Jacarandá | Programa Arborização Urbana

Jacarandá

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência? Meu nome é Jacaranda mimosaefolia, sou da família das Bignoniáceas. Por aqui sou conhecida como jacarandá-mimoso.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios? Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Bolívia e Paraguai. Não sou nativa do Brasil, mas a pátria verde e amarela me acolheu de braços abertos.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver? Eu gosto de subtropical, mas tolero climas mais quentes.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir? Eu tenho crescimento rápido e meu porte é médio; posso atingir até 15 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos? Minhas flores são majestosas, de tom violeta-azulado com cachos lindos, que aparecem na primavera e estão presentes até o verão. Meus frutos são lenhosos e se abrem, expondo minhas sementes que voam com o vento em busca de novos horizontes. Se quiserem produzir mudas de jacarandá-mimoso utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono? Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Além disso, logo após a queda das folhas, minhas flores surgem, então se me podarem atrapalharão a beleza da minha floração.

E falando sobre poda. Ela é necessária? Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos? A minha beleza é muito valorizada no centro-sul da América do Sul e em diversos locais do mundo, então minha espécie está presente em parques, jardins e ruas de várias cidades. Eu tenho uma bela madeira rosada, dura, pesada, sendo muito apreciada na confecção de móveis, pisos, instrumentos musicais, entre outros. Meus frutos são tão graciosos que são usados na confecção de bijuterias.

Existe alguma curiosidade sobre o jacarandá-mimoso que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos… Vocês sabiam que eu sou a árvore símbolo de Buenos Aires, a capital da Argentina? Na Argentina, o meu ambiente natural são as florestas que existiam no norte do país, contudo fui plantada por muitas pessoas e hoje são cerca de 14 mil jacarandás portenhos (nome de quem nasce em Buenos Aires). Os estudiosos das árvores fizeram um levantamento das árvores desta cidade, chamado de “Arbolado Urbano – Buenos Aires”. Através deste trabalho é possível ver a localização de cada árvore na cidade em um mapa; assim fica mais fácil vocês nos encontrarem e ver a beleza que fica a cidade quando estamos floridas na primavera. Aqui em Bagé, pessoas apaixonadas pelas árvores também fizeram um maravilhoso trabalho de inventariar as árvores das 10 praças principais da cidade e das ruas da região central, estudando com carinho cada uma das 3004 árvores avaliadas. Viu, não é só em Buenos Aires, Nova York, e outras grandes capitais que as árvores são estudadas! Vamos valorizar as árvores de Bagé, que dão o colorido multicor a nossa cidade em todas as estações!

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Como citar:

​Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O Jacarandá-mimoso. Disponível em: <https://sites.unipampa.edu.br/programaarborizacao/jacaranda-mimoso/>. Acesso em dia, mês e ano.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p. 1998.

https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)

www.jardineiro.net (Acesso em agosto de 2018)

http://www.arboladourbano.com (Acesso em agosto de 2018)

http://aguiarbuenosaires.com (Acesso em agosto de 2018)