Louro | Programa Arborização Urbana

Louro

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência? Meu nome é Laurus nobilis, sou da família das Lauraceae. Por aqui sou conhecida como louro, dafre, louro verdadeiro, louro de caldo ou louro da Grécia.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios? Minha origem é da região do Mediterrâneo. No Brasil, me desenvolvo bem em todas as regiões.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver? Eu gosto principalmente de clima temperado e subtropical, mas posso ser cultivada em todo o território brasileiro.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir? Eu tenho porte pequeno e posso atingir de 5 até 7 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos? A floração ocorre de abril à julho. As flores são dióicas (cada planta produz somente flores masculinas ou femininas), ambas dispostas em agrupamento de 4 a 6, nas axilas das folhas com os ramos. As flores masculinas são amareladas e as femininas, brancas. Os frutos amadurecem entre julho e setembro. São ovóides (forma de ovo), tipo baga (parte externa do fruto é carnosa e contém uma semente no centro), de 8 a 12 milímetros de diâmetro, de cor verde-brilhante, no início, e preta, quando maduros, mas não são comestíveis.

Como tuas folhas se comportam no outono? Eu não perco minhas folhas para economizar energia no frio. Sou uma árvore perenifólia e de folhas aromáticas. As folhas inteiras têm uma vida útil longa de cerca de um ano, sob temperatura e umidade normais.

E falando sobre poda. Ela é necessária? Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos? As partes mais utilizadas são suas folhas,  utilizadas como aromatizantes na culinária em geral, em todo o mundo, desde tempos remotos. As folhas de Laurus nobilis, especialmente de algumas variedades especificamente cultivadas para produção de condimento são ricas em óleos essenciais que lhes conferem um aroma e sabor específicos, utilizados para melhorar o cheiro e o paladar de diversos tipos de alimentos, com destaque para os cozidos. É também apropriada para uso paisagístico, principalmente para a arborização urbana. Sua madeira é de excelente qualidade. 

Existe alguma curiosidade sobre o Loureiro que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos… 

Possui propriedades medicinais: Os chás são ótimos para quem sofre de problemas digestivos ou até mesmo reumatismo, problema que atinge grande parte da população hoje em dia. O óleo essencial do loureiro tem funções bactericidas e pode ser usado para curar algumas infecções cutâneas. É uma planta histórica, símbolo de glória desde a Antiguidade. Suas folhas e ramos eram utilizados pelos gregos na confecção de grinaldas e coroa para homenagear heróis vencedores e poetas, originando as palavras laurear e laureado. Muito resistente ao frio e a podas, é cultivada em jardins e vasos. 

É permitida a reprodução parcial ou total do texto desde que citada a fonte.

Como citar:

​Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O louro. Disponível em: <https://sites.unipampa.edu.br/programaarborizacao/louro/>. Acesso em dia, mês e ano.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.

LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.

REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.

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http://serralves.ubiprism.pt(Acesso em junho de 2016)

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