“Auta da Compadecida”, de Ariano Suassuna

“Auta da Compadecida”, de Ariano Suassuna

   Em homenagem aos noventa anos de Ariano Suassuna, foi apresentada na segunda edição do projeto Clube do Livro, a obra Auto da Compadecida que fora adaptada para a televisão e para o cinema. Ariano Suassuna (1927 – 2014) foi um escritor brasileiro e sua obra reúne, além da capacidade imaginativa, seus conhecimentos sobre o cultura nordestina. Suassuna, fundador do Movimento Armorial, defendeu a cultura popular brasileira e a fusão dos elementos eruditos aos elementos populares nordestinos. Suas produções são ambientadas em um único espaço ficcional, Taperoá, cidade do sertão da Paraíba, lugar em que viveu na infância. Foi poeta, romancista, ensaísta, dramaturgo, professor e advogado.

   O autor homenageado rompeu fronteiras regionais e caiu nas graças do público brasileiro, que se rendeu à simpatia de dois de seus maiores personagens, João Grilo e Chicó, da peça teatral em forma de auto, Auto da Compadecida. Reproduzindo as palavras de Braulio Tavares (2005): “O modo como Ariano Suassuna utiliza nesta peça episódios e personagens de uma tradição antiga, com séculos de existência, dá-nos um bom exemplo de como recorrer a estas fontes. Copiar, mas transformando. Reutilizar, mas dando sangue novo. Na medida possível, tentar escrever algo tão novo e tão vivo quanto o original; procurar fazer da cópia uma obra que o autor do original pudesse apreciar com prazer e aplaudir com orgulho.”

   Esta edição contou com a presença de 33 participantes. Agradecemos aos cursos de Turismo e de Produção e Política Cultural (PPC) pela concessão da Galeria Intercultural Magliani, onde realizamos esta edição do Clube do Livro e aos alunos: Athemis Nunes da Fonseca, Breno Primo de Melo de Araujo Brito, Érika da Silva Souza, Jady Marcela Correia Pereira, Renato Vieira de Lima e Rodrigo de Souza Francisco, por colaborarem realizando a leitura dramática de um fragmento da obra. Também agradecemos ao Sílvio Nunes por nos emprestar seus folhetos, a fim de ambientar o espaço. O ambiente estava voltado para a cultura nordestina, por ser esta a região retratada na obra teatral. Com essa mesma temática, foi oferecido um coffee-break inspirado na cultura típica, além disso, haviam livros do autor para quem tivesse curiosidade em dar uma “espiada”.

Por Pamela Belmutes Pinheiro

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