Análise do Discurso: o que é e como faz?

2ª EDIÇÃO DE 2022 DO PROJETO CAPACITAÇÕES PET 

 

     Das divergências ou afinidades, seja pelo quadro epistemológico apresentado ou pelas articulações ousadas, com a Análise de Discurso (AD) de linha francesa, teorizada por Michel Pêcheux, pode-se dizer que muito foi produzido e discutido, em especial, no Brasil por Eni Orlandi e seu grupo de pesquisadores que se alinharam à AD francesa. Como se sabe, a AD possibilitou um novo olhar sobre os discursos, a partir de sua materialização linguística. 

     Devido a sua importância como campo de investigação, o Grupo PET Letras – Jaguarão organizou, no último dia 24 de outubro, a segunda edição, deste ano, do projeto de extensão Capacitações PET intitulado “Análise do Discurso: o que é e como faz?”, ministrado pela professora e tutora do Grupo PET Letras Bagé Carolina Fernandes (UNIPAMPA/Bagé). Tal atividade, que ocorreu de forma remota pelo canal oficial do Grupo PET Letras – Jaguarão, possibilitou, a partir das considerações da professora ministrante, apresentar um panorama geral da historiografia sobre a Análise de Discurso de linha francesa, bem como comentar sobre os principais conceitos da AD e sua aplicação em diferentes objetos de estudo. Além disso, a professora pode responder, ao final de sua fala, distintos questionamentos acerca do que foi apresentado durante a capacitação e pedidos de sugestões acerca das pesquisas mencionadas pelos participantes de diferentes Instituições de Ensino Superior, sejam graduandos, pós-graduandos ou professores da rede básica de ensino e do magistério superior. Posto isso, por último, vale destacar que a capacitação se estendeu por mais de 1h30, e contou com um número significativo de participantes ao vivo.

 

 

 

Por: Icaro C. C. C. Olanda

Fonética e fonologia: por quê? para quê?

Fonética e Fonologia: Por quê? Para quê?

A terceira edição do projeto Capacitações PET de dois mil e vinte um, “Fonética e Fonologia: Por quê? Para quê?”, foi ministrada pela Profa. Dra. Aline Neuschrank, no dia nove de dezembro. Atualmente, a professora atua na Universidade Federal de Pelotas, mas recentemente teve uma passagem pelo curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, campus Jaguarão, dando um tom de reencontro com ex-alunos e colegas professores.

   Lembrando que a Fonética e Fonologia são cadeiras obrigatórias do curso, nossa capacitação, em parceria com a professora, tinha como objetivo apresentar a área de pesquisa para os que não a conheciam e para os alunos que já tiveram contato para que possam revisar alguns conteúdos e despertar o interesse por novas pesquisas. Petianos no grupo também desenvolvem pesquisas na área da Fonética e Fonologia, destacando a importância deste reencontro com a professora Aline. As discussões levantadas na capacitação percorrem diferentes sub áreas, começando pela descrição de Fonética e Fonologia, nas palavras da professora Aline, “a área que investiga a produção e a recepção dos sons da fala humana”. Além de uma descrição mais geral, as três vertentes da Fonética foram destaque na exposição, sendo elas: Fonética Articulatória, Fonética Acústica e a Fonética perceptual ou auditiva.

   Como curso de Letras e grupo PET sabemos da importância que se tem em estar em constante contato com o aparelho vocal humano, a gramática dos sons, o alcance de uma pesquisa em Fonética e Fonologia, nesta tarde tivemos o privilégio de estar na presença de uma grande pesquisadora da área e diminuir um pouco a distância, mesmo que virtualmente.

 

Produção de videoaula no PowerPoint

Produção de videoaula no PowerPoint 

Na tarde do dia 8 de abril de 2021 aconteceu a oficina “Produção de videoaula no Power Point”. O evento faz parte do projeto Capacitações PET e foi ministrado pelo Prof. Dr. Walker D. Pincerati. O encontro ocorreu via Google Meet, em decorrência da pandemia e do isolamento físico causado pelo COVID-19.

A ideia dessa oficina surgiu em meio ao contexto de estágio remoto, em que os acadêmicos da UNIPAMPA, Câmpus Jaguarão, precisaram se adaptar e produzir vídeoaulas para suas turmas de regência. No evento, o professor Walker se utilizou do programa amplamente conhecido, e de fácil manuseio, Power Point, a fim de capacitar os participantes do evento em um programa já popularizado.

Os presentes aprenderam dicas de como montar uma apresentação no Power Point que poderia ser gravada com imagem e áudio e, assim, transformada em uma apresentação audiovisual. Dessa forma, o PET Letras cumpriu com o objetivo específico do Capacitações PET, oportunizou contato contínuo do grupo PET com pessoas da comunidade acadêmica e externa; e ofertou, no espaço acadêmico, oportunidade de socialização de conhecimentos que raramente são tematizados.

Criando uma sequência didática de língua espanhola na perspectiva fronteiriça

Criando uma sequência didática de língua espanhola na perspectiva fronteiriça

 “Esse universo foi delimitado por linhas divisórias, que separam impérios e países; mas que mesmo assim, não puderam impedir o surgimento de uma cultura […]”. (Aldyr Garcia Schlee, Dicionário da cultura pampeana sul-rio-grandense)

   Nós do PET Letras estamos localizados em uma região de fronteira, especificamente, na fronteira de Jaguarão (BR) com Rio Branco (UY). Em nossa universidade há licenciaturas nas línguas portuguesa e espanhola, sendo assim procuramos enaltecer e destacar a grande importância desse espaço fronteiriço na educação. 

   No dia 10 de dezembro de 2021, realizamos uma capacitação abordando a criação de sequências didáticas para o ensino de língua espanhola. Nesse evento, rico em trocas e ensinamentos, contamos com a presença da Profª Drª Jorgelina Ivana Tallei como ministrante, que é docente da UNILA,  universidade federal sediada em um espaço fronteiriço: a tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.  Viver neste espaço fronteiriço é viver dentro de uma enorme riqueza cultural, onde línguas, países e várias tradições e costumes se chocam, completam e mesclam formando esse espaço de fronteira. A ministrante nos provou que quando enxergamos com outro olhar coisas simples do cotidiano de uma fronteira se tornam excelentes materiais didáticos. Uma notícia no jornal ou revista do país vizinho, folhetos de supermercado, a moeda, placas de trânsito, placas de restaurantes e comércios, visitas ao país vizinho e os famosos amigos e parentes do outro lado… entre muitas outras oportunidades.

Por: Eduarda Costa Simões.       

Mujeres migrantes, oralidad y frontera: algunas consideraciones sobre la escritura de Rosa, el agua y aquella historia de amor

Mujeres migrantes, oralidad y frontera: algunas consideraciones sobre la escritura de Rosa, el agua y aquella historia de amor

   Escrito a três vozes e uma mão solidária, por mais que outras se filtrem, essas são as centrais. Alejandra, a neta de Dolores e bisneta de Rosa, toma pluma para reconstruir a vida da sua bisavó Rosa Rodiño Gómez a partir das histórias que Dolores lhe contava desde quando era niña e durante a sua adolescência. Essa viagem ao passado é um mergulho feito no mar da ancestralidade, registrado no livro Rosa, el agua y aquella historia de amor (Armeteira, Meis 1863 – Montevideo, 1958), de Xosé Lois Lede Abal e Alejandra Torres Torres, publicado no ano de 2021.

   As trocas simbólicas e sentimentais das conversas que aconteciam entrelaçadas aos muitos cheiros e barulhos da cozinha da família Rodiño, nos presentearam não só com a obra citada, mas com a presença da Alejandra conosco na capacitação: “Mujeres migrantes, oralidad y frontera: algunas consideraciones de Rosa, el agua y aquella historia de amor”. Na qual a professora nos fez aprender muito sobre oralidade, migração, fronteira e cultura através da ótica do seu próprio passado, da sua própria história.

   É sempre um luxo podermos contar com eventos fronteiriços, internacionais que enriquecem o repertório do nosso PET Letras Jaguarão e de toda comunidade participante. Revisitar o passado com um olhar crítico é estar paralelamente estudando o nosso futuro, essa capacitação foi uma aula para todos que participaram. Muchas Gracias!!

Por Lucas Arias

 

 

Assinatura [digital] no espaço virtual 

Assinatura [digital] no espaço virtual 

   No dia vinte e um de julho do ano de dois mil e vinte um ocorreu a oficina intitulada Assinatura [digital] no espaço virtual; ministrada pelo TI da Universidade Federal do Pampa  – Campus Jaguarão – Cesar Radtke. A atividade surgiu de uma inquietação acerca dos certificados gerados nesse momento de ensino remoto, no qual todos eventos e atividades que participamos são realizados através de salas virtuais. Assim, o PET buscou alternativas, não só para o próprio grupo, mas para toda comunidade acadêmica, pensando em uma atividade que abordasse esse tema digital produzindo esclarecimentos. A oficina ocorreu pela plataforma Zoom, às 15 horas, contendo um número de público amplo com professores e alunos de outros campus da universidade. 

   O ministrante trouxe uma proposta bem diferenciada iniciando com uma breve contextualização sobre o mundo real e o mundo virtual, citando a chamada Geração Millennial, composta por indivíduos nascidos entre 1982 a 2004, e a Geração X (Boomers) nascidos anteriormente, pois são gerações que carregam pesos diferentes em relação às tecnologias. Logo após, o ministrante expôs imagens de correspondências utilizadas no passado, explicando como elas eram seladas com ceras, em comparação a imagem de um documento mais atual, explicando que essas marcas de assinaturas, hoje, também estão sendo realizadas de forma virtual. 

   Ao ensinar como realizar a assinatura com certificado digital o ministrante utilizou vários meios e hiperlinks, explicando detalhadamente o passo a passo de como produzir de fato a assinatura digital. Esse movimento possui várias camadas que vão desde sites a aplicativos que devem estar instalados nos computadores, todos esses detalhes foram mostrados pelo ministrante tornando a atividade com uma vibe mais Dark (referência a série produzida pela plataforma de streaming Netflix), repleta de idas e vindas necessárias para expandir esse conhecimento das teias cibernéticas. Com toda contextualização dos espaços de uma assinatura em diálogo aos momentos históricos e a forma detalhada de sua explicação, o ministrante conseguiu proporcionar uma tarde repleta de conhecimentos para os participantes de forma criativa e prazerosa, sanando todas as possíveis dúvidas sobre a temática. 

Por Eduarda Simões

 

Clariceando pelas entrelinhas de Lispector

Clariceando pelas entrelinhas de Lispector

   Foi ao som dos versos das canções “Que mistérios tem Clarice”, composição de Caetano Veloso e Campinam (1968), e de “O nome da cidade”, interpretada por Adriana Calcanhoto (2016), que fomos convidados a mergulhar – talvez num impulso epifânico, como as personagens de Clarice Lispector – na segunda edição do projeto Capacitações PET. Nesta edição, no corrente ano, está intitulada Clariceando pelas entrelinhas de Lispector.  Ministrada pela Profa. Dra. Cátia Goulart, a atividade, ocorrida na última sexta feira, 17 (dezessete) de julho, às 15h15min, via plataforma do Skype, teve como proposta promover aos leitores de obras ficcionais, iniciantes ou mais maduros, um breve passeio pelas entrelinhas da vida e dos textos da escritora Clarice Lispector, com especial atenção para sua novela A hora da estrela (1977). Esta obra, após a exposição da fala da professora convidada para a capacitação, foi colocada ao debate crítico, entre os presentes. Nesse momento, atentando ao que afirma Cosson (2006), se “a leitura é um ato solitário, a interpretação é coletiva”, tentamos fomentar o diálogo sobre as muitas interpretações possíveis e chamar a atenção dos leitores para as sutilezas na construção da obra A hora da estrela.

Por Icaro Olanda.

Tradução Literária: traduções, tradições e traições

Tradução Literária: traduções, tradições e traições

   “Tradução Literária: Traduções, Tradições e Traições” foi o título da última edição do projeto de extensão Capacitações PET, ministrado pelo Prof. Dr. Carlos Rizzon, ocorrido no dia 12 de novembro de 2019, na sala 207, do prédio da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, campus Jaguarão.
A temática abordada pelo professor proporcionou ao público, em especial aos graduandos dos cursos de Letras, o contato com novos conceitos teóricos que estão relacionados e refletem acerca das traduções de textos literários, assunto que é pouco abordado nas disciplinas das licenciaturas em Letras, devido ao enfoque maior ser sobre a formação de professores para o ensino de línguas e literatura.
Na capacitação, o professor apresentou um panorama geral sobre o percurso dos estudos da tradução, contrastando as primeiras definições, concepções e técnicas em relação às novas constatações dessa área. Além disso, foi possível conhecer, também, um pouco do trabalho que vem sendo feito no grupo de estudos “Fronteiras da tradução literária”, coordenado por Carlos Rizzon, em que estudantes da Unipampa, bem como alguns petianos de Letras, atuam traduzindo obras literárias.

Por Bruna B. B. Barbosa

Consumo midiático: Educando com e para a mídia

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Consumo midiático: Educando com e para a mídia

   A primeira edição do projeto Capacitações PET, no ano de 2020, teve como tema “Consumo midiático: Educando com e para a mídia”, ministrada pelo doutorando em Comunicação (UFRGS) Rômulo Tondo. Tal atividade, neste ano, devido à pandemia do COVID-19, ocorreu de forma remota, via Skype, na tarde de quinta-feira, 21 de maio, às 14h30min, e encerrou-se com mais de duas horas e meia de duração. Destacamos que o tema abordado pelo palestrante proporcionou aos participantes da atividade um (re)pensar nas possibilidades – em especial, no campo da Educação – das interações entre mídia e os conteúdos diversos a serem dialogados entre os sujeitos na construção coletiva do conhecimento. Para além disso, segundo Rômulo Tondo – citando Mary Douglas e Baron Isherwood, em seu texto O mundo dos bens: para uma antropologia do consumo – o consumo, neste caso, midiático é capaz de evidenciar nosso posicionamento enquanto sujeitos que podem construir cercas ou pontes dentro de uma sociedade, ou seja, sujeitos que podem ou não promover uma “educação com e para a mídia”. Por último, nos resta salientar que esta capacitação abriu-se ao diálogo com distintas áreas e sujeitos que puderam participar e colaborar ativamente nas discussões, tornando a atividade muito mais enriquecedora.

Por Icaro C. C. C. C. Olanda

Como mobilizar a escrita na sala de aula?

Como mobilizar a escrita na sala de aula?

   A primeira edição do projeto Capacitações PET do ano de 2019 ocorreu em uma sexta-feira à tarde, no dia vinte e sete de setembro. Intitulada “Como mobilizar a escrita na sala de aula? Uma reflexão pela perspectiva anunciativa”, foi ministrada pela Profa. Dra. Jorama de Quadros Stein. Essa primeira edição, teve um público não apenas da área de Letras como também dos cursos de Pedagogia, História e Produção e Política Cultural e esteve vinculada com o calendário de paralisação discente do campus Jaguarão.
Para abordar o tema proposto, a Profa. Dra. Jorama de Quadros Stein iniciou a atividade com uma pergunta aos presentes sobre o que pensavam ser essencial para uma aula de escrita. Na ação, além de estimular a reflexão sobre o modo como os alunos passam por processos de escritas diferentes uns dos outros, levou-nos a refletir que somos nós, afinal, que mobilizamos a escrita. A edição de Capacitações contou com uma atividade em que os presentes leram alguns textos selecionados pela professora ministrante e analisaram as produções a partir de três perguntas: “a quem o texto se direciona?”; “qual o ponto de vista defendido?” e “quais os problemas encontrados?”.
Ao longo da atividade, a professora frisou que, como futuros professores, devemos nos questionar o “nosso lugar” e “nossa compreensão” sobre a escrita e que devemos ter em mente que a escrita é diferente da língua falada, mas que precisa dessa língua. No final da atividade, a professora ministrante foi presenteada pelo grupo PET Letras com uma recordação.

Por Maria Ingrid de Macedo.