Guapuruvu | Programa Arborização Urbana

Guapuruvu

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência? Meu nome é Schizolobium parahyba, sou da família das Leguminosae-Caesalpinoideae. Por aqui sou conhecida como guapuruvu, ficheiro, faveira, pau-de-canoa.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?   Minha origem na América do Sul  e sou encontrada no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver? Eu gosto principalmente de clima  equatorialsubtropicaltropical .

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir? Eu tenho porte grande  esguio, tronco liso em tons de verde e posso atingir de 20 a 30 metros de altura

Imagem da árvore Guapuruvu
Imagem da árvore Guapuruvu –  Créditos foto: Mauricio Mercadante

 

E como são tuas flores e frutos? Minhas flores tem forma de cachos, são amarelas e muito vistosas. As sementes presentes em mim são fáceis de retirar, porém extremamente duras  Os meus frutos são em forma de vagens duras, achatadas, na cor marrom, se abrem liberando uma única semente alada. Floresço de Agosto a Setembro. Meus frutos caem por volta de Junho. Se quiserem produzir mudas, primeiro passo para germinar deve-se escarificar (arranhar ou praticar cortes mais ou menos leves na superfície) ou imergir um dos lados em água por muito tempo, o desenvolvimento da muda é rápido. Atinjo rapidamente boa altura, porém tenho galhos frágeis que se quebram facilmente em ventanias. 

Imagem das folhas e flores do Guapuruvu
Imagem das folhas e flores do Guapuruvu – Créditos foto: Mauricio Mercadante

Como tuas folhas se comportam no outono? Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Também não precisa varrer minhas folhas, porque elas ficam muito belas quando caem no chão, além do que as folhas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária? Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e doente, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos? .

Tenho grande beleza, ornamental. Meu tronco pode ser utilizado para fazer canoas e minha semente é usada para decoração, bijuterias e jogos.

Existe alguma curiosidade sobre o que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos

Sou uma espécie pioneira, indicada para recuperação inicial de áreas degradadas. Minha floração é atrativa para as abelhas. Minhas sementes e folhas foram estudadas quanto a ação contra os efeitos lesivos de picadas de cobras por um grupo de pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia. Também são usadas no artesanato tradicional para colares e botões. 

É permitida a reprodução parcial ou total do texto desde que citada a fonte.

Como citar:

​Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <https://sites.unipampa.edu.br/programaarborizacao/guapuruvu/>. Acesso em dia, mês e ano.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

https://www.arvores.brasil.nom.br/new/guapuruvu/index.htm (Acesso em 17 de agosto de 2019)

https://www.jardineiro.net/plantas/guapuruvu-schizolobium-parahyba.html (Acesso em 17 de agosto de 2019)

http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar (Acesso em 17 de agosto de 2019)

Créditos fotos: Mauricio Mercadante