguma experiência profissional. A maioria (85%) trabalhou em até 2 instituições dos ramos de TI ou Educação, localizadas majoritariamente no Rio Grande do Sul. O salário médio atual dessas egressas é de R$ 4.714,00 (Figura 3). As disciplinas de Programação foram as mais relevantes para as suas atuações profissionais. Metade das egressas (50%) afirmou ter sofrido tratamento diferenciado em decorrência de gênero no mercado de trabalho.

Para integralizar o curso, as egressas de ES necessitam em média 6,2 anos (Figura 2) e a maioria não trabalhou durante a graduação. Em relação ao estágio, todas fizeram, visto que é obrigatório para a conclusão do curso, e a grande maioria realizou na mesma cidade do curso (Alegrete). Mais da metade (60%) fez especialização e, destas, 67% foi bolsista em projetos. A contribuição do curso na formação acadêmica dessas egressas foi considerada ótima pela maioria (67%), sendo as disciplinas específicas de ES consideradas as mais relevantes. Um número expressivo das egressas (80%) afirmou ter recebido tratamento diferenciado em decorrência de gênero tanto de colegas quanto de professores durante a formação acadêmica. 

Todas egressas de ES tiveram alguma atuação profissional (Figura 3), sendo que a maioria trabalhou em pelo menos 3 instituições da área, mais frequentemente no ramo de TI e localizadas no Rio Grande do Sul. O salário médio atual dessas egressas é de R $3.700,00. Foram destacadas as disciplinas de Análise de Software e Processos de Software como as mais relevantes para sua atuação profissional. Somente 40% das egressas afirmam ter recebido tratamento diferenciado no mercado de trabalho.

Semelhanças e diferenças entre os perfis dos cursos CC e ES

A Tabela 1 exibe o número de egressos por sexo, faixa etária, estado civil e número de filhos. Os respondentes, independente do curso, são majoritariamente do sexo masculino, possuem menos de 30 anos, são solteiros e não possuem filhos. Destaca-se que as mulheres representam somente 18,0% dos respondentes de CC e  13,6% do ES.

A Tabela 2 sintetiza os principais resultados, destacando as semelhanças e diferenças encontradas entre os perfis dos egressos de CC e ES. Observa-se que, em termos quantitativos, resultados com diferença de até 5,0% foram considerados similares.

Na dimensão pós-graduação, mais especificamente nos tipos especialização e mestrado, os egressos dos dois cursos possuem comportamentos similares: poucos procuram por especialização ou MBA (inferior a 17%) e mais da metade (55% em CC e 57% em ES) realizam mestrado. Quanto à área de pesquisa no mestrado, os egressos de cada curso tendem a realizar pesquisa na sua área de formação. No entanto, observa-se que um percentual significativo de egressos de ES (38%) pesquisam na área de CC. 

Em relação ao doutorado, embora o número de respondentes que informaram ter feito ou estar fazendo seja pequeno (inferior a 20%), a partir de uma análise mais detalhada verificou-se que 57% dos egressos de CC que já concluíram o mestrado optaram pelo doutorado. Já mais da metade dos egressos de ES (56%) que concluíram o mestrado foram para o mercado de trabalho. Nota-se que existe uma semelhança na área de pesquisa escolhida pelos egressos de ambos os cursos no doutorado. 

Ao analisar a dimensão atuação profissional, evidencia-se a diferença entre os perfis dos egressos. Destaca-se que em ambos os cursos a maioria dos egressos tem experiência no mercado de trabalho, porém nota-se um percentual maior entre os egressos de ES (94,6%). Além disso, a inserção no mercado de trabalho foi considerada mais fácil por egressos de ES do que CC, o que pode estar associado aos seguintes fatores: (1) rápida colocação; (2) realização de estágio obrigatório; e (3) adoção da metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) no currículo.  Em relação aos cargos, embora a maioria dos cargos ocupados pelos egressos sejam os mesmos, o percentual de ocupação pelos egressos de CC e ES possui diferenças. Sobre as remunerações, os egressos de CC tendem a receber salários mais elevados em comparação com os egressos de ES, desde a primeira atuação. 

Percepção dos egressos da ES em relação ao seu curso

O número de egressos do curso de ES corresponde a 52, sendo 43 do sexo masculino e 9 do sexo feminino. Deste total de egressos, 37 responderam completamente o questionário, sendo 32 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, resultando em um survey com nível de confiança de 95% e erro amostral de 8,74%.

Em relação ao nível de contribuição do curso na sua formação acadêmica (Figura 4a), 85,2% dos respondentes que realizaram algum tipo de pós-graduação (27) consideraram que o curso contribuiu de forma Excelente ou Ótima e 14,8\% consideraram que a contribuição foi Boa.

Em relação às disciplinas mais relevantes para a formação acadêmica (Figura 5a), mais da metade dos respondentes que realizaram algum tipo de pós-graduação (19) consideraram as disciplinas de Resolução de Problemas (RP) as mais relevantes. As disciplinas Programação Orientada a Objetos (POO) e Análise de Software (AS) foram citadas por 7 respondentes. Já as disciplinas Algoritmos e Programação (AP), Processo de Software (PS) e Modelagem e Projeto de Software (MPS) foram mencionadas por 6 respondentes.

Dos 37 respondentes, 26 consideraram fácil a sua inserção no mercado de trabalho (70,3%) e 11 difícil (29,7%). A inserção no mercado de trabalho foi comentada por 28 respondentes. Esses comentários foram categorizados em fatores facilitadores e dificultadores e estão descritos e comentados no artigo [MELLO, BORDIN e FINGER 2020].

Em relação ao nível de contribuição do curso na sua atuação profissional (Figura 4b), a grande maioria dos respondentes (78,1%) considera que o curso contribui de forma Excelente ou Ótima para sua atuação profissional. Já 18,8% considera que o curso possui um nível de contribuição Bom, enquanto 3,1% considera que o curso possui uma contribuição Regular.  

As disciplinas de Resolução de Problemas (RP) também foram consideradas as mais relevantes por mais da metade dos respondentes (20) que atuaram no mercado de trabalho (Figura 5b). As disciplinas de Programação Orientada a Objetos (POO), Processo de Software (PS) e Modelagem e Projeto de Banco de Dados (MPBD) foram consideradas importantes por 7 respondentes. Todas as disciplinas foram consideradas relevantes por 6 respondentes, mesmo número de respondentes que consideraram relevante a disciplina de Algoritmos e Programação (AP). A ampla maioria dos egressos (97,3%) indicou que recomendaria o curso.

Referências

FINGER, A. F. ; BORDIN, A. S. ; MELLO, A. V. Perfil das Egressas dos Cursos de Computação da UNIPAMPA: Uma Análise da Formação Acadêmica e da Atuação Profissional. In: Women in Technology Information, 2020, Cuiabá. ANAIS DO XIV WOMEN IN INFORMATION TECHNOLOGY. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2020. p. 100-109.

MELLO, A. V.; FINGER, A. F.; BORDIN, A. S. Ciência da Computação e Engenharia de Software: semelhanças e diferenças a partir da realidade dos egressos. In: Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 2020, Online. Anais do Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. Porto Alegre: Sociedade Brasileira da Computação, 2020. p. 1773-1782.

MELLO, A. V.; BORDIN, A. S.; FINGER, A. F. Graduates’ Perceptions of a Software Engineering Undergraduate Program: a view from postgraduation and industry. In: SBQS’20: 19th Brazilian Symposium on Software Quality, 2020, São Luís Brazil. 19th Brazilian Symposium on Software Quality. New York: ACM, 2020. p. 1-10.

Versão do texto em .pdf: ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS DOS CURSOS DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO E ENGENHARIA DE SOFTWARE

MÉTODO FAMACHA: UM RECURSO PARA O CONTROLE DE VERMINOSE EM OVINOS

Por Daliza Bruno Ribeiro
Acadêmica de Medicina Veterinária
dalizaribeiro.aluno@unipampa.edu.br

Muitos criadores de ovinos da região Sudeste do Brasil têm feito o uso de medicamentos antiparasitários, chegando a efetuar o tratamento em todo o rebanho. Porém, mesmo com a eliminação dos parasitas, pode ocorrer forte pressão seletiva e consequente sobrevivência dos vermes (Haemonchus contortus) resistentes ao medicamento.

Ovinos da raça Santa Inês e mestiços resultantes de seu cruzamento com raças de aptidão para carne vêm sendo criados, por serem animais mais rústicos e mais tolerantes às verminoses, conforme alerta Oliveira Sena (2007). Haemonchus contortus é um helminto, hematófago que fica no abomaso dos ovinos e se alimenta do sangue do parasito e que provoca anemia em um curto período de tempo no hospedeiro definitivo. 

Por isso, a Famacha surge como um método importante para o controle de Haemonchus contortus atuando na redução do número de tratamentos aplicados e a resistência a anti-helmínticos. Oliveira (2002, p.03) diz que: “ É um método de tratamento seletivo, ou seja, objetiva vermifugar somente os animais do rebanho que apresentam anemia, facilmente visualizada na mucosa ocular dos ovinos”.

A Embrapa Pecuária Sudeste possui um rebanho ovino composto por matrizes sem raça definida. De outubro de 2006 a setembro de 2007, foram realizadas coletas mensais de fezes para a execução da contagem de ovos por grama de fezes (OPG − Ueno; Gonçalves, 1998) e da coprocultura (Roberts;  O’Sullivan, 1950).

Os animais incluindo matrizes e cordeiros foram observados quanto à coloração da conjuntiva ocular utilizando a Famacha, ou seja, comparando-a com as cores do cartão.

Relação do grau Famacha com a coloração da conjuntiva ocular e hematócrito, orientando ou não o tratamento.

Sendo os graus 1 e 2 dos animais com coloração bem vermelha, ou seja, praticamente sem traços de anemia. O grau 3 é indicativo para vermifugação. Nos graus 4 e 5, a vermifugação é imprescindível, pois a mucosa apresenta palidez intensa, além do fato de que no grau 5 é indicado que o animal receba suplementação alimentar.

O método Famacha parece ser uma excelente alternativa em qualquer propriedade de criação de ovinocultura. Independente da região, pode ser utilizado em qualquer idade e categoria animal. É um teste fácil de ser realizado, basta o responsável técnico obter uma boa experiência. Também, é um método que permite a economia por não precisar vermifugar todo o rebanho de ovinos, mas sim os que precisam ser vermifugados, com isso, irá retardar o aparecimento de resistência parasitária aos antiparasitários e, posteriormente, irá ajudar na eficiência no controle de verminose do rebanho.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA. S. C. M. et. al;. Método Famacha: Um recurso para o controle da verminose em ovinos. Circular Técnica 52. Embrapa. São Carlos, SP. Dezembro de 2007. 

ROBERTS, F. H. S.; O’SULLIVAN, J. P. Methods for egg counts and larval cultures for strongyles infesting the gastrointestinal tract of cattle. Australian Agriculture Records, v. 1, p. 99-102, 1950.

UENO, H.; GONÇALVES, P. C. Manual para diagnóstico de helmintoses de ruminantes. 4ª ed. Tokyo: Japan International Cooperation Agency, 1998. 143 p.

Versão do texto em .pdf: MÉTODO FAMACHA: UM RECURSO PARA O CONTROLE DE VERMINOSE EM OVINOS