Caminhos da Linguística Aplicada

   No dia 31 de maio de 2022 o PET Letras Jaguarão teve o retorno de suas atividades presenciais através do projeto Palestras PET. A Profa. Dra. Ida Maria Marins ministrou a palestra “Caminhos da Linguística Aplicada” a convite do grupo. A proposta dessa atividade surgiu da percepção de que nos anos iniciais dos cursos de Letras do Câmpus Jaguarão não havia contato dos alunos com a Linguística Aplicada, área que desperta interesse em muitos dos estudantes. Dessa maneira, às 14 horas na sala 304 da UNIPAMPA, discentes e docentes se reuniram para entender e retomar conceitos importantes para LA, além de seu percurso histórico. O momento foi de troca e diálogo entre os presentes, e, dessa maneira, finalizou-se mais uma bem sucedida palestra promovida pelo PET Letras Jaguarão.

 

 

Por Mariana Cavallari Fernandes

TCser: perder-se e encontrar-se na realização do Trabalho de Conclusão de Curso

   No dia 24 de janeiro de 2023 foi realizada no Câmpus Jaguarão uma roda de conversa, intitulada “TCser: perder-se e encontrar-se na realização do Trabalho de Conclusão de Curso”. O evento foi organizado pelo PET Letras e contou com a participação da psicóloga da Unipampa, Lauren Prestes, que ministrou a atividade.

   Foram discutidos diversos assuntos relacionados ao Trabalho de Conclusão de Curso, dentre eles, as dificuldades da preparação psicológica para sua organização e escrita. Lauren comentou o quanto isso é normal e ocorre com todos aqueles que enfrentam o TCC em algum momento. Sentimentos relacionados ao pavor são algo corriqueiro, pois na cabeça do graduando é uma coisa nova, mas o TCC, na verdade, é apenas o resultado de um acúmulo de saberes e experiências que foram gerados ao longo de todo o percurso da graduação, explicou a psicóloga. O TCC pode até ser uma experiência nova, mas não é estranha; somos preparados para isso desde que entramos na universidade. Imagina-se que o estudante já saiba quais são seus métodos de organização e quais os seus limites, e, caso não saiba, ainda há tempo de descobrir. O TCC é, sim, uma atividade estressante, mas não é o fim do mundo.

   A psicóloga ainda ressaltou que os piores sentimentos ocasionados pelo Trabalho de Conclusão de Curso, como a angústia, ansiedade e medo, são ocasionados por um processo de procrastinação do próprio aluno, que, ao deixar tarefas para serem realizadas “depois”, acaba ficando mais nervoso do que o normal quando for, definitivamente, realizá-las. Além de tudo isso, foi ressaltada pela profissional a necessidade de se manter saudável ao longo do processo, não focar exclusivamente no TCC e esquecer que precisa cuidar do seu corpo e da sua mente, até por que não há como realizar um trabalho que exige tanto de você se não estiver bem física e psicologicamente. 

   Chegando ao final, a realização da roda de conversa mostrou-se extremamente necessária, segundo os participantes. E foi comentada a importância de realizar-se mais eventos do tipo.

 

 

Por Déborah Viana Pereira

Escola da ponte: espaço e tempo de encontro

Escola da ponte: espaço e tempo de encontro 

   A quarta edição do projeto Palestras PET, “Escola da Ponte: espaço e tempo de encontro”, ministrada pela professora Maria Fátima Pacheco, no dia dois de dezembro de dois mil e vinte um, contou com a participação da comunidade acadêmica e externa. O que todos presentes nesse encontro tinham em comum? Lembrando as palavras de Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido, “a prática docente crítica, implicante do pensar certo, [que] envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer” (FREIRE, 1996, p. 21), ou seja, os participantes, junto com Fátima Pacheco, debateram as ações da Escola da Ponte, que atravessa o tempo, pois se mantém em pleno funcionamento desde o ano de mil novecentos e setenta e seis.

   Além disso, a escola atravessa o espaço, sendo uma instituição de Portugal, chegando em outras geografias e fazendo com que os educadores e educandos se tornem divulgadores de experiências voltadas à educação, foi com este movimento que suas vozes chegaram até Jaguarão. Naquela tarde, dúvidas foram tiradas através de uma conversa que fluía naturalmente, já que a prática docente em uma escola totalmente diferente do que estamos acostumados desperta interesse. Alunos em busca de sua própria autonomia construída com e através do outro, não são classificados por séries ou idade, tornando a escola um lugar mais inclusivo e diversificado, estimulando a emancipação dos educandos.

   Esta palestra serviu de inspiração para todos os presentes, que puderam refletir sobre outras formas de fazer educação, sobretudo para o PET Letras, um programa que preza pela tutoria e horizontalidade em suas atividades e ações, visto que os petianos constroem e aplicam seus próprios projetos e neles desenvolvem também a autonomia e a reflexão.

Sujeitos, enunciados e (re)existências em tempos sombrios 

Sujeitos, enunciados e (re)existências em tempos sombrios 

   O grupo PET Letras Jaguarão compreende a importância de promover um diálogo aberto e elucidativo com a comunidade acadêmica e externa, principalmente em tempos difíceis para a educação brasileira, como o atual. Este foi o contexto em que a 3ª edição do projeto Palestras PET intitulada “Sujeitos, enunciados e (re)existências em tempos sombrios”, foi planejada. A atividade contou com a participação do docente do curso de licenciatura em História, Prof. Dr. Caiuá Cardoso Al-Alam, do campus Jaguarão, e o discente do curso de História e represente discente do movimento estudantil EPAED (Estudantes por Assistência Estudantil Digna) para uma tarde de diálogo que ocorreu no dia primeiro de outubro de dois mil e vinte e um, de forma remota, via Google Meet.

   A atividade se desenvolveu permeada por um tom poético do início ao fim, sucedida por momentos de participações com recitações de poemas e citações de livros que dialogam o atual cenário da educação brasileira, permitindo reflexões sobre como sermos resistência em tempos em que sonhar com a educação é difícil. Para além do mais, na palestra foram abordados assuntos como a BNCC, que excluiu a carga horária de diversas disciplinas do ensino médio, restringindo-se para as áreas do mercado de trabalho, e o impacto que pode gerar no sistema educacional futuramente.

   Além das reflexões propostas sobre o atual descaso com que é tratada a educação brasileira, também debatemos os cortes que vem ocorrendo nos últimos anos no ensino público superior. Nesta tarde de sexta-feira, foi perceptível como a importância da arte e da cultura como maneiras de resistência, e mais do que isso, nessa tarde de diálogos e trocas foi possível conhecer novas poetas, como a Lila Ripoll, projetos digitais de leituras e também sugestões de leituras, como por exemplo a obra Carta a Guiné Bissau, escrita pelo educador Paulo Freire. É com palavras desse grande educador brasileiro que concluímos o resumo desta atividade, pois entendemos que “Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender” (2002, p. 12).

Por: Maria Ingrid de Macedo

 

 

Caminhos da poesia no Rio Grande do Sul 

Caminhos da poesia no Rio Grande do Sul 

   “Caminhos da poesia no Rio Grande do Sul” foi a 2ª edição do projeto  Palestras PET do ano de 2021. A atividade foi realizada no dia primeiro de julho, às 15 horas, pela Profª. Drª Marcela Wanglon Richter (UNIPAMPA), via plataforma Google Meet. 

   A ministrante abordou a história da poesia no Rio Grande do Sul tendo como enfoque as mulheres poetas que foram precursoras da literatura sul-rio-grandense, mas que tiveram pouca visibilidade, e algumas poetas contemporâneas.  Um dos exemplos trazidos foi o de Lila Ripoll, escritora gaúcha, da cidade de Quaraí (RS), autora dos poemas “Correntes” e “Contradição”, que em sua poesia expressava o ser mulher dentro de um texto não sentimentalista. Da contemporaneidade, um exemplo foi a escritora Maria Carpi, natural da cidade de Porto Alegre, e uma das maiores produtoras de poesia no Brasil. A professora Marcela também apresentou a poeta porto-alegrense Lilian Rocha, mulher negra  que através das suas obras reivindica o seu espaço na sociedade.  

   Ao final da palestra houve um momento de discussão dos temas apresentados com o público presente. Por fim, o grupo agradeceu a presença da palestrante e suas contribuições, e também, a presença do público.

Confira algumas imagens do evento!

 

Para conhecer mais sobre as autoras, sugerimos que acesse os links abaixo:

https://www.pucrs.br/delfos/acervos/escritores-e-jornalistas/lila-ripoll/
  • Entrevista publicada com a poeta Maria Carpi no site Literatura; Rio Grande do Sul:
  • Para ler a poesia de Lilian Rocha, acesse o site literafro (UFMG): 

http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/1278-lilian-rocha

Por Lucas Martins

Saúde mental em meio à pandemia do Covid-19

Saúde mental em meio à pandemia do Covid-19

   No dia 30 de julho de 2020 ocorreu a 3ª palestra do projeto Palestras PET intitulada “Saúde mental em meio à pandemia do Covid-19”. A explanação iniciou às 15 horas, via plataforma Google Meet, tendo como ministrante a psicóloga Angélica Gonçalves Peter, da Unipampa – Campus Jaguarão. A psicóloga abordou assuntos ligados à pandemia do Covid-19 como as dificuldades enfrentadas por todos no período de confinamento, entre eles medos, ansiedades, TOCs, trabalho e ensino remotos. O encontro contou com um número significativo de participantes. A ministrante, ao longo da palestra, deixava em aberto um diálogo interativo com o público presente com a finalidade de que todos sanassem suas dúvidas e relatassem as vivências desse momento pandêmico. Por fim, a psicóloga se pôs à disposição de todos e repassou as formas de acolhimento em saúde mental para os alunos do campus Jaguarão durante a pandemia como o projeto Diálogos Digitais e o atendimento que é feito por ela no Unipampa de forma individual e online.

Por Lucas Martins

 

 

Sereias, Ipupiaras e outros Monstros: notas sobre notícias falsas desde os relatos de viajantes até obras midiáticas atuais

Sereias, Ipupiaras e outros Monstros: notas sobre notícias falsas desde os relatos de viajantes até obras midiáticas atuais

   Como se sabe, a presença de sereias, monstros e ipupiaras – este último termo mais ligado, talvez, aos povos tupis que habitavam o litoral do Brasil, no século XVI (NAVARRO, 2013) – sempre foi tema recorrente na imaginação popular e na literatura oral e escrita. Tais temas, hoje, podem ser discutidos à luz de conceitos como os de o fantástico, o estranho e o maravilhoso, teorizados por Todorov (1980), como propõe a professora Virgínia Boechat (AgroParisTech), durante sua palestra – vinculada à 1ª edição do projeto de extensão Palestras PET, no ano corrente – intitulada “Sereias, Ipupiaras, e outros monstros: notas sobre notícias falsas desde os relatos de viajantes até obras midiáticas atuais”. Ministrada no último dia 11 de maio, com duração de mais de 2 horas, a atividade (re)visitou questões caras à literatura e outras manifestações estéticas como, por exemplo, os conceitos de verossimilhança, pacto com o leitor, discurso e ética e pós-verdade. Estes conceitos entusiasmaram os participantes da palestra e permitiram o diálogo acerca dos monstros, ainda vivos, nas produções estéticas e na memória de cada sujeito.

Por Icaro Olanda

 

 

Intelectuais negras no ambiente acadêmico e escolar: educação, antirracismo e afirmação

Intelectuais negras no ambiente acadêmico e escolar: educação, antirracismo e afirmação

   Como o nome da palestra já indica “Intelectuais negras no ambiente acadêmico e escolar: educação, antirracismo e afirmação”, em uma tarde de terça-feira, no dia 13 de outubro de 2020, nos reunimos para ouvir, refletir e debater assuntos relacionados ao racismo e suas implicações.  A ministrante da atividade foi a Profa. Dra. Giane Vargas Escobar, que começou sua fala apresentando quem era ela, mas não em relação ao âmbito acadêmico e profissional, e sim, com informações que fazem parte de sua identidade. Ainda, convidou os participantes a refletirem sobre “Quem eu sou?” e, no final, caso se sentissem à vontade, em compartilhar suas respostas.  Com uma dinâmica impecável, a professora levantou pontos e reflexões essenciais, além de mostrar a importância de aprender sobre as relações étnico-raciais, apontando, ao longo da palestra, leituras e teorias voltadas para essas relações. Contamos, também, com um público engajado com a presença de participantes estrangeiros.

Por Andressa Freitas 

 

Slam do Carmo: poesia na escola pública de periferia

Slam do Carmo: poesia na escola pública de periferia 

   Da poesia eu me armo, SLAM DO CARMO. Na tarde do dia vinte e sete de agosto de dois mil e vinte, na plataforma Google Meet, de forma remota devido a pandemia do COVID-19, ocorreu a quarta edição do projeto Palestra PET intitulada “Slam do Carmo: poesia na escola pública de periferia”, ministrada pelas professoras Fancy Borges e Nathália Gasparini, em que aprendemos, através deste lindo projeto desenvolvido na E.M.E.F. Nossa Senhora do Carmo, no bairro Restinga, de Porto Alegre, o impacto de colocar em prática os conceitos freirianos. Logo na abertura fomos presenteados com a apresentação de uma das alunas à frente do projeto na escola, emocionando o público ao recitar algumas de suas poesias. Na sequência da atividade, as professoras contextualizaram o movimento slam no Brasil, sua origem e as influências que o fizeram chegar até a cidade de Porto Alegre. Também foram compartilhados alguns vídeos com os trabalhos que os alunos desenvolvem na escola. Assim, aprendemos um pouco mais sobre esse projeto muito especial que além de comover os alunos da escola, também sensibilizou os professores, já que estes também passaram a participar das atividades. Por fim, as professoras conversaram com o público sobre o desenvolvimento do projeto dentro do ambiente escolar, que passou a ressignificar o espaço da biblioteca, por exemplo, como também responderam a perguntas sobre o movimento slam.

Por: Maria Ingrid de Macedo

 

ENEM para quem? Reflexões necessárias sobre o maior processo seletivo do Brasil

ENEM para quem? Reflexões necessárias sobre o maior processo seletivo do Brasil

   “ENEM para quem? Reflexões necessárias sobre o maior processo seletivo do Brasil” foi o título da Palestra PET, que devido à pandemia do COVID-19 ocorreu de forma remota, via Google Meet, ministrada pelo Prof. Me. Renato Dering, na tarde do dia nove de junho de 2020. Sobre o tema ENEM, vale ressaltar o doutorando Prof. Me. Renato Dering compreende bem o funcionamento e a forma de avaliação do exame, pois, além de pesquisar o ENEM no seu doutorado em andamento, já foi corretor de redações em anos anteriores, e ministra aulas de preparação para a prova.

   Na atividade promovida pelo PET, o professor destacou vários pontos que interferem nas diferenças educacionais que notamos entre regiões, estados, classes, etc., e problematizou o ensino remoto a partir dessas considerações. Assim, a apresentação do palestrante estimulou uma reflexão bastante crítica sob diferentes enfoques e pontuou, ainda, a necessidade de adiamento da prova devido à pandemia que enfrentamos. Refletimos sobre o ENEM ter sido pensado como um meio para amenizar as desigualdades no ingresso ao ensino superior, mas que acabou apresentando um papel de opressor. Em sua fala, o professor palestrante questionou: “ENEM para quem, se dentro das escolas existem diversas diferenças de ensino?” Ao longo da palestra ainda foi abordada a problemática de que o ENEM digital, aplicado de forma remota, exigiria uma educação tecnológica que a grande e esmagadora maioria dos estudantes não possui, e, para comprovar essa observação, o Prof. Renato Dering nos expôs alguns níveis de desigualdades acerca da educação tecnológica, como por exemplo, que até 2016, 40% dos lares não possuíam acesso à internet, dado que levou a refletir sobre as problemáticas de um ensino a distância, como vem sendo proposto, para o qual, muitas vezes, nem mesmo os professores possuem uma formação adequada para colocá-lo em prática.

   A palestra teve duração de duas horas e, após a apresentação do Prof. Renato Dering, houve uma ótima discussão suscitada a partir das reflexões da palestra.

Por Maria Ingrid de Macedo

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