Extremosa | Programa Arborização Urbana

Extremosa

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência? Meu nome é Lagerstroemia indica, sou da família das Litráceas. Por aqui sou conhecida como extremosa ou resedá.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios? Sou natural do sudoeste da Ásia, em especial da Índia e China. Atualmente sou plantada em quase todo o mundo e aqui no Brasil estou presente em grande parte do país.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver? Eu me adéquo a diversos tipos de climas no mundo, sendo muito adaptada a vários locais.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir? Eu tenho porte pequeno, em geral atinjo até 8 m de altura. Como não cresço muito posso ser plantada abaixo da fiação elétrica, além de não produzir muitas raízes superficiais. Portanto, posso ser plantada em calçadas.

E como são tuas flores e frutos? Eu floresço no final da primavera e do verão. Minhas flores são delicadas e formam um lindo buquê, com pétalas de tons rosa, lilás e branco, que atraem uma série de polinizadores. Meus frutos são como pequenas bolinhas marrons, sendo cápsulas que contem as sementes. Posso me reproduzir por sementes ou brotos, produzidos na base do caule.

Como tuas folhas se comportam no outono? No inverno minhas folhas adquirem um lindo tom avermelhado, até caírem totalmente para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

A poda é necessária para as árvores urbanas? Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos? Como sou linda me plantam em jardins e sou parceira da arborização urbana em grande parte do mundo, em função de minha beleza, rusticidade, sendo inclusive resistente à poluição urbana. Além das minhas belas flores, meu caule é muito bonito, liso, com tons claros.

Existe alguma curiosidade sobre a extremosa que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos… Sou uma arvorezinha nativa da China e a minha espécie era uma das favoritas na Dinastia Tang (entre os anos 608-906 D.C.). Devido a minha beleza nos espalhamos por quase todo o mundo, pois os homens gostam muito da nossa companhia. Um dos países que nos acolheu foi os Estados Unidos da América. Lá, os especialistas de plantas fizeram vários cruzamentos de nossas florzinhas, produzindo novas variedades de extremosas. Nos Estados Unidos sou conhecida como “Crepe Myrtle” e fui apelidada como a “árvore dos cem dias”, em função do tempo em que nos mantemos floridas. Sou tão amada que fui escolhida como o arbusto oficial do Texas, um dos estados deste país. Este é um exemplo que mostra que independente da nossa origem o amor deve ser um sentimento universal e que quanto mais nós árvores somos apreciadas, mais oferecemos nossos presentes da Natureza.

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Como citar:

Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. A Extremosa. Disponível em: <https://sites.unipampa.edu.br/programaarborizacao/extremosa/>. Acesso em dia, mês e ano.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.

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