Consumo midiático: Educando com e para a mídia

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Consumo midiático: Educando com e para a mídia

   A primeira edição do projeto Capacitações PET, no ano de 2020, teve como tema “Consumo midiático: Educando com e para a mídia”, ministrada pelo doutorando em Comunicação (UFRGS) Rômulo Tondo. Tal atividade, neste ano, devido à pandemia do COVID-19, ocorreu de forma remota, via Skype, na tarde de quinta-feira, 21 de maio, às 14h30min, e encerrou-se com mais de duas horas e meia de duração. Destacamos que o tema abordado pelo palestrante proporcionou aos participantes da atividade um (re)pensar nas possibilidades – em especial, no campo da Educação – das interações entre mídia e os conteúdos diversos a serem dialogados entre os sujeitos na construção coletiva do conhecimento. Para além disso, segundo Rômulo Tondo – citando Mary Douglas e Baron Isherwood, em seu texto O mundo dos bens: para uma antropologia do consumo – o consumo, neste caso, midiático é capaz de evidenciar nosso posicionamento enquanto sujeitos que podem construir cercas ou pontes dentro de uma sociedade, ou seja, sujeitos que podem ou não promover uma “educação com e para a mídia”. Por último, nos resta salientar que esta capacitação abriu-se ao diálogo com distintas áreas e sujeitos que puderam participar e colaborar ativamente nas discussões, tornando a atividade muito mais enriquecedora.

Por Icaro C. C. C. C. Olanda

“Os sapatinhos vermelhos” e “Mel & Girassóis”, de Caio Fernando Abreu

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   Se no conto “Os Sapatinhos vermelhos” o leitor submerge numa narrativa em que os tons mais escuros de uma atmosfera angustiante predominam, já em “Mel & Girassóis” ele emerge para uma claridade abundante e um tanto acolhedora para si. Foi a partir da leitura desses dois contos de Caio Fernando Abreu – escritor privilegiado mais uma vez pelo Clube do Livro, devido ao seu profundo trabalho estético com a palavra – que nós, o grupo PET Letras, iniciamos a terceira edição do projeto Clube do Livro, no dia 07 de outubro, de 2019, que ocorreu na área externa da UNIPAMPA, campus Jaguarão. Ambos os contos, “Os Sapatinhos vermelhos” e “Mel & Girassóis”, debatidos, nesta edição, são integrantes do livro de contos Mel & Girassóis, publicado em 1988. Ressaltamos ainda que, os contos selecionados proporcionaram aos participantes do projeto manifestarem-se a partir das mais diversas abordagens críticas e teóricas, que perpassaram desde os Estudos Feministas até os Estudos Culturais; possibilitando assim um diálogo enriquecedor para todos.

Por Icaro C. C. C. C. Olanda

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Como mobilizar a escrita na sala de aula?

Como mobilizar a escrita na sala de aula?

   A primeira edição do projeto Capacitações PET do ano de 2019 ocorreu em uma sexta-feira à tarde, no dia vinte e sete de setembro. Intitulada “Como mobilizar a escrita na sala de aula? Uma reflexão pela perspectiva anunciativa”, foi ministrada pela Profa. Dra. Jorama de Quadros Stein. Essa primeira edição, teve um público não apenas da área de Letras como também dos cursos de Pedagogia, História e Produção e Política Cultural e esteve vinculada com o calendário de paralisação discente do campus Jaguarão.
Para abordar o tema proposto, a Profa. Dra. Jorama de Quadros Stein iniciou a atividade com uma pergunta aos presentes sobre o que pensavam ser essencial para uma aula de escrita. Na ação, além de estimular a reflexão sobre o modo como os alunos passam por processos de escritas diferentes uns dos outros, levou-nos a refletir que somos nós, afinal, que mobilizamos a escrita. A edição de Capacitações contou com uma atividade em que os presentes leram alguns textos selecionados pela professora ministrante e analisaram as produções a partir de três perguntas: “a quem o texto se direciona?”; “qual o ponto de vista defendido?” e “quais os problemas encontrados?”.
Ao longo da atividade, a professora frisou que, como futuros professores, devemos nos questionar o “nosso lugar” e “nossa compreensão” sobre a escrita e que devemos ter em mente que a escrita é diferente da língua falada, mas que precisa dessa língua. No final da atividade, a professora ministrante foi presenteada pelo grupo PET Letras com uma recordação.

Por Maria Ingrid de Macedo.

 

 

 

Oficinas preparatórias de redação para o ENEM – I.E.E. Aimone Soares Carriconde

Oficinas preparatórias de redação para o ENEM – I.E.E. Aimone Soares Carriconde

   Em 2019, o projeto Tecelaria da Palavra na Escola foi aplicado, como no ano de 2018, no Instituto Estadual de Educação Aimone Soares Carriconde, na cidade de Arroio Grande. Além de uma formação extraclasse para os ministrantes, o objetivo foi propiciar um espaço para os alunos, de segundo e terceiro ano, sanarem suas dúvidas em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), os petianos utilizaram distintos gêneros textuais (carta, artigo de opinião, texto dissertativo argumentativo), destacando, nas redações de anos anteriores, exemplos dos principais erros que os participantes cometeram que resultaram no desconto parcial ou total da média final. Os petianos ministrantes dos aulões ressaltaram a necessidade de manter um equilíbrio entre a escrita formal e elementos para ajudar na defesa de uma ideia, ambos, extremamente necessários para não haver desvios das normas exigidas pela prova. Nesta edição, foi diferente do ano anterior, pois os bolsistas apresentaram os conteúdos no formato de um aulão, dividido no turno da manhã e da tarde.
Estar presente no ambiente escolar, para o grupo e para os participantes, foi de grande importância. A aproximação estabelecida entre universidade/escola é fundamental para somar à educação, já que, por um lado, os ministrantes treinaram suas desenvolturas como futuros professores; logo, os participantes puderam revisar conteúdos fundamentais. Ao final do encontro, os alunos surpreenderam os petianos em um diálogo mais pessoal, contaram quais eram os cursos e universidades que queriam ingressar. Também questionaram como os ministrantes lidaram com desafios da transição do ensino médio ao ingresso no ensino superior e de como é permanecer, gerando diálogos sobre cotas e bolsas de estudos, além de ressaltarem, de forma positiva, a atuação do PET Letras, visto que ainda tinham dúvidas de como funciona o ENEM, como se constrói a redação e o que fazer depois do exame.

Por Camila da Silva Alves, Kéven Costa de Lima e Maria Ingrid de Macedo.

“Diários e Confissões”, de Sandro Mendes

“Diários e Confissões”, de Sandro Mendes

   A edição especial do Clube do Livro com contos da obra Diários e Confissões, de Sandro Mendes aconteceu na manhã do dia seis de dezembro de dois mil e dezenove, no auditório da UNIPAMPA, campus Jaguarão. Essa atividade ganhou o título de “edição especial” por diversos motivos! Ela se iniciou com a leitura dramatizada dos contos “A dança dos zumbis”, “Hay días que no sé lo que me pasa” e “Resumo do bullet jornal de Fabiana Saravia” por Breno Santareno. Breno, mais do que dramatizar sua leitura,  transformou-a em uma bela performance teatral que emocionou todos os presentes. 

   Em seguida, com a presença ilustre do autor, diferentes interpretações dos contos foram expostas, ideias debatidas e o processo da escrita criativa foi explorado, resultando em pequenas contações de histórias por Sandro, que revelou algumas motivações para a criação de sua obra. A discussão a respeito dos contos se estendeu ao coffee break, que possibilitou ainda mais a troca de percepções entre as mais diferentes faixas etárias de leitores curiosos.

   Na continuidade uma manhã tão rica, ocorreu o lançamento do livro artesanal Tentativas de um jovem escritor, uma coletânea de contos e minicontos da turma do sexto ano “a” da EMEF Marechal Castelo Branco. O livro foi resultado do trabalho da petiana Bruna Beatriz durante estágio na escola e teve como uma de suas inspirações o livro Diários e confissões. Em uma das aulas, Bruna levou a obra de Sandro Mendes para os alunos verem como se parece um livro artesanal e como é organizada uma coletânea de contos. Tentativas de um jovem escritor rendeu diversas perguntas por parte do público presente, além das mais belas e singulares respostas por parte dos autores, pequenos em tamanho, mas gigantes na escrita. Após o lançamento do livro, foi realizada uma sessão de autógrafos.

   Essa edição do Clube do Livro se encerrou com agradecimentos a todos que contribuíram para sua realização e a todos os convidados presentes. O grupo PET Letras também presenteou Breno Santareno e Sandro Mendes com delicadezas personalizadas para cada um.

Por Mariana Cavallari Fernandes

“O diário de Anne Frank”, de Anne Frank

“O diário de Anne Frank”, de Anne Frank 

   “Mas então vieram os nazistas e definiram a nós, judeus, como diferentes, afinal.” É a partir desse excerto da obra O diário de Anne Frank em quadrinhos (2017),de autoria de Anne Frank com adaptação de Ari Folman e ilustração de David Polonsky, que começamos o resumo da primeira edição do projeto Clube do Livro no ano de 2020. Neste ano, devido à pandemia do COVID-19, ocorreu de forma remota, via Skype, na tarde de quinta-feira, 07 de maio, às 15h e encerrou-se com mais de duas horas de duração. Ressaltamos ainda que, a obra privilegiada, O diário de Anne Frank em quadrinhos, despertou grande debate nas posições discursivas dos participantes e revelou-se não só como um texto de grande apreço, devido a questões subjetivas de cada um dos integrantes do debate, mas também uma narrativa que oferece diversas possibilidades de abordagens teóricas e críticas.

   Estas podem, por exemplo, ser a respeito tanto da narrativa verbal quanto das ilustrações que compõem a obra e permitem ao leitor, parafraseando o teórico Gaston Bachelard (2008), o prazer da imagem poética. Este conceito veio à tona, mesmo que implicitamente, durante o decorrer das manifestações dos envolvidos na atividade.

Por Icaro C. C. C. C. Olanda

Participação no 11ª SIEPE

Participação no 11ª SIEPE

   O PET Letras – Jaguarão esteve presente no 11º SIEPE, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de outubro do ano de 2019, sediado na Universidade Federal do Pampa- campus Santana do Livramento cuja temática foi: “Educação e Ciência para o desenvolvimento sustentável”. 

   O grupo foi representado pelos bolsistas Bruna Biasoli, Ícaro Olanda, Lucas Martins e Rafael Ramos, que apresentaram três trabalhos, um na modalidade oral e dois na modalidade pôster, sendo eles “Neurociência e educação: um caminho possível para o êxito no ensino de línguas”, “Marcas culturais e Linguísticas na poesia de Rupi Kaur” e “Diálogo e alteridade no projeto de extensão falando com as mãos: Libras no PET”, respectivamente. 

   O evento ofereceu uma ótima estrutura para os apresentadores, além de proporcionar a interação entre universidades brasileiras e uruguaias. Agradecemos a organização do evento pela oportunidade de, mais uma vez, divulgar o trabalho do PET Letras Jaguarão neste evento.

Por Rafael Ramos

Lucas Martins, Rafael Ramos e Bruna Biasoli durante o evento.

Falando com as mãos – LIBRAS no PET

Falando com as mãos – LIBRAS no PET

   Falando com as mãos – LIBRAS no PET é um projeto que propõe atividades voltadas para a inclusão e acessibilidade dentro da universidade. A primeira edição ocorreu no dia 18 de junho, no Espaço Dandara, da Universidade Federal do Pampa. O PET Letras contou com diversas parcerias para realização do evento e teve um público bastante diverso, formado pela comunidade surda, além dos discentes dos cursos de Letras, PPC, Pedagogia e História.


   O evento teve seu início com a leitura do poema “Mundos”, de Lívia Vilas Boas, sinalizado pela egressa da Unipampa e pesquisadora de LIBRAS Ana Carolina Machado, que se dedicou a ajudar o grupo no papel de intérprete durante todo o evento. Na sequência, o Prof. Dr. Márcio Friedrich apresentou o mesmo poema em LIBRAS, com a intenção de expor as diferenças de um poema que chega através da oralidade e de um poema que comunica em LIBRAS, levando em consideração que para a comunidade surda, o segundo poema proporciona um entendimento mais preciso.


   Continuando com o Prof. Márcio, o grupo PET Letras juntou-se a ele na atividade seguinte para expor de forma performática o funcionamento do mundo dos surdos e dos ouvintes. Antes da roda de conversa, o evento apresentou uma amostra da cultura da comunidade ouvinte, como as piadas criadas para serem contadas oralmente, interpretadas por Ana Carolina, e piadas criadas e contadas pela comunidade surda, nas quais o gestual e as expressões faciais são fundamentais.


   O evento realizou a roda de conversa intitulada “Como os surdos e a LIBRAS integram o espaço? Como a cultura surda chega até os ouvintes?”. A atividade foi integrada pela psicóloga do campus Angélica Peter, pelas Técnicas Administrativas Silvia Ávila e Cristiane Riccordi, que dialogaram com o público sobre o funcionamento do NUDA/NINA. A discente Julia Nunes relatou suas experiências como coda, ouvinte e filha de pais surdos. A pedagoga da Unipampa e da EMEF Marechal Castelo Branco Sílvia Ávila expôs o dia a dia dos alunos surdos no ensino fundamental.


   Ao final da atividade, o público foi convidado para um café e o grupo e PET entregou singelas lembranças ao Prof. Dr. Márcio, pela parceria com o projeto, para a discente Camylla Picanço, pelas capacitações em LIBRAS anteriores ao evento, e para egressa Ana Carolina, por ter se disponibilizado em ser a intérprete do evento.

Por Kéven Costa de Lima.