Livro: “O que é ideologia?”, de Marilena Chauí

Livro: “O que é ideologia?”, de Marilena Chauí

   No dia 10 (dez) de outubro de 2014, na 43ª (quadragésima terceira) reunião do grupo Programa de Educação Tutorial (PET) Letras, discutiu-se o livro O que é ideologia?, de Marilena Chauí. A autora, primeiramente, apresenta exemplos de conceitos de Ideologia. Após, estabelece paralelo entre estes e compreensões históricas deste termo. Logo, explica a concepção ideológica marxista. No primeiro item, Chauí, baseando-se nos postulados do pensamento filosófico grego no que se refere à explicação de movimento enquanto alteração de um dado espaço, explica a realidade e suas transformações. Também aclara a teoria das quatro causas, elaborada por Aristóteles. Segundo a pesquisadora, por intermédio da Ideologia,

[…] os homens legitimam as condições sociais de exploração e dedominação, fazendo com que pareçam verdadeiras e justas. Enfim, também é um aspecto fundamental da existência histórica dos homensa ação pela qual podem ou reproduzir as relações sociais existentes, ou transformá-las, seja de maneira radical […], seja de maneira parcial […] (1980, p. 08-09)

   A escritora, a partir de perspectiva histórica do termo Ideologia, afirma que este aparece pela primeira vez em 1801, no livro Elémentsd’ldéologie, de Destutt de Tracy. De acordo com Chauí, os ideólogos franceses eram antiteológicos, antimetafísicos e antimonárquicos. Segundo a especialista, Ideologia, Ideólogos, passaram a possuir sentido pejorativo quanto Napoleão Bonaparte, no Conselho de Estado, em 1812, “[…] declarou: ‘Todas as desgraças que afligem nossa bela França devem ser atribuídas à ideologia […]’” (1980, p. 10).
Conforme a filósofa, para Durkheim, em Regras para o Método Sociológico, “[…] é preciso tratar o fato social como uma coisa, exatamente como o cientista da Natureza trata os fenômenos naturais” (1980, p. 12).Ou seja, para atentar-se a questões sociais há a condição de o cientista ser desprovido de subjetividade, devendo, então, o sociólogo reparar a realidade de modo objetivo. Por isso, o Sociólogo irá afirma que Ideologia é todo e qualquer conhecimento da sociedade que não respeite tais critérios de neutralidade.
Por fim, atentando a concepção ideológica marxista, a professora afirma estar em A ideologia Alemã a descrição, realizada por Marx, de Ideologia. Segundo Chauí, é importante compreender que o pensamento historicamente determinado analisado por Marx é posterior ao da filosofia de Hegel. Bem como o fato que Marx interrelaciona a produção de ideias, pensamentos, a contextos sociais, históricos nos quais foram produzidos, entendendo, ele, assim, Ideologia como corrompidora a visão de indivíduos perante a realidade.

Por: Millaine de Souza Carvalho.

PET- Letras oferta oficinas sobre leitura de textos midáticos

PET- Letras oferta oficinas sobre leitura de textos midáticos

  No dia quinze de dezembro de dois mil e catorze, na Universidade Federal do Pampa, Campus Jaguarão, as bolsistas Rocheli Silveira e Millaine Carvalho ofereceram duas oficinas: Sentidos de povo em “veja” e “Carta Capital” nas manifestações de junho; e A imagem da banda One Direction e das fãs da banda em uma reportagem na revista Atrevida. Participaram da oficina cinco alunos, advindos de diversas escolas de Jaguarão, com idade entre 13 e 17 anos.
A primeira a ministrar a oficina “A imagem da banda One Direction e das fãs da banda em uma reportagem na revista Atrevida” foi a bolsista Rocheli Silveira. A petiana levou dinâmicas que apresentaram aos participantes as condições de produção da banda OneDirectione da revista Atrevida, para então analisar a reportagem sobre a banda, retirada da revista.
Já a segunda oficina, “Sentidos de povo em ‘veja’ e ‘Carta Capital’ nas manifestações de junho”, ofertada pela bolsista Millaine Carvalho, trouxe a leitura de trechos de reportagens das revistas Veja e Carta Capital. Na ocasião, a bolsista também através de dinâmicas resgatou as condições de produção das manifestações de junho e das revistas, para só então fazer a análise dos trechos de reportagens das revistas em questão. As oficinas vinculadas ao projeto de extensão Discurso, mídia e escola, são um seguimento das pesquisas realizadas pelas petianas.

Por Rocheli Silveira

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PET- Letras oferta oficina de interpretação de propagandas

PET- Letras oferta oficina de interpretação de propagandas

   No dia nove de dezembro de dois mil e catorze, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ceni Soares Dias, a bolsista Nathalia Madeira Araujo ofereceu a oficina “O Banco do Brasil e as estratégias que são utilizadas para conquistar os clientes”. Participaram da oficina dez alunos, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, com idade entre 12 e 15 anos.
Na ocasião a bolsista levou aos alunos propagandas do Banco do Brasil e através de estímulos e das condições de produção da propaganda, a petiana e os alunos analisaram algumas dessas propagandas. Além disso, a acadêmica solicitou que os alunos criassem uma propaganda para o banco Jaguarão. A oficina, vinculada ao projeto de extensão Discurso, mídia e escola, é um seguimento da pesquisa realizada pela discente.

Por Rocheli Silveira

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Oficina de Citações – C.C.: Práticas de Linguagem

Oficina de Citações – C.C.: Práticas de Linguagem

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  No dia catorze de janeiro de dois mil e quinze, às dezenove horas na Unipampa, na sala 304, aconteceu a oficina de citações, conforme normas da ABNT. A oficina foi ministrada pelas petianas Ana Paula Henck Alves e Katiele Santana da Silva, para a turma de Práticas de Linguagem do segundo semestre do Curso Letras. A disciplina está sob a responsabilidade da professora Renata Silveira, o encontro teve duração de uma hora e quarenta e cinco, tendo em torno de quinze alunos presentes. Os alunos participaram da oficina fazendo questionamentos sobre o tema trabalhado, logo após, as petianas apresentarem as normas de citações, foi entregue aos alunos uma folha com algumas questões para eles responderem referentes a citações, para ver se os mesmos tinham ficado com alguma dúvida sobre o tema trabalhado.

Por Katiele S da Silva

Planejar gêneros acadêmicos

Planejar gêneros acadêmicos

   No dia 7 de julho de 2014, o grupo PET Letras discutiu as atividades do texto “Planejar gêneros acadêmicos”, das autoras Anna Rachel Machado, Eliane Lousada e Lília Abreu-Tardelli (2005). As autoras buscam dar sugestões para auxiliar discentes em suas pesquisas, assim como nos processos de elaboração e escrita no que se refere aos gêneros acadêmicos/científicos.

   As proponentes acreditam que em qualquer uma dessas produções existe um processo de produção anterior à escrita, abrangendo uma cadeia de atividades, e que se elas não forem seguidas, fica muito complicado alcançar um resultado satisfatório. Para elas, essas atividades abrangem a procura de temas de relevância para o campo em que é inserido o trabalho; o processo de formulação e de classificação das questões e dos materiais de pesquisa; a competência de levantar aspectos apropriados sobre o conjunto de produção; e a competência de planejamento, no que se refere à organização global e ao conteúdo.

   A obra ressalta o valor da conservação de um diário relacionado às pesquisas, sugerindo assim, maneiras de como fazê-lo, tornando esse processo mais fácil para o pesquisador/escritor.

O livro foi escolhido como estratégia de capacitação dos petianos à iniciação científica.

Jairo Santana

Referência

MACHADO, Anna Rachel et al. Planejar gêneros acadêmicos. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

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Livro: “Carta de uma orientadora”, de Débora Diniz

Livro: “Carta de uma orientadora”, de Débora Diniz

   No dia 13 de maio, o PET Letras discutiu o livro denominado, Carta de uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa (2012), de Diniz. A propõe uma série de dicas de metodologia para elaboração de trabalhos científicos, enfocando, basicamente, a produção da monografia, popularmente conhecida como trabalho de conclusão de curso. Além disso, a autora sugere alguns preceitos básicos que devem orientar a relação orientadora/orientanda. Ao longo do livro, Diniz propõe métodos para elaborar o problema de pesquisa, o título, palavras chave, introdução, parágrafos, conclusão, também fornece dicas de como organizar e dividir o tempo para realização de pesquisa bibliográfica, leitura, escrita e revisão, e alerta como evitar o plágio durante o trabalho de conclusão. Em sequência, a escritora enfatiza a importância da leitura, sendo esta a atividade básica para a pesquisa. Ela apresenta quatro estilos de leitora: a burocrata, a atriz, a desnorteada e a criadora. Ao final do livro, Diniz apresenta um modelo de Mapa de Leitura e um Cronograma para Elaboração da Monografia, este dividido em dois semestres, mostra uma tabela que traz todos os passos que devem ser efetivados pela aluna durante a elaboração do trabalho final.

Bolsista: Nathalia Madeira Araujo

DINIZ, Debora. Carta de uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa. Brasília: Letras Livres, 2012.

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“Deve-se culpar a mídia?”, de Gilles Lipovetsky

“Deve-se culpar a mídia?”, de Gilles Lipovetsky

   No dia 26 de março de 2014 o grupo PET Letras/Jaguarão se reuniu para discutir o texto “Deve-se culpar a mídia?” que faz parte do livro “Metamorfose da cultura liberal” do filósofo francês Gilles Lipovetsky. Conforme o autor, os intelectuais possuem um discurso hipócrita sobre os meios de comunicação em massa, acusados de serem instrumentos de manipulação e alienação totalitária. Quando se pensa em mídia vem a ideia de um poder total, controle e manipulação de opinião. A mídia é responsabilizada por todos os males, mas ela não pode tudo e nem tem todos os poderes. Um dos objetivos da mídia é alcançar diferentes indivíduos e para isso é inevitável a padronização dos modos de vida, dos gostos e das práticas. De fato, a mídia é uma força na individualização e no comportamento social de nossa época, não se busca mais os cafés, os cinemas, etc., a mídia oferece tudo isso. Com o aumento das tecnologias, os lares estão cada vez mais equipados aumentando a individualização. Os meios de comunicação, em especial a televisão, não estão preocupados em educar e sim estão em busca de audiência, isto se comprova pela ausência de programas literários e o gosto do público acabou migrando para programas de esporte e programas de auditórios. Mas a mídia não pode ser a única responsável pela alienação individual, pois também leva os indivíduos a reagir, a protestar, a agir como protagonista no mundo. O poder emocional da mídia é profundo e superficial, mas não mecânico, pois não consegue controlar tudo e todos, estimula, mas não os controla.

Ana Paula Henck Alves

Referência:

LIPOVETSKY, G. Deve-se culpar a mídia? In: _______. Metamorfoses da cultura liberal: ética, mídia, empresa. Trad. Juremir Machado. Porto Alegre: Sulina, 2004. p. 67-88.

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“Estudos da Linguagem e Ensino: em busca de novos caminhos”, de Indursky, Nardi e Grantam

Estudos da Linguagem e Ensino: em busca de novos caminhos

   No dia 11 de fevereiro de 2014, o grupo PET Letras discutiu o capítulo “Estudos da Linguagem e Ensino: em busca de novos caminhos”, de Indursky, Nardi e Grantham(2005). O texto reflete sobre o ensino da Língua Portuguesa através do referencial teórico da Análise de Discurso de linha francesa (AD), apontando caminhos para a reflexão teórica e práticas pedagógicas; aqui entendidas como prática discursiva.  A primeira parte do texto denominada “As contribuições da AD para o ensino de língua: modificando olhares” é iniciada trazendo as concepções apresentadas por Pechêux e Gadet em “A língua inatingível”  a respeito do que era língua para os linguistas do seu tempo e como a língua é pensada através da AD, se constituindo em um sistema atravessado pela falha. Dessa equivocidade e opacidade da língua que surge a possibilidade de o professor trabalhar em sala de aula com aquilo que não está dito na superfície dos enunciados. Na segunda parte que se chama “Entreato: passagem da teoria à prática” é discutida a importância de o professor ter em mente com qual concepção de língua trabalha. Na terça parte denominada “Análise discurso, leitura e ensino: uma reflexão” são mostrados fragmentos da tese deMarileiGrantham. Essa autora fez uma pesquisa com base na AD que se construiu a partir da reescrita de dois textos diferentes. Com a análise dessas reescritas percebeu-se três processos de leitura: manutenção dos sentidos, deslizamento dos sentidos e ruptura dos sentidos.

Referência

INDURSKY, Freda; NARDI, FabieleStockmans de; GRANTHAM, MarileiResmini. Estudos da Linguagem e Ensino:em busca de novos caminhos. In: HENRIQUES, Carlos Cezar;

SIMÕES, Darcília (orgs).Língua portuguesa: reflexões sobre descrição, ensino e pesquisa. Rio de Janeiro: Europa, 2005.

Nathalia Madeira Araujo

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“Analisando o discurso”, de Helena Hathsue Nagamine Brandão

“Analisando o discurso”, de Helena Hathsue Nagamine Brandão

   O grupo PET Letras conversou, no dia 28 de janeiro de 2014, sobre o texto Analisando o discurso, de Helena Hathsue Nagamine Brandão. A autora inicia o texto afirmando que a palavra discurso significa mais do que aquilo proferido por políticos, modo como discurso é significado em senso comum. Assim, ela apresenta as cinco perguntas norteadoras de seu artigo, sendo elas O que é discurso?; Discurso é o mesmo que linguagem?; Discurso e gramática são a mesma coisa?; Discurso e texto são a mesma coisa?; O estudo do discurso é importante para o estudo da língua portuguesa?.

   A autora explica o que é discurso, sob um enfoque linguístico. Seguidamente, apresenta onze características fundamentais de um discurso, dentre as propostas por Maingueneau (2004). Após, Brandão explica a teoria Análise de Discurso. Logo, diferencia discurso de texto. Em seguida, através de uma análise discursiva, ela exemplifica o que fora trabalho em seu texto. Por fim, Brandão aborda gêneros discursivos, sua esferas, bem como distingue gêneros discursivos primários de secundários.

Fonte: http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/colunas_interna.php?id_coluna=1

 

Millaine de Souza Carvalho.

 

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“Desafios para uma análise do discurso (e para o ensino?)”, de Ingo Voese

“Desafios para uma análise do discurso (e para o ensino?)”, de Ingo Voese

   No dia 4 de fevereiro de 2014, o grupo PET Letras leu o artigo Desafios para uma análise do discurso (e para o ensino?) (2002), de Ingo Voese, que relata a dificuldade de encontrar uma metodologia eficaz para o ensino da Análise do Discurso nos ensinos fundamental e médio. Para ajudar nesta dificuldade, o autor traz um roteiro didático para abordar o discurso em sala de aula. Mas antes, para contextualizar isso, Voese apresenta concepções do que é a Análise do Discurso, dentre elas: as condições de produção, o interdiscurso, a historicidade, as ideologias, entre outros.

VOESE, Ingo. Desafios para uma análise do discurso (e para o ensino?).In: Linguagem em (Dis)curso, Tubarão, v. 3, n. 1, p. 187-210, jul./dez. 2002.

 

Rocheli Silveira

 

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