Sequoia | Programa Arborização Urbana

Sequoia

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência? Meu nome é Sequoia sempervirens, sou da família das Cupressaceae. Por aqui sou conhecida como: sequóia-vermelha, sequóia-da-costa.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios? Sou originária dos Estados Unidos (Califórnia). 

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver? Eu gosto principalmente de clima temperado, subtropical de altitude, como nas regiões sul e sudeste. Sou colunar  quando adulta e apresento  copa cônica na juventude. 

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir? Eu tenho o porte gigante  e longevo, posso atingir de  40 a 100 metros de altura. Posso  viver por milênios e, neste período, ultrapassar os 100 metros de altura e algumas dezenas de metros de circunferência na minha  base.

E como são tuas flores e frutos?  As minhas flores abrem-se na primavera e, após  surgem os meus seus frutos, pinhas ovais com cerca de 15-32 mm de comprimento que, ao abrirem-se, libertam minhas numerosas pequenas sementes que levarão um ano para amadurecer. Se quiserem produzir  mudas de Sequóia , utilizem as minhas sementes e também estacas de ponteiros (é uma forma de estaquia onde apenas as pontas dos ramos serão utilizadas para minha propagação). 

Como tuas folhas se comportam no outono? Não perco minhas folhas, minha folhagem é perene ou perenifólia, isto é são duradouras, inacabáveis, abundantes.

E falando sobre poda. Ela é necessária? Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e doente, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos? Os meus troncos são cilíndricos, despidos de ramos a grande altura e a casca muito espessa e fibrosa, de cor castanha avermelhada, é incombustível e imune aos insetos, e por esse fato deve-se a minha grande longevidade , por vezes superior a 3.000 anos. Devido ao grande interesse econômico em mim, explorou-se abusivamente a minha espécie, estando atualmente restrita a poucas reservas. Sou muito apreciada ornamental, existindo vários cultivares.

Existe alguma curiosidade sobre você que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos .  Na Califórnia, existem exemplares meus que vivem entre 1200–1800 anos. Uma delas, chamada Hyperion, é a árvore mais alta da Terra, com 115 m de altura e, curiosamente, os cientistas que a descobriram não revelaram publicamente sua exata posição, pois o turismo poderia prejudicar seu ecossistema ainda preservado. Alguns exemplares da minha espécie, nos  Estados Unidos possuem troncos de cor avermelhada, tão robustos que permitiram escavar um túnel para a passagem de carros em suas bases. Outra característica da minha espécie, além do porte, é o tamanho relativamente curto dos meus ramos laterais, concentrados na região apical da árvore, e as folhas estreitas distribuídas disticamente no ápice dos ramos. Tenho sido plantada em Portugal e na região Sul do Brasil, principalmente para fins ornamentais.  No meu país de origem sou conhecida por Redwood. Sou a árvores mais alta do mundo. 

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Como citar:

​Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. A Sequoia. Disponível em: <https://sites.unipampa.edu.br/programaarborizacao/sequoia/>. Acesso em dia, mês e ano.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

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LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.

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