Sujeitos, enunciados e (re)existências em tempos sombrios
O grupo PET Letras Jaguarão compreende a importância de promover um diálogo aberto e elucidativo com a comunidade acadêmica e externa, principalmente em tempos difíceis para a educação brasileira, como o atual. Este foi o contexto em que a 3ª edição do projeto Palestras PET intitulada “Sujeitos, enunciados e (re)existências em tempos sombrios”, foi planejada. A atividade contou com a participação do docente do curso de licenciatura em História, Prof. Dr. Caiuá Cardoso Al-Alam, do campus Jaguarão, e o discente do curso de História e represente discente do movimento estudantil EPAED (Estudantes por Assistência Estudantil Digna) para uma tarde de diálogo que ocorreu no dia primeiro de outubro de dois mil e vinte e um, de forma remota, via Google Meet.
A atividade se desenvolveu permeada por um tom poético do início ao fim, sucedida por momentos de participações com recitações de poemas e citações de livros que dialogam o atual cenário da educação brasileira, permitindo reflexões sobre como sermos resistência em tempos em que sonhar com a educação é difícil. Para além do mais, na palestra foram abordados assuntos como a BNCC, que excluiu a carga horária de diversas disciplinas do ensino médio, restringindo-se para as áreas do mercado de trabalho, e o impacto que pode gerar no sistema educacional futuramente.
Além das reflexões propostas sobre o atual descaso com que é tratada a educação brasileira, também debatemos os cortes que vem ocorrendo nos últimos anos no ensino público superior. Nesta tarde de sexta-feira, foi perceptível como a importância da arte e da cultura como maneiras de resistência, e mais do que isso, nessa tarde de diálogos e trocas foi possível conhecer novas poetas, como a Lila Ripoll, projetos digitais de leituras e também sugestões de leituras, como por exemplo a obra Carta a Guiné Bissau, escrita pelo educador Paulo Freire. É com palavras desse grande educador brasileiro que concluímos o resumo desta atividade, pois entendemos que “Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender” (2002, p. 12).
Por: Maria Ingrid de Macedo