Literatura Periférica: Movimento, Cultura e Ensino

   O evento Literatura Periférica: Movimento, cultura e ensino partiu de uma  iniciativa do grupo PET Letras da UNIPAMPA/Jaguarão e se organizou com base em dois projetos elencados no Planejamento Anual do grupo referente ao ano de 2022. A ação teve o apoio dos cursos de licenciatura em Letras da UNIPAMPA, bem como de outras instituições que o sediaram. O evento deu luz e voz para o movimento literário periférico, difundindo-se em três atividades: Capacitações PET, Palestra PET e Sarau Tranca Rua. 

   A primeira parte da programação deu-se pela manhã, na UNIPAMPA. Seus ministrantes, a Profa. Ma. Nathália Luisa Giraud Gasparini e os estudantes Bruno José Melo Farias e Marcel Fernando da Silva, vinculados ao IFRS Restinga, ministraram a capacitação Projeto Literatinga: literatura periférica e letramento literário na escola pública. Em duas horas de duração, colocaram em prática a oficina sobre leitura de obras literárias produzidas por escritores oriundos da periferia, como José Falero, lidos a partir de exercícios e metodologias de leitura propostas por Rildo Cosson e Marcel Álvaro de Amorim et al. A atividade foi muito apreciada pelos participantes e verdadeiramente formadora para futuros professores de língua e literatura, como grande parte do público.

   No turno da tarde, deu-se o Sarau Tranca Rua, atividade que abarcou o projeto Palestras PET, ministrada pelas integrantes do Slam das Minas de Pelotas, Stéphane da Silva Fagundes e Jéssica Fernandes da Porciúncula.

   Em simultâneo às atividades, deu-se a feira da agricultura familiar e de artesanato; e uma oficina de zine. Já no final do dia de atividades, aconteceu um lançamento de livro de autoria coletiva e performances artísticas.

   O evento tão diverso foi viabilizado pelo trabalho do PET Letras, junto aos cursos de Letras da Unipampa. A concretização de suas ações foi possível graças ao apoio logístico do  IFRS – Restinga, pelos coletivos presentes, bem como pelos nossos apoiadores e patrocinadores.

 

Patrocinadores: Armazém Otto; Mão Velas e Co; Padaria e Mercearia Gutto; Academia e Centro de Preparação Física Professor Claudemir; Padaria Veramar; Supermercado Casarão.

Apoiadores: Casa Azpiroz, Saturname, Pizza Fondina, Millenium (som), PROEXT UNIPAMPA; Curso Letras – Português e Literaturas de Língua Portuguesa; Curso Letras – Espanhol e Literatura Hispânica.

 

 

Por Grupo PET – Letras

 

Clube do Livro em uma escola uruguaia

No dia 08 de Novembro de 2022 o grupo PET Letras visitou a cidade de Rio Branco, no Uruguai, para realizar o Clube do Livro com a contação de história baseada em A parte que falta, de Shel Silvestein. O evento foi promovido pela Feira Alternativa de Literatura e Arte (FALA) e teve a parceria do PET Letras da Unipampa e da Escuela 18 de Rio Branco. O encontro aconteceu através de um acordo de cooperação entre a SIC, entidade promotora da FALA, da Unipampa e a escola acima citada. No encontro, o grupo PET presenciou a finalização de outra ação em parceria entre a Unipampa e a escola: a entrega de livros infantis arrecadados com uma campanha de doação feita pelo grupo em parceria com a professora Maria do Socorro. Assim, a professora Maria do Socorro Farias, e os discentes Amanda Arcoverde e Eriton Pereira, integraram a comitiva que viajou ao Rio Branco Uruguai.

No decorrer da atividade,  estruturada no projeto que tem como objetivo estimular a leitura entre os estudantes, a petiana Mariana Cavalari Fernandes conversou com os alunos da escola uruguaia sobre a importância do projeto. Finalizada a atividade,  cada participante ganhou seu certificado, e todos os presentes ficaram muito alegres. As professoras da Escuela 18 ficaram muito entusiasmadas, e elogiaram muito a cooperação entre a Unipampa e a escola acima citada.  O grupo PET Letras agradeceu muito a recepção calorosa por parte dos professores e alunos presentes no momento que decorria o evento e afirmou que iria intensificar nossos laços de amizade daí pra frente, fazendo os alunos se valorizarem a cada momento que estiverem aprendendo através da troca de experiências entre ambas partes. No final a tutora do Grupo PET – Letras, Geice peres Nunes, realçou a importância do evento e manifestou-se alegre por ter materializado a programação que estava no papel e se sentiu muito feliz pela forma que fomos recebidos por colegas professores da Escuela 18 do Rio Branco. Em voz dos presentes a bolsista, Mariana Cavallari Fernandes, agradeceu a direção da escola, professores e alunos pela atenção dada durante a atividade do clube de livro, e ainda disse que esse é o início de muitas coisas a serem realizadas em conjunto. 

 

Por Mateus Vieira Có

Clube do Livro nas escolas

No dia 27/10/22, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Castelo Branco recebeu o grupo PET Letras Jaguarão da UNIPAMPA de braços abertos para a atividade de extensão do projeto Clube do LivroEsse clube propôs a contação de história do livro A parte que falta, de Shel Silvertein para os sextos anos. Encontramos nas palavras e ilustrações simples desse livro, significações que tocam no que há de mais humano nas crianças e também nos adultos. Para a contação de história, o livro físico foi lido de forma lúdica, mostrando para os alunos as suas ilustrações, parte essencial da história. A atividade teve continuidade com uma roda de conversa em que os alunos puderam compartilhar suas leituras e interpretações em um momento marcado pela troca afetiva e pela validação dos sentimentos e histórias dos presentes. Uma atividade lúdica foi feita baseada na ilustração da obra e os alunos complementaram com pinturas, desenhos e frases uma das páginas do livro.

 

 

 

Por Mariana Cavallari Fernandes

Conhecendo a Língua e a Cultura de Guiné-Bissau

Conhecendo a Língua e a Cultura de Guiné-Bissau – LICPET – 2ª edição

 

     No dia 28 de julho de 2022 aconteceu a 2ª edição do projeto LICPET, intitulado “Conhecendo a Língua e a Cultura de Guiné-Bissau”, ministrada pelo petiano e discente de Letras, Mateus Vieira Có. Mateus nos apresentou um pouco da história, cultura e língua de seu país natal.

     No decorrer do evento questões políticas, geográficas e sociais de Guiné-Bissau foram elucidadas. Mateus também nos apresentou, muito generosamente, sua família e sua etnia, bem como a diversidade étnica de Guiné-Bissau que conta com 27 etnias.

     A maior parte do evento foi dedicada à língua mais falada em Guiné-Bissau, o Crioulo. Aprendemos os numerais, os pronomes e alguns verbos em Crioulo, além de outras palavras do vocabulário. O público pode perceber a diferença entre as ortografias da língua portuguesa e o crioulo, mas a semelhança fonética que aproxima as duas línguas. A questão do Português como língua oficial do país também foi bastante esplanada. O evento acabou com o Matheus apresentando um videoclipe de uma música de sua etnia.

     Todos os presentes se mostraram entusiasmados e com vontade de conhecer ainda mais Guiné-Bissau, fazendo perguntas constantemente, as quais Mateus respondia com toda paciência e empenho! 

Em nome de todo grupo PET Letras, agradecemos muito pelos aprendizados, Mateus!

 

 

 

Por Mariana Cavallari Fernandes.

Roda de Conversa e Oficinas PET – Letras e PASP

Roda de Conversa e Oficinas PET – Letras e PASP

 

     Consolidando a parceria entre o PET – Letras Jaguarão e o Projeto de Apoio Social e Pedagógico (PASP) iniciou-se um novo ciclo (agora presencial) do projeto Tecelaria da Palavra na universidade. O evento inaugural da parceria no ano de 2022 foi a “Roda de Conversa: Vamos falar sobre os gêneros textuais acadêmicos?!” que aconteceu no dia 06/07/2022 (quarta-feira), às 17 horas, no Espaço Dandara do Câmpus Jaguarão da Universidade Federal do Pampa. Durante cerca de 1 hora e meia, estudantes universitários, professores e profissionais da UNIPAMPA Jaguarão, conversaram sobre a formação leitora universitária, as especificidades dos gêneros textuais acadêmicos, as dificuldades em acessá-los em um primeiro momento da jornada acadêmica, além de compartilharem dicas e histórias relativas à produção acadêmica. Esse evento estabeleceu e introduziu os objetivos da sequência de oficinas ministradas ao longo do mês de julho, (semanalmente, às quartas-feiras, sempre às 17 horas) de forma a preparar e instigar os participantes.

     A primeira de uma sequência de 3 oficinas foi a “Gênero Fichamento Acadêmico: você sabe como fazer, o que é e como constituí-lo?” Que aconteceu no dia 13/07/2022 na sala de informática número 108 do câmpus. Usando uma dinâmica interativa, os petianos ministrantes da oficina, Kéven Costa de Lima, Mariana Cavallari Fernandes e Mateus Vieira Có, basearam-se em teóricos como Antônio Viana, Edna Lúcia da Silva, Diva Zandomenego e Mary Elisabeth Cerutti-Rizzatti para a apresentação. Em um primeiro momento, foram abordados os conhecimentos prévios necessários para se fazer um fichamento, após, introduzindo uma dinâmica em que os participantes se utilizavam dos computadores da sala de informática para ler um texto, identificar e sublinhar as ideias-chave, bem como para resumi-las de forma pessoal, seguindo orientação prévia dos ministrantes. Após compartilhados os resultados da atividade, os motivos para se fazer um fichamento foram abordados, encaminhando de forma natural para o próximo momento da oficina: como fazer um fichamento. Dicas foram compartilhadas e exemplos dos diferentes tipos de fichamento destrinchados. Por fim, houve um momento de troca de dúvidas e comentários pelos participantes.

     Em seguimento às atividades trabalhadas com o gênero do cunho textual, no dia 20 de julho, em parceria com o PASP e o PET Letras, foi sediado a atividade Gênero resumo acadêmico: você sabe como fazer? O que é e como constituí-lo? A oficina foi ministrada em três etapas, tendo início a introdução do gênero resumo e o resumo acadêmico apresentado pela petiana Leticia Maciel e o resumo Indicativo/Descritivo e resumo expandido exposto pelo bolsista Lucas Martins. A elaboração da oficina foi construída com base nas obras Produção Textual Acadêmica I, de Marcos Baltar e Mary Elizabeth Cerutti-Rizzatti; e Resumo, de Anna Rachel Machado, Eliane Lousada e Lília Santos Abreu-Tardelli e Manual de Normalização de Trabalhos Acadêmicos de Cátia Rosana Lemos e Dilva Carvalho.

     Na última quarta-feira, 27 de julho, ocorreu, ainda no laboratório de informática da Unipampa Jaguarão, a terceira e última oficina sobre gêneros acadêmicos, que foi uma iniciativa entre o Projeto de Apoio Social e Pedagógico (PASP) e o PET Letras (Programa de Educação Tutorial). Nesta última oficina, intitulada “Gênero discursivo resenha: um olhar opinativo sobre o objeto”, o grupo PET Letras abordou o gênero resenha acadêmica, tendo em vista que este gênero circula na esfera universitária com muita frequência seja em alguma disciplina -solicitado pelo professor- ou escrita para publicação em revistas de diferentes áreas do conhecimento. A atividade buscou, dentre outros aspectos, um contato mais próximo entre o gênero discursivo resenha e os participantes propondo que cada um, após uma explicação mais detalhada das características que compõem este gênero, elaborasse uma resenha para que percebessem as especificidades deste gênero apresentado.

     As avaliações positivas dos eventos ocorriam de maneira simultânea às suas realizações, bem como a confirmação da demanda por esse tipo de atividade, pois a cada oficina mais integrantes participavam, convidados por outros colegas da universidade e instigados pela divulgação nas redes sociais. Projetados de maneira em que cada evento introduzia o seguinte e complementava o anterior, as aprendizagens foram construídas entre ministrantes e participantes das atividades.

 

 

Por: Mariana Cavallari Fernandes; Lucas Martins; Icaro C.C.C. Olanda; Geice Peres Nunes.

Análise do Discurso: o que é e como faz?

2ª EDIÇÃO DE 2022 DO PROJETO CAPACITAÇÕES PET 

 

     Das divergências ou afinidades, seja pelo quadro epistemológico apresentado ou pelas articulações ousadas, com a Análise de Discurso (AD) de linha francesa, teorizada por Michel Pêcheux, pode-se dizer que muito foi produzido e discutido, em especial, no Brasil por Eni Orlandi e seu grupo de pesquisadores que se alinharam à AD francesa. Como se sabe, a AD possibilitou um novo olhar sobre os discursos, a partir de sua materialização linguística. 

     Devido a sua importância como campo de investigação, o Grupo PET Letras – Jaguarão organizou, no último dia 24 de outubro, a segunda edição, deste ano, do projeto de extensão Capacitações PET intitulado “Análise do Discurso: o que é e como faz?”, ministrado pela professora e tutora do Grupo PET Letras Bagé Carolina Fernandes (UNIPAMPA/Bagé). Tal atividade, que ocorreu de forma remota pelo canal oficial do Grupo PET Letras – Jaguarão, possibilitou, a partir das considerações da professora ministrante, apresentar um panorama geral da historiografia sobre a Análise de Discurso de linha francesa, bem como comentar sobre os principais conceitos da AD e sua aplicação em diferentes objetos de estudo. Além disso, a professora pode responder, ao final de sua fala, distintos questionamentos acerca do que foi apresentado durante a capacitação e pedidos de sugestões acerca das pesquisas mencionadas pelos participantes de diferentes Instituições de Ensino Superior, sejam graduandos, pós-graduandos ou professores da rede básica de ensino e do magistério superior. Posto isso, por último, vale destacar que a capacitação se estendeu por mais de 1h30, e contou com um número significativo de participantes ao vivo.

 

 

 

Por: Icaro C. C. C. Olanda

Afinal, o que são os gêneros discursivos oficiais?

1ª EDIÇÃO DE 2022 DO LICPET – Laboratório de Iniciação Científica

 

     Afinal, o que são os gêneros discursivos oficiais? O que os diferenciam dos demais gêneros discursivos? Na busca por responder essa pergunta e muitas outras, os petianos Claudinei Moncks Fernandes, Maria Ingrid de Macedo, Icaro Cainan Cunha Claro Olanda e Lucas da Silva Arias organizaram uma oficina sobre os gêneros discursivos que circulam em esferas com caráter formal. Para ministrar a oficina, foi convidado o técnico administrativo, Cláudio Colares Alves, que atua na unidade de Jaguarão. 

     Na atividade, foi possível compreender conhecimentos extra-estruturais e extra-linguísticos sobre os gêneros discursivos oficiais, entender um pouco mais sobre seu contexto de produção, mas, principalmente, possibilitar a identificação e compreensão que se tratam de estruturas, como diria nosso conhecido filósofo da linguagem, Bakhtin (1997), gêneros “relativamente estáveis”. 

     A realização da atividade foi pensada visando aprofundar o conhecimento já dominado pelos(as) petianos(as) que integram o grupo a um período de tempo maior e, principalmente, para os(as) novos(as) petianos que ingressaram recentemente e precisaram trabalhar e produzir esses gêneros discursivos que, na grande maioria das vezes, limita-se apenas ao trabalho ligado à gestão. 

     Assim, agradecemos pela possibilidade de realização da atividade e, principalmente, ao colega Cláudio que aceitou o convite de ministrar a oficina para os(as) petianos(as) de letras. Que possamos construir novos projetos juntos!

 

 

Por: Claudinei Moncks Fernandes

Edital nº 342/2022

     O edital de seleção de bolsistas e bolsistas voluntários do Grupo PET – Letras está rolando e, atualmente, estamos na etapa das entrevistas com as candidatas que tiveram suas inscrições homologadas. Confira, abaixo, as candidatas que tiveram suas inscrições homologadas e, também, o horário das entrevistas.

     O Grupo PET – Letras deseja uma ótima entrevista para as candidatas!

 

Fonética e fonologia: por quê? para quê?

Fonética e Fonologia: Por quê? Para quê?

A terceira edição do projeto Capacitações PET de dois mil e vinte um, “Fonética e Fonologia: Por quê? Para quê?”, foi ministrada pela Profa. Dra. Aline Neuschrank, no dia nove de dezembro. Atualmente, a professora atua na Universidade Federal de Pelotas, mas recentemente teve uma passagem pelo curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, campus Jaguarão, dando um tom de reencontro com ex-alunos e colegas professores.

   Lembrando que a Fonética e Fonologia são cadeiras obrigatórias do curso, nossa capacitação, em parceria com a professora, tinha como objetivo apresentar a área de pesquisa para os que não a conheciam e para os alunos que já tiveram contato para que possam revisar alguns conteúdos e despertar o interesse por novas pesquisas. Petianos no grupo também desenvolvem pesquisas na área da Fonética e Fonologia, destacando a importância deste reencontro com a professora Aline. As discussões levantadas na capacitação percorrem diferentes sub áreas, começando pela descrição de Fonética e Fonologia, nas palavras da professora Aline, “a área que investiga a produção e a recepção dos sons da fala humana”. Além de uma descrição mais geral, as três vertentes da Fonética foram destaque na exposição, sendo elas: Fonética Articulatória, Fonética Acústica e a Fonética perceptual ou auditiva.

   Como curso de Letras e grupo PET sabemos da importância que se tem em estar em constante contato com o aparelho vocal humano, a gramática dos sons, o alcance de uma pesquisa em Fonética e Fonologia, nesta tarde tivemos o privilégio de estar na presença de uma grande pesquisadora da área e diminuir um pouco a distância, mesmo que virtualmente.